quinta-feira, 30 de junho de 2011

A BICHARADA DA MINISTRA



A Ministra do Turismo da Itália, que aparece no vídeo acima com um tigre, partilha sua casa ainda com 15 cães, 30 gatos, 4 cavalos, 2 macacos, 7 cabras e 200 pombos.

Via  O Jumento.

Reação de Berlusconi a respeito:


HUMOR?


Página/12

Agrotóxicos 'severamente perigosos' serão proibidos no País


Dos 3 produtos que terão regras de comércio mais rígida, 2 estão em processo de retirada do Brasil


Dos três agrotóxicos que sofrerão restrições na comercialização por estarem associados a prejuízos à saúde, dois (endossulfam e aldicarbe) estão em processo de retirada no Brasil. O terceiro (alacloro) está em fase da avaliação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A decisão sobre a restrição aos três produtos químicos foi tomada na semana passada por representantes de 75 países, reunidos na Convenção de Roterdã. Com isso, esses agrotóxicos passam a ser considerados "severamente perigosos" e, a partir de outubro, terão de ser submetidos a regras rígidas para a venda.

Ratificada pelo Brasil em 2004, a Convenção de Roterdã regula o comércio internacional de produtos químicos perigosos. Durante o encontro, nações também discutiram a proposta de uso controlado e do banimento do amianto de crisotila, mas não chegaram a um acordo.

Para haver uma decisão, é preciso consenso entre todos os participantes. A posição do Brasil foi criticada: a delegação preferiu a neutralidade, considerada uma aposta na falta de acordo. Para ativistas na luta contra banimento do produto, classificado com cancerígeno, o País perdeu uma oportunidade histórica. De quebra, recebeu o prêmio "Culpado por Provocar Câncer", promovido pela uma organização não governamental. Em relação aos agrotóxicos, o Brasil defendeu a restrição do comércio.

"Os países precisam saber e assumir os riscos a que estão expostos quando comercializam esses produtos", avalia o gerente-geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles. Com a mudança, rótulos terão de apresentar informações claras sobre os perigos de seu uso à saúde.

O comércio do endossulfam será banido a partir de 2013. A retirada programada do produto foi determinada pela Anvisa em 2010. O aldicarbe (conhecido por seu uso irregular na formulação do "chumbinho") teve seu uso restringido pela agência e, em dezembro, a fabricante decidiu suspender sua venda.
"Esse agrotóxico, usado em poucas culturas e por um número bastante restrito de produtores, deverá permanecer no mercado até meados deste ano, quando o estoque deve se esgotar", disse Meirelles. O alacloro está em fase de revisão pela Anvisa. A expectativa é de que a retirada do produto seja determinada.

Autor: Lígia Formenti 
Via SisSaúde 

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cannabis atua no alívio da ansiedade provocada por trauma


Pesquisa do Laboratório de Psicofarmacologia, da Universidade Federal de Santa Catarina


Pesquisadores do Laboratório de Psicofarmacologia, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), descobriram que o canabidiol, um dos mais de 80 constituintes da Cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha, pode ajudar pessoas com ansiedade provocada por experiência traumática.

Os estudos foram realizados com animais que receberam um choque moderado nas patas, simulando uma situação traumática. Quando expostos ao ambiente onde aconteceu o trauma, os animais expressam reações como medo, caracterizada por imobilidade ou “congelamento”.

Quanto maior o tempo de congelamento, maior a intensidade do medo provocada pela lembrança. Essa sensação é a mesma experimentada por uma pessoa que, por exemplo, foi assaltada em determinada rua e sente medo ao passar por ela de novo.

O tratamento para essa condição consiste na exposição repetitiva ao ambiente de trauma, para que a pessoa se adapte novamente a ele, processo chamado de condicionamento. "Os principais resultados de nossos estudos demonstraram que o canabidiol facilita esse processo de reaprendizado emocional, tornando a exposição terapêutica muito mais eficiente e com efeitos prolongados", explica Reinaldo Takahashi, autor da pesquisa.

Segundo o pesquisador, o canabidiol poderia ser associado a tratamentos psicológicos, ajudando a atenuar os traumas. A sustância reduziu a ansiedade dos animas durante o processo de condicionamento, funcionando como um ansiolítico.

Autor: Assessoria de Comunicação
Fonte: Bibliomed

terça-feira, 28 de junho de 2011

Brasil: quase 30 milhões deixam baixa renda em 18 anos

 

Neste período, a população que se encaixa na classe C aumentou de 53,6% para 55,05%, enquanto as classes A e B juntas recuaram de 11,98% para 11,76%, interrompendo a linha de alta apresentada nos últimos anos. Já a saída da população dos estratos de baixa renda seguiu o resultado dos últimos anos e voltou a cair, passando de 34,4% para 33,19%.

Um total de 29,3 milhões de brasileiros deixou a base da pirâmide econômica (baixa renda) nos últimos 18 anos. O número equivale à população do Peru, de acordo com a pesquisa "Os Emergentes dos Emergentes", divulgada hoje, em São Paulo, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

O levantamento mostra que a população pertencente às classes D e E (com renda familiar de até R$ 1.200) caiu de 92,8 milhões em 1993 para 63,5 milhões em 2011. No mesmo período, a classe C (renda familiar entre R$ 1.200 e R$ 5.174) saltou de 45,6 milhões de brasileiros para 105,4 milhões, enquanto as classes A e B (renda familiar maior que R$ 5.174) juntas tiveram crescimento de 8,8 milhões para 22,5 milhões.

A pesquisa revela ainda que a diminuição do número pessoas de baixa renda foi impulsionada só a partir de 2003, quando as classes D e E juntas chegaram a ter 96,2 milhões de pessoas.

"O Brasil está se tornando um país normal. Antes, ele estava atrasado", afirmou Marcelo Neri, economista chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV. Na avaliação dele, a melhoria na pirâmide econômica do País pode ser explicada por uma série de fatores encabeçados pelo aumento da oferta de empregos e pelo crescimento real da renda dos trabalhadores nos últimos anos.

A pesquisa mostra que a renda média dos brasileiros cresceu 2,7% entre maio de 2002 e maio de 2008, depois desacelerou para 0,5% entre os mesmos meses de 2008 e 2009, já descontados os efeitos sazonais. Em seguida, voltou a acelerar o crescimento para 4,6% entre maio de 2009 e maio de 2010, até chegar a alta de 6,1% entre os mesmos meses de 2010 e 2011, segundo a pesquisa da FGV, que também utiliza dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"A classe média também é resultado do esforço dela mesma, que alcançou mais anos de educação na escola e passou a ter menos filhos", acrescentou Neri, lembrando que a educação e a quantidade de filhos também influenciam a mobilidade social.

O estudo da FGV mostra ainda que a classe média é a única que continua crescendo no País do ano passado pra cá. Neste período, a população que se encaixa na classe C aumentou de 53,6% para 55,05%, enquanto as classes A e B juntas recuaram de 11,98% para 11,76%, interrompendo a linha de alta apresentada nos últimos anos. Já a saída da população dos estratos de baixa renda seguiu o resultado dos últimos anos e voltou a cair, passando de 34,4% para 33,19%.

