quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Apenas 147 conglomerados empresariais controlam 40% da riqueza mundial

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Um estudo da Universidade de Zurich revelou que um pequeno grupo de 147 grandes corporações trasnacionais, principalmente financeiras e mineiro-extrativas, na prática controlam a economia global. O estudo foi o primeiro a analisar 43.060 corporações transnacionais e desentranhar a teia de aranha da propriedade entre elas, conseguindo identificar 147 companhias que formam uma “super entidade” que controla 40% da riqueza da economia global.

Ernesto Carmona

O pequeno grupo está estreitamente interligado através das diretorias corporativas e constitui uma rede de poder que poderia ser vulnerável ao colapso e propensa ao “risco sistemico”, segundo diversas opiniões. O Project Censored (Projeto Censurado, em tradução livre) da Universidade Estadual de Sonoma, na Califórnia, EUA, desclassificou esta notícia e sua repercussão foi sepultada pelos meios de comunicação norte-americanos. Mas Peter Phillips, professor de sociologia naquela universidade, ex-diretor do Projeto Censurado e atual presidente da Fundação Media Freedom/Project Censored, fez referência a ela em seu trabalho The Global 1%: Exposing the Transnational Ruling Class (O Um Por Cento Global: Exposição da Classe Dominante Transnacional), assinado com Kimberly Soeiro e publicado em projectcensored.org.

Os autores do estudo são Stefania Vitali, James B. Glattfelder e Stefano Battiston, pesquisadores da Universidade de Zurich (Suíça), os quais publicaram seu trabalho a 26 de outubro 2011, sob o título A Rede de Controle Corporativo Global (The Network of Global Corporate Control) na revista científica plosone.org.

Na apresentação do estudo publicado na PlosOne, os autores escreveram: “A estrutura da rede de controle das empresas transnacionais afeta a concorrência do mercado mundial e a estabilidade financeira. Até agora, foram estudadas somente pequenas mostras nacionais e não existia uma metodologia adequada para avaliar o controle a nível mundial. Apresenta-se a primeira pesquisa da arquitetura da rede de propriedade internacional, junto ao cálculo da função mantida por cada contendor global”.

“Verificamos que as corporações transnacionais formam uma gigantesca estrutura como gravata de laço e que uma grande parte dos fluxos de controle conduzem para um pequeno núcleo muito unido de instituições financeiras. Este núcleo pode ser visto como um bem econômico, uma “super-entidade” que propõe novas questões importantes, tanto para os pesquisadores como para os responsáveis políticos”.

O diário conservador britânico Daily Mail foi talvez o único do mundo a publicar esta notícia, em 20 de outubro 2011, assinada por Rob Waugh com o chamativo titulo: Existe uma ‘super-corporação’ que dirige a economia global. O Estudo ressalta que esta célula empresarial gigante poderia ser terrivelmente instável. A pesquisa concluiu que 147 empresas criaram uma “super entidade” dentro do grupo, controlando 40% da riqueza mundial”.

Waugh explica que o estudo da Universidade de Zurich “prova” que um pequeno grupo de companhias – principalmente bancos – exerce um poder enorme sobre a economia global. O trabalho foi o primeiro a examinar um total de 43.060 corporações transnacionais, a teia de aranha da propriedade entre elas e estabeleceu um “mapa” de 1.318 empresas como coração da economia global.

“O estudo encontrou que 147 empresas desenvolveram em seu interior uma “super entidade”, controladora de 40% de sua riqueza. Todos possuem parte ou a totalidade de um e outro. A maioria são bancos – os 20 top, incluídos Barclays e Goldman Sachs. Mas o estreito relacionamento significa que a rede poderia ser vulnerável ao colapso”, escreveu Waugh.

O 1% do mundo

“Efetivamente, menos de 1% das empresas foi capaz de controlar 40% de toda a rede”, disse ao Daily Mail James Glattfelder, teórico de sistemas complexos do Instituto Federal Suíço de Zurich, um dos três autores da investigação.

