quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Eleitor só precisará de um documento para votar

The Path

Por oito votos a dois, os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) aprovaram, nesta quinta-feira (30), a Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) apresentada pelo PT, pedindo que a Suprema Corte negasse a decisão da Justiça Eleitoral de cobrar do eleitor, no dia da votação, a apresentaçãodo título de eleitor e de um documento de identidade com foto.
...
Em seu voto, a ministra-relatora do caso, Ellen Gracie, ponderou que a dupla documentação era “desnecessária”. “Entendo que não é cabível que coloque como impedimento ao voto do eleitor (...) [Assim] a ausência do título de eleitor não impediria o exercício do voto”, detalhou a ministra, que teve apoio dos ministros José Antonio Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto e Marco Aurélio Mello.
...
Os votos contrários à decisão foram do ministro Gilmar Mendes e do presidente do STF, Cezar Peluso. Mendes pediu vista nesta quarta-feira (29), adiando a decisão sobre o tema para hoje.

Leia a íntegra AQUI.

TENTATIVA DE GOLPE MILITAR NO EQUADOR



Claudia Jardim
De Caracas para a BBC Brasil

Centenas de militares e policiais equatorianos tomaram nesta quinta-feira o maior quartel de Quito e o aeroporto internacional da cidade, em protesto contra um decreto aprovado pelo Congresso Nacional.

A medida elimina benefícios sociais e afeta os salários dos policiais, disseram representantes da categoria.

O vice-chanceler do Equador, Kinto Luccas, disse à BBC Brasil que "há risco de golpe de Estado" no país.
"O que estamos vendo é que há setores da oposição que estão insuflando essa situação para levar a um golpe de Estado", afirmou Luccas.                                                                                             

O Aeroporto Internacional da capital equatoriana, o Mariscal Sucre, foi tomado por efetivos da Força Aérea Equatoriana e permanece fechado.

Gás lacrimogêneo

Segundo testemunhas, as forças de segurança usaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes durante os protestos.

O presidente do Equador, Rafael Correa, se dirigiu até o quartel tomado pelos policiais e foi recebido com ofensas e pedras.

“Não daremos um passo atrás, se querem tomar os quartéis, se querem deixar os cidadãos indefesos e se querem trair sua missão de policiais, façam isso", afirmou Correa, diante de centenas de policiais.

“Senhores, se querem matar o presidente, aqui estou, matem-me se quiserem, matem se têm poder, matem se têm coragem, em vez de se esconderem entre a multidão", gritou o presidente, visivelmente irritado com a situação.

Acessos fechados

A imprensa local afirma que os protestos tiveram adesão dos militares e policiais na cidade de Guayaquil (sudoeste do país), reduto da oposição a Rafael Correa. As principais vias de acesso a Quito foram fechadas.

Diante da crise, Correa poderá dissolver o Congresso, nas próximas horas, utilizando um mecanismo legal chamado "morte cruzada" que permite o fechamento do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas para Presidente e para o Parlamento.

O vice-chanceler disse ter alertado os governos da região – em especial Brasil, Venezuela e Argentina – sobre a crise política no país, pedindo ações em defesa da ordem constitucional.

"Não estamos pedindo a defesa do governo e sim da democracia equatoriana", afirmou Luccas.

Essa é a primeira grande crise institucional que Rafael Correa enfrenta desde que assumiu o poder, em 2007, e deu início à chamada "Revolução Cidadã" no país.

Condecorações

Os policiais recebiam condecorações a cada cinco anos, o que significava um aumento salarial, além de bônus anuais. O decreto elimina esses benefícios.

Entretanto, Miguel Carvajal, ministro de Segurança, disse que o decreto não afeta os salários dos policiais, ao explicar que os bônus antes recebidos a cada cinco anos passaram a ser nivelados e incorporados ao pagamento dos oficiais.

A seu ver, a crise está sendo gerada por uma campanha de "desinformação" que busca "utilizar" os policiais para obter fins políticos.

"Isso é uma campanha de desinformação. Há que se perguntar quem são os que têm interesse em desinformar", disse Carvajal. "Policiais, não se deixem manipular", acrescentou.

Após falar com Serra, Mendes para sessão

Gilmar Mendes e José Serra paquerando.

Após receber uma ligação do candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes interrompeu o julgamento de um recurso do PT contra a obrigatoriedade de apresentação dos dois documentos na hora de votar.

Serra pediu que um assessor telefonasse para Mendes pouco antes das 14h, depois de participar de um encontro com representantes de servidores públicos em São Paulo.

A solicitação foi testemunhada pela Folha.

No fim da tarde, Mendes pediu vista (mais prazo para análise), adiando o julgamento. Sete ministros já haviam votado pela exigência de apresentação de apenas um documento com foto, descartando a necessidade do título de eleitor.

A obrigatoriedade da apresentação de dois documentos é apontada por tucanos como um fator a favor de Serra e contra sua adversária, Dilma Rousseff (PT). A petista tem o dobro da intenção de votos de Serra entre os eleitores com menos escolaridade.

A lei foi aprovada com apoio do PT e depois sancionada por Lula, sem vetos.

Ontem, após pedir que o assessor ligasse para o ministro, Serra recebeu um celular das mãos de um ajudante de ordens, que o informou que Mendes estava na linha.

Ao telefone, Serra cumprimentou o interlocutor como "meu presidente". Durante a conversa, caminhou pelo auditório. Após desligar, brincou com os jornalistas: "O que estão xeretando?"

Depois, por meio de suas assessorias, Serra e Mendes negaram a existência da conversa.

