Mostrando postagens com marcador AFP. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador AFP. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Presidente da Foxconn chama seus mais de um milhão de funcionários de "animais"

Ovelhas se dirigindo ao matadouro.
Terry Gou é o presidente da Hon Hai Precision, a dona da Foxconn. Ele também é um cara bem insensível. Na festa de fim de ano da empresa no Taipei Zoo, ele disse: “eu fico com dor de cabeça em pensar em como gerir um milhão de animais”. QUE ENGRAÇADO CARA!

A Foxconn realmente tem um milhão de funcionários em suas gigantescas fábricas/cidades/guetos, onde eles fabricam 40% de todos os gadgets que temos no mundo, incluindo iPhones, iPads, Xboxes e qualquer coisa da Sony. Segundo uma matéria recente do NYT, essas fábricas também consomem “uma média de três toneladas de carne de porco e 13 toneladas de arroz por dia” para o “um milhão de animais”.

A empresa emitiu uma nota à imprensa pedindo desculpas e argumentou que a fala de Gou foi tirada de contexto pela mídia:
Gou está ciente de que as notícias da imprensa são enganosas e ofensivas e pede desculpas a qualquer pessoa que tenha se sentido ofendida. No entanto, Gou não caluniou de forma deliberada seus funcionários, como alguns veículos descreveram.
Mas peraí, se ele não “caluniou” os funcionários, por que ele pediu desculpas? Ele poderia ter apenas negado o que foi dito pela imprensa, certo? E como sua frase pode ter sido tirada de contexto? UPDATE: Não há “contexto” que salve isso, mas segundo a WantChinaTimes, a declaração foi dada na seguinte situação:
A Hon Hai tem uma força de trabalho de mais de um milhão ao redor do mundo e como seres humanos são animais também, gerenciar um milhão de animais me dá dor-de-cabeça,” disse o CEO da Hon Hai Terry Gou em uma festa de fim de ano recente, acrescentando que ele quer aprender de Chin Shih-chien, diretor do Zoológico de Taipei, sobre como animais devem ser gerenciados.
De todo modo, é bom saber que tipo de visão essas pessoas têm de seus funcionários. [AFP]

Gizmodo

quarta-feira, 28 de abril de 2010

NORTE-AMERICANOS VALEM MAIS QUE BRASILEIROS?


Segundo a Air France, sim:

Voo AF447: advogada reprova política de indenizações da Air France

LONDRES, Reino Unido — Uma advogada que representa famílias de vítimas do voo AF447 Paris-Rio reprovou nesta terça-feira a Air France por oferecer somas variáveis, segundo a nacionalidade dos mortos, na expectativa de cumprir suas obrigações "com menos gastos e discretamente".

Sarah Stewart, do escritório londrino Stewarts Law, afirmou que as seguradoras da Air France oferecem extrajudicialmente indenizações diferentes em função da nacionalidade das vítimas: quatro milhões de dólares por pessoas nos Estados Unidos, 750 mil dólares no Brasil e 250 mil dólares na Europa.

Stewarts Law representa cerca de 50 famílias (venezuelanas, argentinas, brasileiras, alemãs, britânicas, holandesas, irlandesas e francesas) das vítimas do voo AF447, que caiu no mar no dia 1º de junho de 2009, deixando um trágico número de 228 mortos.

"As informações que temos, procedentes de fontes vinculadas às seguradoras, sugerem que a Air France e suas companhias de seguros esperam solucionar os pedidos de indenização sem gastar muito e agindo discretamente com as famílias, em atitude quase confidencial", declarou Sarah Stewart à AFP.

"Oferecem a algumas famílias 10 vezes menos, a outras 10 vezes mais, em parte em função da nacionalidade dos passageiros", acrescentou. "Estamos também em uma situação na qual os passageiros americanos e brasileiros valem de fato mais que os britânicos, europeus e irlandeses".

Stewart acusa a Air France de se apoiar em "leis obsoletas, argumentos jurídicos arcaicos", baseando suas propostas de indenização mais nas jurisprudências nacionais em função do local onde residem as vítimas do que nos textos internacionais, como a convenção de Montreal.

Esta convenção, que instaura o princípio da responsabilidade civil ilimitada do transportador aéreo em caso de danos corporais, datada de 1999, foi assinada por 97 países, entre eles Brasil e França.

"As famílias não conseguem entender como pode ser feita uma diferenciação desse tipo", disse Stewart, voltando a pedir à Air France que coloque 1 bilhão de dólares em um fundo que será distribuído de "maneira justa e equitativa" entre todos os beneficiários.

Contactados pela AFP, a Air France e a Axa, que atua como interlocutora entre as seguradoras e a companhia, não se pronunciaram.

A justiça brasileira aprovou, em março passado, o pedido de indenização de 1,15 milhão de dólares por danos morais à família de uma das vítimas. A Axa apelou dessa decisão em nome das seguradoras da Air France.

Veja mais AQUI.