Viajar em comitiva oficial para um território em guerra, alegando estudar “segurança pública”, e acabar preso em bunker sob ataque aéreo é quase um roteiro de sátira política. Mas não tem graça. Porque enquanto esses gestores brincam de geopolítica com dinheiro público, suas cidades seguem com:
escolas sem merenda,
hospitais superlotados,
guardas municipais sem coletes,
mães implorando por creche.
Eles dizem ir aprender sobre "defesa civil" e "segurança"... e se escondem em bunkers que suas próprias cidades jamais terão. Não levaram nem o básico: bom senso.
Querem segurança? Comecem garantindo abrigo seguro para mulheres ameaçadas, iluminação pública nos becos, psicólogas nas escolas e proteção real para o povo que dizimam com sua vaidade e ignorância travestida de gestão moderna.
Agora, a pergunta não é mais “o que foram fazer lá?”.
É: o que pensavam que encontrariam? Uma feira de tecnologia em plena guerra? Um passeio VIP no front?
Idiotas? Sim.
Mas perigosos também.
Porque a burrice com poder custa caro — e, às vezes, explode.
Texto atribuído à Soraya Brazuna. Não sei se realmente foi ela que escreveu, porém tem minha concordância.
Imagem: BBC.