Via tudoporemail.com.br.
Em 14 de julho de 1518, uma mulher chamada Frau Troffea saiu de sua casa
na cidade francesa de Estrasburgo (então parte do Sacro Império Romano)
e de repente começou a dançar. Uma grande multidão logo se reuniu ao
redor dela, curiosa para ver o que estava acontecendo. A mulher parecia
incapaz de parar e não tinha controle sobre suas ações. Ela continuou
dançando até desmaiar de exaustão, mas logo retomou a atividade
frenética. Isso durou alguns dias e, surpreendentemente, mais de 30
outras pessoas começaram a dançar da mesma forma em toda a cidade em uma
semana. No final do mês, quase 400 pessoas dançavam nas ruas da cidade e
seguiam em frente mesmo com os pés sangrando. Vários deles morreram de
seus esforços, e ninguém na cidade sabia como detê-los. O frenesi da
dança começou a diminuir apenas no início de setembro.
Os líderes cívicos e religiosos declararam que as pessoas sofriam da
'mania da dança' ou 'praga da dança'. Por mais estranho que isso possa
parecer para nós hoje, essa mania da dança não foi uma ocorrência única.
Crônicas dos séculos 14 a 16 estão cheias de relatos alegando vários
surtos semelhantes na Europa. Um surto de dança semelhante em 1374 se
espalhou para várias cidades ao longo do rio Reno.
Mas qual foi a razão por trás da praga da dança? Os cientistas ainda
estão intrigados com esse mistério meio milênio depois. Inicialmente,
acreditava-se que as pessoas dançavam para atrair o favor divino. No
século 20, os investigadores disseram que as pessoas da cidade podem ter
consumido pão contaminado com a doença fúngica ergot, o que pode levar a
convulsões. A teoria mais popular é que a cidade foi afetada por um
distúrbio psicogênico em massa. No entanto, nenhuma evidência conclusiva
do incidente bizarro foi encontrada.
Imagem: Cidadãos de Estrasburgo com a 'peste
dançante' dançando em meio a sepulturas em um cemitério.(Fonte da
imagem: Wikimedia Commons)
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