A Crítica

segunda-feira, 27 de junho de 2011

El Movimiento del 15 M, después del 19 de junio


Antoni Domènech · G. Buster · Daniel Raventós · · · 

El éxito de participación en las manifestaciones convocadas el pasado 19 de junio en todas las ciudades del Reino de España confirma que el Movimiento 15 M está aquí para quedarse como elemento fundamental de la nueva dinámica política y social que se ha instalado en nuestro país. [1]


Fue multitudinaria, arrancando varias columnas de la periferia obrera, la de Madrid. Sorprendió muy gratamente la masividad y la alegre combatividad de la de Valencia. Pero resultó especialmente significativa la de Barcelona. No sólo porque fue la de mayor participación popular –más de un cuarto de millón, según los organizadores, unas 75.000 personas, según la guardia urbana, más de 100.000, según el poco sospechoso diario El País—, sino sobre todo porque constituyó una contundente respuesta ciudadana a los peligrosos intentos de criminalización del Movimiento 15 M por parte del establishment mediático y político.  Como es harto sabido, esos intentos encontraron terreno abonado a raíz de los episodios violentos registrados ante el Parlament de Cataluña el pasado 15 de junio, cuando una gestión, como poco, incompetente –y como más, artera—, del conseller de interior, Felip Puig, permitió que varios diputados autonómicos de a pie terminaran agredidos por grupitos de exaltados –acaso provocadores infiltrados—, mientras el president Mas y varios consellers hacían aparatosa y fotogénica entrada en helicópteros y furgones policiales en un Parc de la Ciutadella policialmente tomado. 

El 27 de mayo la policía autonómica había agredido, tan brutal como innecesariamente, a los acampados en la Plaça de Catalunya de Barcelona, en una actuación que todo el mundo pudo ver en distintas filmaciones. El apoyo ciudadano a los acampados apaleados fue tan grande, que en pocas horas la figura de Felip Puig quedó totalmente desacreditada. El prepotente conseller de Interior buscó el 15 de junio el desquite. Pero a despecho de la mezquina mediocridad pisicológica del personaje, se puede conjeturar que no era nada personal. Eran negocios: las derechas catalanistas, como las españolistas, han entendido cabalmente que el principal obstáculo que se atraviesa en su empeño de desmantelar los restos del Estado Social y Democrático de Derecho con suicidas políticas económicas procíclicas de austeridad fiscal neoliberal e injustas políticas públicas de segregación social en sanidad y educación es precisamente el desarrollo del Movimiento 15 M. El propio señor Puig declaraba provocadoramente en el diario monárquico madrileño ABC que, si los Mossos no bastaban, no tendría inconveniente en recurrir a la Guardia Civil para la represión de los indignados (ABC, 20 junio 2011) [2], uniéndose al coro mediático y político de la extrema derecha madrileña que venía exigiendo desde hace semanas acciones represivas enérgicas contra los acampados en Puerta del Sol, y en general, contra los indignados madrileños. Que el antiguo dirigente de ERC ahora convertido en hombre de orden, Josep Lluís Carod Rovira, criticara qua catalanista a los indignados de Plaça Catalunya por hablar demasiado en castellano y se avilantara a recomendar su transterramiento a "Espanya" –"que se vayan a mear a su país"—, [3] que ABC fingiera escandalizarse –muy levemente— con el extremismo de Carod, [4] no quita validez a la afirmación. Al contrario: lo cierto es que las derechas patrias parecen haber entendido muy bien el viejo y probado principio de la buena táctica militar que tanto les sigue costando entender, y no digamos aplicar, a las izquierdas: "marchar por separado, golpear unidos". 

Los tambores de criminalización del movimiento del 15-M ya se escucharon el mismo15 de junio en el interior del Parlament. El presidente, Artur Mas, dijo: "Hoy se han traspasado las líneas rojas, una cosa es la discrepancia, legítima, ciudadana, periodística o política, pero nunca con violencia o coacciones." Al día siguiente, se subía de intensidad, y las agresiones fueron calificadas de "circunstancia excepcional". Y aún más: "Del pacifismo que se anunció, se pasó a la violencia, a la intimidación y a la coacción. Y en este sentido es evidente que el dispositivo policial, seguramente, estaba previsto en unas circunstancias de mayor tranquilidad y se tuvo que enfrentar a una kale borroka organizada por una gente de extrema violencia". Y para no quedarse emocionalmente corto: "actuaron como auténticos cafres".  

El gobierno de la Generalitat no pudo empezar peor el pasado otoño: con una amplia y contundente reprobación profesional, social y ciudadana a los primeros pasos recortadores y privatizadores dados por su estridente conseller de Sanidad, ese genuino elefante en cacharrería que es Boi Ruiz, apagado luego del revolcón ciudadano. El govern dels millors no había quedado mejor parado el pasado 17 de mayo con la energuménica torpeza represora de Felip Puig, que no cometió Rubalcaba en Madrid, ni siquiera Camps en Valencia. Pero los sucesos del 15 de junio ante el Parlament parecían brindar a Mas la ocasión de dar el golpe de gracia al Movimiento 15 M. Con un triple objetivo:  hacer pasar más fácilmente sus planes de austeridad contra la población no estrictamente rica, marcar el camino a seguir por otros gobiernos y deshacerse de una protesta que amenaza con ser cada vez mayor, gozando de una enorme simpatía entre la población trabajadora, así como de un creciente respeto por parte de las distintas organizaciones políticas, sindicales y sociales nominalmente de izquierda.

Para decir toda la verdad, resultó un tanto penoso que buena parte de la izquierda política institucional, en cuyo programa y en cuyas actuaciones parlamentarias figuran muchos de los puntos programáticos popularizados por el 15 M, pareciera no entender la situación creada y el evidente propósito político que se escondía tras la jactancia represiva de Puig y Mas, y diera la impresión de ceder antes a la tentación de cerrar filas con el resto de la "clase política" indignada con los indignados a cuenta del "ataque al Parlament", que a escuchar las voces de la población, y a aprender de ellas. Que la "indignación con los indignados" no podía sino ser farisaica, habida cuenta de que el grueso de la clase política abdicó expressis verbis de la democracia y de la soberanía popular en favor de los mercados financieros internacionales en mayo de 2010, es cosa que por lo visto ha terminado por entender muy bien la población catalana. En uno de los espacios más groseramente manipulatorios de la televisión pública (TV3), el programa matutino dirigido por el redicho y banderizo periodista Josep Cuní, se improvisó una encuesta televisiva sobre los sucesos violentos del Parlament, con la capciosa pregunta: "¿Por quién se siente usted más representado: por los representantes parlamentarios o por el Movimiento 15 M?". Tras las primeras 6.000 respuestas, el resultado era abrumador: cerca del 80% se decían mejor representados por el Movimiento 15 M que por los parlamentarios. [5]
 
El movimiento del 15-M hizo un comunicado, tras una asamblea celebrada el mismo día 15 de junio, en el que su compromiso con la acción no violenta quedaba terminantemente reafirmado: "Queremos aclarar que la acción de bloqueo de esta mañana se enmarca en una estrategia de desobediencia civil pacífica y colectiva ante la aprobación de leyes injustas, un derecho legítimo y practicado por este país en varios episodios de su historia reciente, como por ejemplo la Transición. Esta desobediencia activa no violenta, pacífica pero determinada, es la expresión de los acuerdos a los que ha llegado el movimiento del 15-M a lo largo de las asambleas celebradas en Plaza Catalunya durante el último mes. Las acciones que no han seguido esta estrategia no representan al movimiento."

