Estava
na Couto de Magalhães, em Porto Alegre, esperando transporte.
Trânsito
pesado.
De
repente o trânsito para, aguardando a sinaleira abrir.
Se
aproxima e se posiciona justamente na minha frente um automóvel produzindo som
bastante potente, onde se podia escutar perfeitamente a música, com forte
destaque para os graves.
(Veja
bem, não estou reclamando, pois gosto muito de música e escuto, às vezes, com
volume bem alto, além de ter um filho que toca guitarra elétrica.)
O
automóvel, que não era muito grande, estava bem cuidado, com suspensão
rebaixada e vidros escuros.
Os
vidros da frente estavam abertos.
O
condutor estava sozinho e tinha o cabelo raspado nos lados, com um considerável
topete em cima. Corte irado.
Camiseta
estilo baby look (para quem não sabe a tradução, seria algo como “olhar de bebê”,
literalmente), aparentemente uns dois números menores do que seria o tamanho
recomendado pelas lojas do ramo. Braços do rapaz bastante musculosos, com tatuagem
de caveira assustadora e outras tatuagens que não deu para ver claramente o que
era.
Piercing
na orelha.
Barba
de dois ou três dias, o que criava um clima um pouco ameaçador.
Mas
o que realmente me chamou a atenção foi o refrão da música. Fui até pesquisar depois:
“Eu não quero casar, eu
não quero casar
Eu não quero casar, eu não quero casar
Eu vou pro bar, bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar
Eu vou pro bar, bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar”.
Eu não quero casar, eu não quero casar
Eu vou pro bar, bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar
Eu vou pro bar, bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar bar”.
Descobri
que era uma música famosa de Thiago Matheus, jovem cantor sertanejo estilo
universitário.
Quando
o trânsito ficou liberado estava iniciando outra música com a letra mais ou menos
assim:
“Gravera doida na rua
curtido um som no talo
Vizinho se encomodo, vai pra casa do caralho
6000 k e o chenon, tomando um kit do boom
Altas vagaba na roda, muleque eu tenho o don!”
Vizinho se encomodo, vai pra casa do caralho
6000 k e o chenon, tomando um kit do boom
Altas vagaba na roda, muleque eu tenho o don!”
Essa
não quis saber de quem era...
Fiquei
impressionado.
hahahhaha passo por isso todos os dias!
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