Alguns dos supostos que subjazem no estudo foram criticados, como a ideia de que propriedade equivale a controle. “No entanto, os pesquisadores suíços não têm nenhum interesse pessoal: limitaram-se a aplicar à economia mundial modelos matemáticos utilizados habitualmente para modelar sistemas naturais, usando o Orbis 2007, um banco de dados que contém 37 milhões as companhias e investidores”, informou Waugh.

O economista John Driffil, da Universidade de Londres, especialista em macroeconomia, disse à revista New Scientist que o valor do estudo não radicava em ver quem controla a economia global, mas em mostrar as estreitas conexões entre as corporações maiores do mundo. O colapso financeiro de 2008 mostrou que este tipo de redes estreitamente unidas pode ser instável.
– Se uma empresa sofre uma angústia, esta se propaga – disse Glattfelder.

Para Rob Waugh e o Daily Mail há um “senão”: “Parece pouco provável que as 147 corporações no coração da economia mundial pudessem exercer um poder político real, pois representam demasiados interesses”, assegurou o diário conservador britânico.

A riqueza global do mundo estima-se que se aproxima dos US$ 200 bilhões, ou seja, duas centenas de milhões de milhões. Segundo Peter Phillips e Kimberly Soeiro, 1% mais rico da população do planeta agrupa, aproximadamente, 40 milhões de adultos. Estas pessoas constituem o segmento mais rico da população dos países mais desenvolvidos e, intermitentemente, em outras regiões.

Segundo o livro de David Rothkopf Super-classe: a Elite de Poder Mundial e o Mundo que está Criando, a super elite abarcaria aproximadamente 0,0001% (1 milionésima parte) da população do mundo e compreenderia umas 6 a 7 mil pessoas, embora outros assinalem 6,6 mil. Entre esse grupo, teria que se procurar os donos das 147 corporações a que se refere o estudo dos pesquisadores de Zurich.

Ernesto Carmona é jornalista e escritor chileno.

CdoB

sábado, 27 de outubro de 2012

A MALANDRAGEM DA OI

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Acontecimento inusitado envolveu a gigante da área de telecomunicações OI e o pequeno município de Passa Sete, localizado no interior do Estado do Rio Grande do Sul.

Conforme publicado em seu próprio site, a "Oi é a principal provedora de serviços de telecomunicações do Brasil e, após a aquisição da Brasil Telecom no início de 2009, tornou-se a maior operadora de telecomunicações do país em faturamento e a maior empresa de telefonia fixa da América do Sul com base no número total de linhas em serviço."

O Município de Passa Sete, por sua vez, habitado majoritariamente por descendentes de italianos e alemães, possui uma área de 303,58 km² e sua população é de aproximadamente 5.000 habitantes. Passa Sete tem uma história intimamente ligada a viajantes, pois foi local de passagem para quem se deslocava entre os municípiios de Rio Pardo e Passo Fundo. O nome que deu origem ao município foi o arroio localizado no local atualmente denominado de Baixo Passa Sete, onde os moradores da região e viajantes que por ali passavam em direção aos municípios de Candelária e Rio Pardo, no passado, tinham que cruzar o referido arroio por sete vezes.

Pois bem, eis que a gigante Oi, visando cumprir metas da Anatel, há cerca de um mês instalou 16 novos "orelhões" em Passa Sete, sendo que 9 desses equipamentos foram instalados em um terreno atrás da sede da prefeitura, bem ao lado de uma antena de telefonia. É preciso percorrer cerca de 200 metros em meio a densa vegetação rasteira para fazer ligações (foto acima). Além destes nove, a operadora instalou dois orelhões em frente a um dos cemitérios da cidade, onde antes já havia dois.

Não é necessário raciocínio muito rebuscado para entender que lógica da operação da Oi é de cumprir as regras da Anatel. 