El séptimo círculo del Infierno lo reservó Dante a los violentos: un lugar espantoso y yermo, surcado por el Flegetonte, río infernal al que el poeta describe como: "el río de la sangre, en el que hirviendo / están los que a su prójimo han forzado". Sabio como ninguno, el Dante cuenta entre los violentos a los usureros y a los codiciosos, además de a los tiranos: "Ciega codicia y loca ira, que impeliendo / nos vais por medio de la vida escasa / y en la eterna tan mal nos vais sumiendo! [Infierno, XII, 47-51]

El pasado 19 de junio centenares de miles de ciudadanos salieron pacífica, festiva y combativamente a las calles de Barcelona, de Madrid, de Valencia y de todas nuestras ciudades, grandes y pequeñas, para convalidar esta afirmación, guardando un sentido, precisamente dantesco, de las proporciones: exhibieron pancartas y banderolas con leyendas muchas veces certeras, algunas profundas, y casi todas, rebosantes de ingenio y buen sentido popular contra la violencia con mayúscula, la de las actuales clases rectoras. Y mostraron a Europa y al mundo que la población trabajadora del Reino de España no va a aceptar tan fácilmente su sacrificio y el de la democracia y la soberanía popular ante el altar del euro y de la banca privada al que parecen querer llevarla unas elites políticas y mediáticas tan irresponsables e ignorantes como complacientes. 

Demostraron una humildad sorprendentemente madura para ser un movimiento incipiente y exitoso: lejos de cualquier euforia y de todo sectarismo, no se entienden sino como una parte de un gran proceso de contestación social en marcha, en el que todos deben confluir. Y con su madurez y su humildad, los indignados mostraron también un camino a las debilitadas izquierdas políticas y sindicales tradicionales en nuestro país. Auguremos lo mejor, y esperemos que, como en Grecia, sepan éstas estar a la altura y secundarlo.

NOTAS: [1] Véase, en SinPermiso: Antoni Domènech, "Mejor al revés: ¿cuál es la alternativa real al Movimiento del 15 de Mayo?" (http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=4183). Gustavo Búster, "Reino de España: las consecuencias de la estrategia del 'mal menor'"  (http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=4199). Daniel Raventós, "Bildu, el movimiento del 15 de Mayo y la renta básica" (http://www.sinpermiso.info/textos/index.php?id=4208).  [2] Entrevista a Puig en ABC: http://www.abc.es/20110618/espana/abci-entrevista-puig-201106180147.html[3] El artículo de Carod Rovira "Indignació espanyola", en Nació Digital, 16 de junio de 2011: http://www.naciodigital.cat/opinionacional/noticiaON/1964/indignacio/espanyola[4] Reacción de ABC al artículo de Carod: http://www.naciodigital.cat/opinionacional/noticiaON/1964/indignacio/espanyola . [5] Luego, las cifras fueran manipuladas, para que sólo el 46% se sintiera más representado por el Movimiento 15 M, pero si se ve la foto de la pantalla, la evidencia de la manipulación está ahí: el número de respuestau no había subido lo suficiente como para justificar el inopinado cambio en los resultados de la encuesta: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=152702228136950&set=a.148558108551362.38402.148544968552676&type=1&theater

Antoni Domènech es el Editor general de SinPermiso. Gustavo Búster y Daniel Raventós son miembros del Comité de Redacción de SinPermiso.
sinpermiso electrónico se ofrece semanalmente de forma gratuita. No recibe ningún tipo de subvención pública ni privada, y su existencia sólo es posible gracias al trabajo voluntario de sus colaboradores y a las donaciones altruistas de sus lectores. Si le ha interesado este artículo, considere la posibilidad de contribuir al desarrollo de este proyecto político-cultural realizando una DONACIÓN o haciendo una SUSCRIPCIÓN a la REVISTA SEMESTRAL impresa.

Freedom for Palestine

domingo, 26 de junho de 2011

El papel de Wall Street en el narcotráfico



Mike Whitney · · · · ·

Imaginen cuál sería su reacción si el gobierno mexicano conviniera en pagar 1.400 millones de dólares a Barak Obama por desplegar tropas norteamericanas y vehículos blindados en Nueva York, Los Ángeles y Chicago para llevar a cabo operaciones militares, establecer puestos de control y verse envuelto en tiroteos que acaben por causar la muerte de 35.000 civiles en las calles de ciudades norteamericanas.

Si el gobierno mexicano tratara así a los Estados Unidos, ¿lo considerarían ustedes amigo o enemigo?

Así es exactamente cómo tratan los EE. UU. a México, y así ha venido siendo desde 2006.

La política mexicana de Norteamérica --la Iniciativa de Mérida-- es una pesadilla. Ha minado la soberanía mexicana, ha corrompido el sistema político y ha militarizado el país. Ha tenido también como resultado la muerte violenta de miles de civiles, pobres en su mayoría. Pero a Washington le importan una higa los "daños colaterales" mientras pueda vender más armamento, fortalecer su régimen de libre comercio y lavar más beneficios de las drogas en sus grandes bancos. 

Entonces es todo de lo más agradable. 

¿No ha lugar a dignificar esta carnicería llamándola "Guerra contra las drogas"?  

No tiene sentido. Lo que vemos es una oportunidad descomunal de hacerse con poder por parte de las grandes empresas, las altas finanzas y los servicios de inteligencia norteamericanos. Lo único que hace Obama es ocuparse de la subasta, razón por la cual --no es de sorprender-- las cosas se han puesto bastante peor bajo su administración. No sólo ha incrementado Obama la financiación del Plan México (también conocido como Mérida) sino que ha desplegado más agentes norteamericanos para que trabajen en secreto, mientras aviones no tripulados llevan a cabo labores de vigilancia. ¿Lo captan? No se trata de una pequeña redada antidroga, es otro capítulo de la Guerra Norteamericana contra la Civilización. He aquí un pasaje de un artículo de CounterPunch escrito por Laura Carlsen que nos muestra algo del trasfondo: 

"La guerra contra las drogas se ha convertido en el vehículo principal de militarización de América Latina. Un vehículo financiado e impulsado por el gobierno norteamericano y alimentado por una combinación de falsa moral, hipocresía y mucho de temor duro y frío. La llamada ‘guerra contra las drogas’ constituye en realidad una guerra contra la gente, sobre todo contra los jóvenes, las mujeres, los pueblos indígenas y los disidentes. La guerra contra las drogas se ha convertido en la forma principal del Pentágono de ocupar y controlar países a expensas de sociedades enteras y de muchas, muchas vidas”.  

“La militarización en nombre de la guerra contra las drogas está sucediendo más rápida y concienzudamente de lo que la mayoría de nosotros probablemente anticipó con la administración de Obama. El acuerdo para establecer bases en Colombia, posteriormente suspendido, mostró una de las señales de la estrategia. Y ya hemos visto la extensión indefinida de la Iniciativa de Mérida en México y América Central e incluso, tristemente, las cañoneras enviadas a Costa Rica, una nación con una historia de paz y sin ejército...”    

