Em um passo arrojado para avançar na agenda de desenvolvimento do Estado, ocorreu em 17 de outubro de 2019, em Pelotas, o lançamento do Marco Zero do programa Inova RS na região Sul.
Com a presença do governador Eduardo Leite, o evento no Pelotas Parque Tecnológico deu continuidade ao plano de expansão do programa lançado em agosto, que tem como objetivo incluir o Estado no mapa global da inovação.
Como consequência prática dessa modelar iniciativa, em 3 abril de 2020 uma loja de produtos agropecuários, onde também funciona um pet shop e onde também é possível aproveitar para comprar galões de água mineral e botijões de gás, foi escolhida para ser o primeiro laboratório fora da estrutura pública estadual escolhido pelo governo do Rio Grande do Sul para fazer exames de covid-19.
Mais uma grande inovação: a empresa só incluiu o serviço “laboratórios clínicos” entre a descrição de suas atividades na Receita Federal em 6 de abril, três dias depois da assinatura do contrato.
Feito sem licitação, no embalo do decreto de emergência do Covid-19, o acordo prevê seis meses de serviços e pode render até R$ 8 milhões aos proprietários do pet-laboratório, que promete processar 250 testes por dia por módicos R$ 175 a unidade.
A portaria que cita a assinatura do contrato, publicada no Diário Oficial do Estado, não informa qual tipo de análise será realizada. Essa informação é muito significativa. Há dois tipos de teste, com uma diferença abissal entre eles: os rápidos, que detectam os anticorpos no sangue, mais baratos e que têm até 75% de chance de erro, e os do tipo RT-PCR, que detectam o vírus a partir de uma análise no DNA, muito mais precisos.
Mas isso também já seria inovação demais para um Estado só.
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