As regras da Anatel, porém, foram elaboradas visando "promover o desenvolvimento das telecomunicações do País de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infra-estrutura de telecomunicações, capaz de oferecer à sociedade serviços adequados, diversificados e a preços justos, em todo o território nacional".

Aparentemente a Oi está esquecendo que a razão de sua existência deveria ser o atendimento da sociedade, ou seja, dos cidadãos das regiões onde atua.



quarta-feira, 17 de outubro de 2012

FRASE DE EFEITO


“O senhor é bom de festa! Tem futuro depois que sair da Prefeitura”.

Declaração de Milton Coleman, presidente da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), agradecendo ao Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, o coquetel oferecido em evento realizado em 15 de outubro de 2012.

Nesse evento o Comitê Anfitrião da Assembleia Geral da SIP criticou ausência da Presidenta Dilma e a comparou ao ex-Presidente Collor. Na cerimônia de abertura a organização atacou os governos da Venezuela, Argentina, Bolívia e Equador.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

UMA HOMENAGEM AO MTG

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GAÚCHO
 

Riscando os cavalos!

Tinindo as esporas!

Través das cochilhas!

Saí de meus pagos em louca arrancada!

— Para que?

— Pra nada!

 


Poema de Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira,  que nasceu na cidade de Palmares, Pernambuco, no ano de 1895. Dizem que começou a atividade literária enganado, compondo sonetos, baladas e madrigais. Depois da "Semana de Arte Moderna" e sob a influência de Guilherme de Almeida, Manuel Bandeira e de Mário de Andrade, tomou rumos novos e achou um caminho que o conduziria a uma situação de relevo nas letras pernambucanas e nacionais. Voltou-se para os temas regionais de sua terra que foram reunidos em seus livros  "Catimbó" (1927), "Cana caiana" (1939), "Poemas 1922-1951" (1951), "Poemas 1922-1953" (1953), "Catimbó e outros poemas" (1963), "Poemas" (1981) e "Eu voltarei ao sol da primavera" (1985). Foram publicados postumamente, em 1986, "O Maracatu", "Presépios e Pastoris" e "O Bumba-Meu-Boi: Ensaios Folclóricos", em livro organizado por Roberto Benjamin. Distingue-se não pela quantidade, mas pela qualidade, atingindo não raro efeitos novos, originais, imprevistos, em matéria de humorismo e sátira. O poeta faleceu na cidade do Recife (PE), em 1965.

Historiador Eric Hobsbawm morre aos 95 anos



NOTA DE FALECIMENTO

O historiador Eric Hobsbawm morreu nesta segunda-feira, dia 1º de outubro, após um "longo tempo doente", diz o site do jornal The Guardian. Nascido em Alexandria, no Egito, e cidadão britânico, Hobsbawm é o autor da trilogia "A Era das Revoluções", "A Era do Capital" e "A Era dos Impérios", sobre o período entre 1789 e 1914. Marxista de formação, também escreveu "A Era dos Extremos".

A informação sobre a morte do historiador no hospital Royal Free de Londres veio da filha dele, Julia, diz o Guardian. Nascido em 1917, Eric Hobsbawm era professor emérito da Universidade de Londres e suas convicções marxistas fizeram dele uma figura polêmica, apesar dele ter influenciado numerosos estudiosos na área da história ocidental.

Hobsbawm defendia o socialismo mesmo após o colapso da União Soviética, após o fim da Guerra Fria. De acordo com o Guardian, ele teria dito que nunca tentou "diminuir as coisas terríveis que aconteceram na Rússia", mas que ele "acreditou que um novo mundo estava nascendo em meio a lágrimas, sangue e horror" no projeto inicial do comunismo.

No Reino Unido, o historiador disse ter ficado decepcionado com a gestão de Tony Blair, que era do Partido Trabalhista.

Com sua morte, ele deixa os filhos Joshua, Julia e Andy Hobsbawm, além de sete netos e um bisneto.

Exame