“La Iniciativa de Mérida financia intereses norteamericanos para entrenar a fuerzas de seguridad, proporciona inteligencia y tecnología bélica, aconseja sobre las reformas de la justicia y el sistema penal y la promoción de los derechos humanos, todo ello en México”. ("The Drug War Can't Be Improved, It Can Only be Ended" [“No se puede mejorar la guerra contra las drogas, sólo se puede concluir"] Laura Carlsen, Counterpunch).

Si da la impresión de que Obama está haciendo todo lo que puede para convertir México en una dictadura militar, es porque es lo que está haciendo. El Plan México es una farsa que esconde los verdaderos motivos de la administración, que consiste en asegurarse de que los beneficios del tráfico de drogas acaben en los bolsillos de la gente adecuada. De eso es de lo que se trata, de muchísimo dinero. Y por eso es por lo que se ha disparado el número de víctimas, mientras la credibilidad del gobierno mexicano ha caído como nunca en décadas. la política norteamericana ha convertido grandes extensiones del país en campos de muerte y la cosa no hace más que empeorar.     

Véase esta entrevista con Charles Bowden, que describe cómo es la vida de la gente que vive en la Zona Cero de la guerra de las drogas en México, Ciudad Juárez: 

"Esto sucede en una ciudad en la que en ocasiones la gente vive en cajas de cartón. En el último año han cerrado diez mil negocios, tirando la toalla. De treinta a sesenta mil personas, sobre todo los ricos, se han mudado a El Paso, al otro lado del río, por razones de seguridad, entre ellos el alcalde de Juárez, que prefiere largarse a dormir en El Paso. El editor del diario local también vive en El Paso. Entre 100.000 y 400.000 personas sencillamente se marcharon de la ciudad. Buena parte del problema es económico, y no simplemente de violencia. Durante esta recesión han desaparecido por lo menos 100.000 empleos de las empresas fronterizas debido a la competencia asiática. Las estimaciones cifran las bandas de delincuentes entre 500 y 900".

“De modo que lo que tenemos son 10.000 soldados de las tropas federales y agentes de la policía federal merodeando por allí. Una ciudad en la que nadie sale de noche, en la que los pequeños negocios pagan todos extorsión, donde oficialmente se robaron 20.000 coches el año pasado, en el que oficialmente fueron asesinadas más de 2.600 personas el pasado año, donde nadie sigue el rastro de la gente que ha sido secuestrada y no regresa, en donde nadie cuenta la gente enterrada en cementerios secretos de los que, de forma indecorosa, parecen de cuando en cuando salir algunos escarbando. Lo que tenemos es un desastre y un millón de personas, demasiado pobres para poder marcharse, atrapadas en él. La ciudad es eso".
(Charles Bowden, Democracy Now)

Esto no tiene que ver con las drogas; se trata de una política exterior chiflada que apoya a ejércitos por delegación para imponer el orden por medio de la represión y militarización del Estado policial. Se trata de expandir el poder norteamericano y de que engorden los beneficios de Wall Street.    

Veamos más datos de fondo proporcionados por Lawrence M. Vance en la Future of Freedom Foundation:

"Un número no revelado de agentes de la ley norteamericanos trabajan en México (...) La DEA tiene más de 60 agentes en México. A ellos se suman 40 agentes de Inmigración y Aduanas, 20 ayudantes del Servicio de Comisarios de Policía y 18 Agentes de Alcohol, Tabaco, Armas de Fuego y Explosivos, más agentes del FBI, del Servicio de Ciudadanos e Inmigración, Aduanas y Protección de Fronteras, Servicio Secreto, Guardacostas y Agencia de Seguridad en el Transporte. El Departamento de Estado mantiene también una Sección de Asuntos de Narcóticos. Los Estados Unidos también han suministrado helicópteros, perros antidroga y unidades de polígrafos para examinar a quienes solicitan ingresar en organismos de aplicación de las leyes". 

“Los aviones no tripulados norteamericanos espían los escondites de los cárteles y las balizas rastreadoras norteamericanas ubican con exactitud los coches y teléfonos de los sospechosos. Agentes norteamericanos siguen los rastros, localizan llamadas telefónicas, leen correos electrónicos, estudian patrones de comportamiento, siguen rutas de contrabando y procesan datos sobre traficantes de droga, responsables del lavado de dinero y jefes de los cárteles. De acuerdo con un antiguo fiscal antidroga mexicano, los agentes norteamericanos no están limitados en sus escuchas en México por las leyes norteamericanas, mientras no se encuentren en territorio norteamericano y no pinchen a ciudadanos norteamericanos. ("Why Is the U.S. Fighting Mexico's Drug War?" [ “¿Por qué libran los Estados Unidos la Guerra contra las drogas de México?”] Laurence M. Vance, The Future of Freedom Foundation)

Esto no es política exterior; es otra ocupación norteamericana. ¿Y adivinan quién hace caja a lo grande con este pequeño timo sórdido? Wall Street. Eso es: los grandes bancos le sacan un pico como hacen siempre. Echemos un vistazo a este pasaje de un artículo de James Petras títulado  "How Drug Profits saved Capitalism" [“Cómo los beneficios de  las drogas salvaron al capitalismo”] en Global Research. Es un estupendo resumen de los objetivos que están configurando esa política: 

"Mientras el Pentágono arma al gobierno mexicano y la DEA (Drug Enforcement Agency, la agencia antidroga) norteamericana ponen en práctica la ‘solución militar’, los mayores bancos de los EE.UU. reciben, lavan y transfieren cientos de miles de millones de dólares a las cuentas de los señores de la droga, que compran así armas modernas, pagan ejércitos privados de asesinos y corrompen a un número indeterminado de funcionarios encargados de hacer cumplir las leyes a ambos lados de la frontera..."   

“Los beneficios de la droga, en el sentido más básico, se aseguran mediante la capacidad de los cárteles de lavar y transferir miles de millones de dólares al sistema bancario norteamericano. La escala y envergadura de la alianza entre la banca norteamericana y los cárteles de la droga sobrepasa cualquier otra actividad del sistema de la banca privada norteamericana. De acuerdo con los registros del Departamento de Justicia norteamericano, un banco sólo, el Wachovia Bank (propiedad hoy de Wells Fargo), lavó 378.300 millones de dólares entre el 1 de mayo de 2004 y el 31 de mayo de 2007 (The Guardian, 11 de mayo de 2011). Todos los bancos principales de los EE. UU. han hecho de socios financieros activos de los cárteles asesinos de la droga."

“Si los principales bancos norteamericanos son los instrumentos financieros que permiten operar a los imperios multimillonarios de la droga, la Casa Blanca, el Congreso norteamericanos y los organismos de aplicación de las leyes son los protectores esenciales de estos bancos (…) El lavado de dinero de la droga es una de las fuente más lucrativas de beneficios para Wall Street, los bancos cargan abultadas comisiones por transferencias de beneficios de la droga, que a su vez prestan a instituciones crediticias a tasas de interés muy superiores a las que pagan - si es que pagan- a los depositantes de los traficantes de drogas. Inundados por los beneficios de las drogas ya desinfectados, estos titanes norteamericanos de las finanzas mundiales pueden comprar fácilmente a los funcionarios electos para que perpetúen el sistema." ("How Drug Profits saved Capitalism", James Petras, Global Research)

Repitámoslo: "Todos los bancos principales de los EE. UU. han hecho de socios financieros activos de los cárteles asesinos de la droga..."

