Pais de São Paulo e Brasília procuram detetives nas férias de meio do ano para saber se há entre os filhos e filhas consumo de drogas, namorado novo e tipos de amigos e até saber se o jovem é homossexual.
A idade visada é dos 15 aos 17 anos.
Com microfilmadoras na lapela, dois detetives particulares ficaram por um mês na cola do adolescente G., de 16 anos, para descobrir que ele usava maconha e ecstasy.
Eles foram contratados por R$ 3,5 mil pelo pai do garoto.
"Chamei meu filho, reuni a família e mostrei as filmagens. Ele ficou envergonhado e parou com as drogas", diz S.T., 57, analista de cobrança.
Casos como o de G. acontecem o ano inteiro, mas agora, nas férias de julho. longe do controle da escola, abre-se uma temporada favorável aos detetives particulares.
Segundo a Central Única Federal dos Detetives do Brasil, 10 famílias procuraram o serviço este mês em Brasília e na capital paulista.
Apesar do órgão não tabular os casos nos outros meses do ano, a percepção dos detetives é que, em julho, esse tipo de trabalho aumenta.
Do detetive, os pais esperam uma explicação para o fato de os filhos com idades entre 15 e 17 anos terem optado por ficar sozinhos em casa em vez de viajar com os pais.
São várias as preocupações com os adolescentes, a maioria de classe média: consumo de drogas, namorado novo, rotina, amigos e até saber se o filho é homossexual.
É o cúmulo da falta de confiança entre pais e filhos.
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