La Guerra contra las Drogas es un fraude. Esto no tiene que ver con la prohibición, tiene que ver con el control. Washington pone la fuerza para que los bancos puedan llevarse una buena pieza. Una mano lava a la otra, igual que con la Mafia. 

Mike Whitney es un analista político independiente que vive en el estado de Washington y colabora regularmente con la revista norteamericana CounterPunch.

Traducción para www.sinpermiso.info de Lucas Antón

sinpermiso electrónico se ofrece semanalmente de forma gratuita. No recibe ningún tipo de subvención pública ni privada, y su existencia sólo es posible gracias al trabajo voluntario de sus colaboradores y a las donaciones altruistas de sus lectores. Si le ha interesado este artículo, considere la posibilidad de contribuir al desarrollo de este proyecto político-cultural realizando una DONACIÓN o haciendo una SUSCRIPCIÓN a la REVISTA SEMESTRAL impresa.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

COM O RABO ENTRE AS PERNAS


Depois que EUA anunciaram cronograma para retirada de tropas do Afeganistão, outros países (Grã-Bretanha, Alemanha, França e Espanha) também anunciaram a retirada parcial ou total de suas tropas.

Essa movimentação toda não se deve a modificação significativa da situação política do Afeganistão, que continua fortemente instável, com os Talibãs ocupando partes do País.

Aparentemente o principal argumento para a retirada dessas tropas é que, de um lado, as forças de ocupação não estavam alcançando resultados importantes. A situação está, durante longo período, praticamente estagnada.

Por outro lado, esses países vivem situações internas, econômicas e políticas, extremamente preocupantes, não podendo mais se dar ao luxo de bancar financeiramente uma guerra cara e que não dá sinais de "avanços" (isso olhando do seu ponto de vista).

Os fabricantes de armas e equipamentos de guerra devem estar já fazendo lobby para que os EUA abram outras frentes de combate mais adequadas ao orçamento financeiro dessa potência imperialista.

As Américas Central e do Sul que se cuidem.

A antielitização latino-americana

As elites latino-americanas enfrentam uma crise de identidade e estão vendo encurralada sua capacidade ideológica para transfigurar seus interesses privados em projetos políticos majoritários próprios ou afins. Essas elites perderam seus pontos de referência. Elas sempre se refugiaram e se legitimaram em seus vínculos com os países centrais e na promessa de trazer o exterior para o continente como modelo para a modernização do arcaico e do periférico. Mas olhar “para fora” hoje em dia não é motivo de muito entusiasmo. O artigo é de Amílcar Salas Oroño.

1. Boa parte das forças políticas opositoras latino-americanas evidenciam hoje uma crise de identidade. Encontram-se em um pântano de ideias, uma frustração frente a certas propostas políticas impulsionadas por alguns governos da região. Trata-se de uma situação que não é simplesmente de superfície: no fundo, ocorre que as elites latino-americanas estão vendo encurralada sua capacidade ideológica para transfigurar seus interesses privados em projetos políticos majoritários próprios ou afins. Neste sentido, um processo de antielitização latino-americana parece também estar constituindo a cena contemporânea.

2. O dilema para estas forças opositoras é que elas incorporaram quase como único e relevante princípio de ação aquilo que é indispensável para as elites: reeditar uma possível “harmonia” dos interesses sociais, tornarem-se os garantidores de uma sociedade sem conflitos na qual primem os mecanismos “naturais” de resolução de demandas, junto com as posições de privilégio. Frente às “desmedidas” dos governos, a importância prática do “equilíbrio”. Pode-se dizer que elites e forças opositoras se mimetizam, ou melhor, se complementam: os setores opositores funcionam como descarga discursiva das elites, com o apoio dos meios massivos de comunicação. Mas essa mesma pretensão do “fim dos conflitos” apresenta hoje em dia sérios problemas para relançar-se teoricamente em alguns países.

3. Não é no nível concreto da geração de riqueza ou em fatores de poder que as elites perderam terreno, mas sim em uma dimensão que também resulta fundamental para a dialética social: os imaginários coletivos. As elites não estão conseguindo atravessar e organizar discursivamente há algum tempo os diferentes níveis de linguagem das sociedades. Como dado eloquente, cabe destacar que as manchetes do Clarín e do La Nación, na Argentina, do ABC, no Paraguai, ou do Estadão e da Folha de São Paulo, no Brasil, já não geram a mesma comoção na opinião pública. Neste sentido, a capacidade das elites para promover uma extensão de seus (auto) princípios de legitimação – com seus valores, modelos de relações sociais e metas coletivas – está fortemente afetada; é como se uma brecha tivesse sido aberta entre suas interpretações e os imaginários coletivos.

Esta circunstância se deve, fundamentalmente, ao fato de que as elites periféricas perderam seus pontos de referência. Elas sempre se refugiaram e se legitimaram em seus vínculos com os países centrais e na promessa de trazer o exterior para o continente como modelo para a modernização do arcaico e do periférico. Mas olhar “para fora” hoje em dia não é motivo de muito entusiasmo: crises especulativas com prejuízos na casa dos bilhões, deslocamento forçado de contingentes de imigrantes, perseguições religiosas, modelos de sociedade baseados na redução salarial e no ataque a direitos adquiridos, ou então o avanço de valores como os que impulsionam o Tea Party, nos EUA, ou os partidos de direita na Suécia e na Hungria.

4. Esta desorientação habilita, por sua vez, o giro “antielitista”: arraigam-se outros princípios ordenadores nos imaginários latino-americanos. Há novos sentidos comuns e outras dinâmicas – e outras maneiras de descrevê-las – vinculados com as agendas públicas de certos países: se no Brasil, talvez pela primeira vez em sua história, percebe-se coletivamente a possibilidade de uma mobilidade social para os setores subalternos, isso se deve ao impacto de determinadas políticas, como a reversão da primazia do trabalho informal sobre o formal ou os milhões de novos estudantes que tiveram acesso à universidade; na Venezuela, o declarado “anti-imperialismo” cultural e institucional construiu, como mostram alguns estudos, outros tipos de interação e modelos de relações sociais, inclusive domésticas, a respeito do que implica uma sociedade do consumo; o mesmo poderia se dizer sobre o “bem viver” no Equador ou Bolívia, capítulos constitucionais que, burocraticamente, colocam reparos práticos às tentações neoextrativistas e, ao mesmo tempo, reasseguram sua particularidade política histórica: a inclusão de identidade indígena em seus projetos; ou na Argentina, onde a “democratização” de certos aspectos cotidianos, como o matrimônio igualitário ou a pluralidade da informação, reconfigura o caráter do significado do progresso pessoal.

5. Estas fórmulas, que lutam espiritualmente com outras não tão auspiciosas e também creditáveis aos governos em questão, atravessam os imaginários sociais e se incorporam aos universos simbólicos da cidadania, orientam e organizam a absorção das interpretações circulantes: de alguma maneira, constituem-se nas barreiras ideológicas que encontram as elites para impor suas ideias. Não se trata, como diz Beatriz Sarlo, de uma simples “batalha cultural”; deve reconhecer-se como um avanço político o fato de que os modelos societários das elites estejam sem possibilidades de movimento e capilaridade.

Isso não anula a debilidade e a falta de organicidade com as quais se dão as mudanças, ou que apareçam fricções no interior das coalizões governamentais: ocorre no Equador com a Aliança País e os movimentos sociais, com Dilma Rousseff e a bancada parlamentar do PMDB, ou entre o governo e a CGT na Argentina. Mas essas fricções não são em torno de outros mapas conceituais, como gostariam os meios de comunicação conservadores e as elites, mas sim no interior de um mesmo quadro de ideias – assumidos com maior ou menor honestidade pelos atores – precisamente aquele que, posto em movimento, gera uma antielitização das linguagens de baixo para cima.

6. Os imaginários sociais não são realidades secundárias: ali também se colocam questões chave para o futuro. Está claro que não há condições objetivas para uma radical “mudança de época” na América Latina. No entanto, há certas condições subjetivas, no plano dos imaginários, que parecem ter dado um salto otimista, e que são consequência da interação com certas políticas públicas; daí a crise de identidade e de perspectiva de certas elites e forças opositoras. A região apresenta uma diferença em relação a outras latitudes: ao invés de levantar muros entre comunidades, talvez seja o momento para assumir em sua verdadeira dimensão conceitual aquilo que está comprometido socialmente com a originalidade latino-americana; como insistia José Carlos Mariátegui: nem imitação, nem cópia...criação heroica.

(*) Professor do Instituto de Estudos da América Latina e Caribe, da Universidade de Buenos Aires.

Tradução: Katarina Peixoto, para CARTA MAIOR

CARVÃO


NOTA DA APEDEMA SOBRE O APROVEITAMENTO DO CARVÃO GAÚCHO
  
Em vista da audiência pública sobre o aproveitamento do carvão mineral gaúcho promovido pela Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável da Assembléia Legislativa gaúcha, a  APEDeMA/RS- Assembleia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente  vem a publico manifestar sua posição.

O uso de carvão como fonte energética é uma tecnologia obsoleta, anti-economica, prejudicial a saúde humana e contribui significativamente para piorar a crise climática que presenciamos atualmente devido ao aquecimento global.

As jazidas de carvão, da ordem de 28 bilhões/ton não são as maiores fontes  de energia no estado.Representam cercade 6% do consumo energético nacional.  A Energia eólica e a energia solar são fontes muito mais abundantes. Não falta energia para a eliminação dos combustíveis fósseis. O uso da ENERGIA SOLAR RADIANTE que chega á Terra atinge a astronômica cifra de 15 trilhões GW/ano, enquanto a Demanda Energética Mundial anual atual é da ordem de 1,5 Bilhões GW/ano. Recebemos 10.000 vezes mais energia do que consumimos.

O consumo de energia elétrica no Brasil atingiu o recorde histórico de 70 gigawatts (GW) , no horário de pico em 03/02/2010. A média de consumo diário em 2009 foi de 54GW 77.Já o potencial de geração de ENERGIA EÓLICA no Brasil a 100 m de altura, pode atingir 300 GW , sem considerar a zona marítima -off shore-.

ASPECTOS ECONÔMICOS

Dados de 2010 do Ministério de Minas e Energia e PSR Consultoria informam que a energia eólica tem o menor preço que a termoelétrica movida a carvão: R$132 megawatt/hora contra R$160,00 megawatt/hora, respectivamente. Esta vantagem econômica traduz-se no tamanho atual do mercado financeiro da energia eólica brasileira: R$ 25 billhões. São 5.5 GW já contratados até 2013. Hoje a capacidade eólica instalada no Brasil é de 1GW.
No RS há dez parques de energia eólica entre os em operação e em obras, gerando um excelente  ciclo econômico. Só na fabricação de aerogeradores existem 5 empresas no Brasil. Em 2013 nosso estado terá 660 MW eólicos.
Além disso a energia eólica no pais oferece uma excelente complementação ao sistema  hidroelétrico com capacidade de acumulação ao longo do ano. Dados da ANEEL de 2007 e 2008 mostram que justamente na época de menor regime hídrico das regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste Brasileiras entre Agosto á Dezembro a geração de energia eólica da região Nordeste  (o maior produtor potencial de energia eólica no país, seguido do Rio Grande do Sul) atinge os maiores valores.

SAÚDE PÚBLICA

A composição química do Carvão Gaúcho pode ser considerada uma verdadeira enciclopédia de venenos. O mais prejudicial é o vapor de mercúrio metálico emitido na sua combustão. São lançados na atmosfera 30 kg de vapor metálico de mercúrio para cada tonelada de carvão gaúcho queimado, ou seja 3% do peso deste carvão é mercúrio! Como está na forma gasosa a tecnologia em uso atualmente no estado é incapaz de reduzir estas emissões. Esta concentração é muitíssima superior àquela encontrada no Carvão dos Estados Unidos, onde são liberados à atmosfera, em média 44 gramas por cada toneladas queimada.
Os processos biológicos modificam a maior parte do mercúrio depositado para metilmercúrio, uma potente neurotoxina que humanos e outros organismos terrestres e aquáticos absorvem de pronto, a exemplo do desastre de Minamata ,ocorrido no Japão em 1956.
Matéria particulada originada da combustão do carvão conhecidamente causa danos ao sistema respiratório. Agora já se sabe, através de pesquisas recentes, que conseguem mesmo atravessar os pulmões e invadir a corrente sanguínea, conduzindo a doenças cardíacas, enfartos e morte prematura.
.Nos EUA 23.600 mortes anuais (2004) podem ser atribuídas a poluição aérea proveniente de suas 600 termoelétricas á carvão. Os que morrem prematuramente devido a exposição a matéria particulada, perdem em média 14 anos de suas vidas.A queima do carvão responde também por cerca de 554.000 ataques asmáticos, 16.200 casos de bronquite crônica e 38.000 enfartos não fatais, anualmente. A poluição atmosférica das usinas térmicas nos EUA responde por uma estimativa anual na custos de Saúde de mais de 160 bilhões de dólares.
Outras emissões atmosféricas resultantes da queima do carvão incluem metais pesados como vanádio, cádmio, arsênio e chumbo, além de SO2 - dióxido sulfúrico, CO2-dióxido de carbono , matéria particulada e NOx -óxidos de nitrogênio , os quais resultam em ozônio ao nível da superfície. SO2 e ozônio são gases altamente corrosivos que causam falências respiratórias e contribuem para baixa de peso do nascituro e aumento da mortalidade infantil. SO2 e NOx são também as causas primárias da chuva ácida. CO2 é o gás dominante responsável pelo efeito estufa que está aquecendo o planeta.
Durante sua queima a combinação de Cloro e de núcleos aromáticos pré-existentes propiciam a liberação de Dioxinas e de outros compostos organoclorados, altamente carcinogênicos.



AGRAVAMENTO DA CRISE DO CLIMA (AQUECIMENTO GLOBAL)

Uma forte objeção à continuidade da exploração do Carvão mineral, cerca de 900 bilhões de toneladas  em nível mundial,  é que tornaria  impossível estabilizar o clima e evitar os impactos do desastre climático global na sociedade humana. Este valor representa o aumento da concentração de CO2, gás carbônico a mais de 250 ppm (concentração de partes por milhão), ao já 392 ppm existentes. O uso das reservas gauchas de carvão por si só acrescentariam 7 ppm a concentração deste gás já existente na atmosfera.

Portanto se as emissões de carvão  forem eliminadas nas próximas décadas e o petróleo e o gás natural deixassem de ser extraídos será possível estabilizar o clima dentro de uma faixa de segurança climática, abaixo de 350 ppm de CO2 na qual a humanidade viveu em toda a sua história e pré-história, a exceção dos últimos 25 anos.

As conseqüências do fracasso do protocolo de Quioto e das Conferências entre as partes da ONU –COP ao não conseguir um acordo global de reduções substanciais dos gases de efeito estufa poe em risco a continuidade da existência humana no planeta já na primeira metade deste século devido a subida do nível dos mares, chuvas e secas extremas impactando tanto as populações urbanas na forma de grandes tragédias socioambientais e fazendo diminuir  drasticamente a produtividade agrícola e criando milhões ou bilhões de refugiados ambientais.
Os governos nacionais e estaduais em sua grande maioria estão agindo como se fossem indiferentes ao fato de que há um limite na atmosfera para a quantidade carbono oriundo dos combustíveis fósseis. Estes ficam na atmosfera  por milênios. Nós podemos extrair uma fração do excesso de CO2 via a melhoria das práticas agrícolas e florestais e evitando o desmatamento e no caso brasileiro evitando a alteração do código florestal nos moldes aprovado pela Camara dos Deputados.

A falta de ação nesta área e o aumento continuo das emissões antrópicas trará serias conseqüências a nossa sobrevivência a começar pela liberação espontânea de clatratos de metano e CO2 do oceano e dos solos outrora permanentemente cobertos de gelo da Sibéria e  da America do Norte em processo de degelo causando uma reação em cadeia da liberação desses gases bem como o fim precoce da calota polar ártica no verão prevista inicialmente para 2080, mas com grande probabilidade de ocorrer entre os anos de 2013 à 2019.
Fontes de energia renováveis, eólica ou solar, etanol da cana de açúcar, biogás de resíduos orgânicos urbanos e rurais não requerem mineração perigosa ou remoção do topo de montanhas - não poluem o ar, a terra ou a água com seus resíduos químicos tóxicos, tampouco causam prejuízos a saúde

 O motivo para continuar a utilizar-se  o carvão, combustível sujo do sec. XIX, quando temos alternativas do sec XXI é dificil de entender... provavelmente falta de inteligência.

Assinam as seguintes entidades:

Assembleia Permanente de Entidades de Defesa do Meio Ambiente (APEDeMA-RS)
Ação Nascente Maquiné (ANAMA) - Maquiné
Amigos da Paisagem Preservada de Quintão (APAIPQ) – Palmares do Sul
Associação São Borjense de de Proteção do Ambiente Natural (ASPAN) – São Borja
Associação Ambientalista Biguá (Biguá) – Arambaré
Associação Ambientalista da Costa Doce (AACD) de Camaquã/RS.
Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (AGAPAN)
Abrace o Guaíba - POA;
Casa Tierra – Porto Alegre
Centro de Estudos Ambientais (CEA) - Rio Grande/ Pelotas
Econsciência – Porto Alegre
Grupo Ecológico Sentinela dos Pampas (GESP) – Passo Fundo
Grupo Ecológico Guardiões da Vida (GEGV) - Passo Fundo
Grupo Transdisciplinar de Estudos Ambientais Maricá (MARICÁ) - Viamão
Instituto Ballaena Australis - Santa Vitória do Palmar
Igré Associação Socioambientalista (IGRÉ) – Porto Alegre
Instituto Biofilia – Porto Alegre
Incandescente – Bagé/ Porto Alegre
Instituto Gaúcho de Estudos Ambientais (Ingá) – Porto Alegre
Movimento Os Verdes de Tapes - Tapes
Núcleo Amigos da Terra Brasil (NAT) – Porto Alegre
Ong Solidariedade – Porto Alegre
União Protetora do Ambiente Natural (UPAN) – São Leopoldo
União Pedritense de Proteção ao Ambiente Natural (UPPAN) – Dom Pedrito

Porto Alegre 14 de Junho de 2011

terça-feira, 21 de junho de 2011

ILHAS SPRATLY

As Ilhas Spratly, localizadas no Mar da China Meridional, passam atualmente por grandes problemas.

Vários países as estão reivindicando, pois são consideradas de grande interesse para a indústria pesqueira e ricas em recursos naturais.

Como as fronteiras das águas territoriais dos países vizinhos – China, Vietnã, Filipinas e Brunei – não são claramente definidas, historicamente as ilhas Spratly vêm sendo exploradas por diferentes nações.

Para evitar um agravamento das tensões, um acordo foi fechado entre países da região, mas como ele não tem força de lei, pouco fez para mudar a situação.

Veja algumas fotos dessas ilhas, de fontes diversas (para ver de forma ampliada, é só clicar nas imagens):







Veja mais AQUI.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

TUDO POR DINHEIRO

Para o jornalista britânico Andrew Jennings, da emissora BBC de Londres e talvez o maior especialista em todo o mundo a respeito dos esquemas de corrupção que rondam a Fifa e o Comitê Olímpico Internacional, "Ricardo Teixeira conseguirá atingir o objetivo de sediar o Mundial no Brasil às custas dos torcedores e amantes de futebol espalhados pelo país. Ele não pensa na nação e, sim, no dinheiro", disse. 

Segundo ele, o brasileiro era o nome já combinado para suceder Blatter na Fifa em 2015, mas isso não ocorrerá por "problemas de ordem interna". "O nome mais cotado agora é o de Michel Platini, presidente da Uefa", cravou.

Já em relação a João Havelange - presidente da Fifa dos anos 70 ao fim da década de 90 -, Jennings assegurou que foi ele quem instaurou o esquema de privatização do esporte, com a negociação de contratos milionários de marketing com a empresa de materiais esportivos alemã Adidas, por exemplo.

E pergunta: "Como não fazem nada para apagar esta mancha? Como Ricardo Teixeira e João Havelange se mantêm no poder e não estão na cadeia?"

A Derrota do Futebol

O jornal Correio do Brasil de ontem traz reportagem assinada por Cimberley Cáspio em que afirma que "depois das revelações bombásticas do jornalista britânico Andrew Jennings, divulgadas em entrevistas e no seu livro ''Jogo Sujo, o Mundo Secreto da Fifa'', não só as Olimpíadas, como a Copa do Mundo, perderam o crédito e o brilho de campeonato".

Prossegue afirmando que "o governo brasileiro insistirá na realização da Copa do Mundo em 2014, por causa do dinheiro que vai entrar no país, por meio de investimentos externos.

Porém, quanto à questão esportiva e festiva, essa deixou de ser, pois o escândalo abalou os pilares daqueles brasileiros que pensavam em torcer pela Seleção Brasileira, acreditando em resultado justo.

O que não dá mais pra acreditar. E muitos empresários deixarão de investir em produtos comemorativos da Copa do Mundo, para não correrem o risco de ver seus produtos encalhados nas prateleiras de suas lojas, devido a resultados suspeitos e comprados, como vem acontecendo nas últimas edições das Copas do Mundo realizadas anteriormente".

CP

domingo, 19 de junho de 2011

Cão recebe pena de lapidação

le pretre, le-rabin et liman

Jerusalém - Um Tribunal Rabínico de Jerusalém condenou à morte por apedrejamento um cão vira-lata acusado de ser a reencarnação de um advogado já falecido amaldiçoado por insultar juízes religiosos há 20 anos. O advogado foi condenado pelo mesmo tribunal a reencarnar como cachorro e teria retornado (já como cão) para se vingar.  

CP

sexta-feira, 17 de junho de 2011

A MÍDIA ESPANHOLA COPIA O PIG BRASILEIRO

Cerdo Iberico

 

Telemadrid utiliza imágenes de disturbios en Grecia para informar sobre los de Barcelona

 

Redacción (Barcelona).- La cadena de televisión pública Telemadrid ha utilizado imágenes de enfrentamientos violentos entre manifestantes y policía griegos para ilustrar la supuesta agresividad que habrían mostrado de los 'indignados' en las protestas frente a la sede del Parlament de Catalunya de este miércoles.

En el programa de información matutino de la cadena del pasado jueves, se informa de las agresiones de un grupo de manifestantes a diputados de la cámara catalana en contraposición al ideario publicado por el movimiento 15-M.

Para mostrar las contradicciones de los 'indignados' entre lo que hacen y lo que dicen ser, la cadena señala punto por punto sus 'leit motive' y hace hincapié en su autoconsideración como movimiento pacifista: "Somos pacifistas. No a la guerra", advierte el ideario. Sin embargo, el informativo lo coteja: "Pues vea algunas de las instanténeas que podemos ver, por ejemplo en el diario El Mundo", introduce la presentadora. Acto seguido aparecen imágenes de violencia callejera y peleas entre policías y civiles armados con palos.

"Como ven, muy pacifistas, muy pacifista...", señala la conductora del programa. Pero en las imágenes se advierte que los agentes no llevan el uniforme habitual de los Mosso d'Esquadra, que en sus escudos protectores aparecen letras en griego y que incluso algún alborotador porta banderas del país heleno, nada que ver con cualquiera de las estampas que en estos días se pueden ver en los medios de comunicación sobre los hechos de Barcelona.

La Vanguardia

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Las lavanderías de Wall Street


Por Juan Gelman, para Página/12

Se puede pasear por Queens y encontrar decenas y decenas de lavanderías sin un solo cliente en toda la jornada y en ninguna otra jornada. Suelen ser negocios modestos, atendidos por una sola persona que no frecuenta a los vecinos. Nada que ver con los imponentes edificios de los bancos de Wall Street, que tampoco lavan ropa: se dedican a otra clase de limpieza.

Es difícil calcular el volumen de dinero lavado que entra en el flujo financiero mundial. En 1996 el FMI afirmó que ascendería del 2 al 5 por ciento del total, pero hay estimaciones actuales que superan esa aproximación. El distinguido economista John Walker propone, con base en un modelo económico comparativo de bases de datos internacionales sobre el crimen organizado, que su monto anual es de unos 2,85 billones de dólares (www.economywatch.com, 14/6/11). De los cuales: un 46,3 por ciento se higieniza en el sistema bancario de EE.UU. y, mucho menos, en los de Italia (150.000 millones de dólares) y Rusia (147.000 millones), y a más distancia todavía en los de Alemania, Francia, Rumania, Canadá y otros países de Occidente y Asia. Como siempre, la gran potencia del Norte en primer lugar.

Walker sostiene que esto es posible porque los intentos de combatir el lavado de dinero son ineficaces y las penalizaciones legales estadounidenses, muy leves. Cuando se aplican.

Un caso muy notable y muy notorio es el de la financiera Wachovia que, por intermedio de la mexicana Casa de Cambio Puebla, inyectó en el mercado financiero 378.400 millones de dólares sólo en el período 2004/2007 (www.huffingtonpost.com, 14/7/10). ¿El castigo? Una multa de 160 millones de dólares, aunque las autoridades judiciales de EE.UU. calificaron de “operaciones delictivas continuadas” las actividades de Wachovia. A juicio del especialista Daniel Hopsicker, la lenidad de la sanción habla “del trato preferencial acordado a algunos participantes en el comercio internacional de drogas” (www.alternet.org, 12/6/11).

Un estudio del año 2009 de la Oficina de las Naciones Unidas contra la Droga y el Delito (Unodc) reveló que los bancos violan la gran mayoría de las normas establecidas para prevenir el lavado de dinero: “En momentos en que se produce la quiebra de grandes bancos –subraya–, los banqueros parecen creer que el dinero no tiene olor. Los ciudadanos honestos, que se enfrentan con esfuerzo a este tiempo de dificultades económicas, se preguntan por qué no se confiscan las utilidades del delito, que se convierten en propiedades, automóviles, yates y aviones ostentosos” (www.unodc.com, 24/6/09). Y aun en otras cosas, claro.
Una posible respuesta a esa pregunta provino del Dr. Antonio María Costa, entonces subsecretario general de la ONU y director ejecutivo de la Unodc: “Los miles de millones de dólares del dinero de la droga mantuvieron a flote el sistema financiero cuando la crisis global llegó a la cima... eran el único capital de inversión líquido” del que dispusieron ciertos bancos al borde del colapso en el 2008 (www.guardian.co.uk, 13/12/09). Como consecuencia, la mayoría de los beneficios del narcotráfico ingresó al sistema económico mundial.

“Los préstamos interbancarios se financiaron con dinero procedente del narcotráfico y de otras actividades ilegales –agregó–. Hay evidencias de que algunos bancos fueron rescatados de ese modo.” El Dr. Costa contó con información de fuentes fidedignas, investigaciones y datos de varios servicios de inteligencia para asegurar que la posterior y “progresiva liquidez del sistema y el mejoramiento paulatino del valor de las acciones de algunos bancos (se tradujo) en que el problema (del dinero ilegal) se ha convertido en algo mucho menos grave de lo que alguna vez fue”.

Se podría sumar otro elemento a las consideraciones del Dr. Costa: es política oficial de la Casa Blanca no penalizar a los grandes bancos y Obama demostró que más bien hay que premiarlos. El experto Michael Smith lo explica claramente: “Ningún banco de EE.UU. ha sido enjuiciado por violar la ley de secreto bancario o cualquier otra ley federal (en la materia). En cambio, el Departamento de Justicia establece cargos en el marco de acuerdos de procesamiento diferido, por los cuales un banco paga una multa y promete no volver a violar la ley... Los megabancos están protegidos por una variante de la teoría ‘demasiado grande como para caer’. Fallar contra un gran banco podría... causar pánico en los mercados financieros” (www.bloomberg.com, 28/6/10).

Es conocido el involucramiento de la CIA en operaciones de narcotráfico, incluso hoy en Afganistán, convertido en el productor del 90 por ciento del opio que invade el mundo. Corren además rumores de que algunas familias estadounidenses de pro lavarían dinero “negro” en bancos de Wall Street y/o habrían invertido en el tráfico de drogas. Finalmente, Warren Delano, abuelo del ex presidente norteamericano Franklin Delano Roosevelt, acumuló una fortuna con el tráfico ilegal de opio de China. Tradiciones son tradiciones.