Para tucanos, a exigência da apresentação de dois documentos pode aumentar a abstenção nas faixas de menor escolaridade.

Temendo o impacto sobre essa fatia do eleitorado, o PT entrou com a ação pedindo a derrubada da exigência.

O resultado do julgamento já está praticamente definido, mas o seu final depende agora de Mendes.

Se o Supremo não julgar a ação a tempo das eleições, no próximo domingo, continuará valendo a exigência.

À Folha, o ministro disse que pretende apresentar seu voto na sessão de hoje.

Blog do Noblat

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

ELES NÃO QUEREM A PAZ

Ministros pedem demissão de chanceler israelense após discurso na ONU

Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

Ministros do Partido Trabalhista pediram a demissão do ministro das Relações Exteriores e líder do partido de extrema-direita Israel Beitenu, Avigdor Lieberman, depois que ele discursou na ONU expressando posições de seu partido e contradizendo a posição oficial do governo israelense.

O ministro Avishai Braverman acusou Lieberman de "subversão" e pediu ao premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que ele seja imediatamente afastado do cargo de chanceler.

"Seu discurso alucinado foi bem planejado, com o objetivo de acirrar os ânimos e sabotar o processo de paz", afirmou Braverman.

Outro ministro do Partido Trabalhista, Itzhak Hertzog, disse esperar que os avanços do processo de negociação de paz com os palestinos levem a uma "mudança na composição do governo o mais rápido possível", em uma referência à possibilidade de Netanyahu afastar Lieberman e seu partido da coalizão governamental e de colocar, em seu lugar, o partido de centro Kadima, liderado pela ex-chanceler Tzipi Livni.

'Impraticável'

Em seu discurso na Assembleia Geral da ONU, na terça-feira, Lieberman afirmou que um acordo de paz com os palestinos dentro de um ano é "impraticável" e disse que a paz talvez seja possível em "algumas décadas".

Lieberman defendeu a polêmica ideia de transferir cidadãos palestinos israelenses a um futuro Estado palestino em troca de terras que possibilitem a criação deste novo Estado, e que os assentamentos israelenses nos territórios ocupados sejam anexados a Israel.

As posições de Lieberman contradizem a posição oficial do primeiro-ministro Netanyahu, que afirma querer alcançar um acordo de paz com os palestinos, baseado na solução de dois Estados, dentro de um ano.

A exclusão dos povoados árabes de Israel e a inclusão dos assentamentos é uma proposta do partido de Lieberman, Israel Beitenu, e não do governo israelense.

O chanceler israelense se encontra em uma posição delicada desde que assumiu o cargo.

Ele próprio anunciou que não vai participar das negociações de paz, pois mora em um assentamento e sua participação poderia incorrer em uma "contradição de interesses".

Lieberman mora no assentamento de Nokdim, a sudeste da cidade palestina de Belém, na Cisjordânia.

Analistas

Analistas locais também pediram a demissão do chanceler.

Alon Liel, ex-diretor geral do ministério das Relações Exteriores, disse ao site de noticias Ynet que ficou "boquiaberto" quando ouviu o discurso do chanceler na ONU.

"Ele (Lieberman) ainda não percebeu que existe uma diferença entre ser líder do partido Israel Beitenu e ser chanceler", disse Liel. "Depois de um discurso como esse, Lieberman tem que sair."

"Como ex-diretor do Ministério, posso afirmar que este é o pior momento da diplomacia israelense, sendo conduzida por um homem que cospe, em público, na cara do primeiro-ministro de Israel."

A analista política do canal estatal da TV israelense, Ayala Hasson, disse que o discurso de Lieberman faz parte de sua campanha, para se colocar como o "verdadeiro líder da direita em Israel".

O primeiro-ministro Netanyahu declarou que o discurso de Lieberman na Assembleia Geral da ONU "não foi coordenado com seu gabinete".

EXEMPLO QUE VEM DA ARGENTINA


La Coalición por una Radiodifusión Democrática se concentró frente al Palacio de Tribunales, acompañada por organismos de derechos humanos, dirigentes políticos y sociales, para reclamar que la Corte no frene la aplicación de la nueva norma

Por Julián Bruschtein, para Página/12

Una multitud se concentró ayer frente a la sede de la Corte Suprema de Justicia para reclamar “la plena vigencia de la Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual”. “Tenemos que hablarle a los señores de la Justicia, que no están en otro planeta, que son parte de este pueblo, y no se debe tardar en resolver problemas”, dijo la presidenta de Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto. Sindicatos, organizaciones sociales, partidos políticos y agrupaciones de todo tipo se encolumnaron detrás de la convocatoria realizada por la Coalición para una Radiodifusión Democrática para reclamar al máximo tribunal que aplique el artículo 161 que emplaza a los multimedios a un año para desinvertir y adecuarse a la nueva norma y sobre el que pesa un recurso de amparo presentado por el Grupo Clarín. Puertas adentro del Palacio, los supremos deslizaron que ellos no son “ni oficialistas ni opositores” y que las marchas “tienen influencia cero” en sus decisiones.

Frente a las miles de personas que colmaron la Plaza Lavalle para reclamar ante la Corte la vigencia completa de la ley de medios, la presidenta de las Abuelas advirtió también que si los jueces “tuvieran conciencia la ley ya estaría plenamente en vigencia” y puso el ejemplo de ellas mismas cuando señaló que “hace 25 años que los distintos gobiernos constitucionales nos garantizan el nunca más”, pero sentenció que “la justicia tardía no es justicia”. “Que actúen, que se apuren a poner en órbita leyes como ésta que sirven para poder informar y no desinformar”, insistió Carlotto.

“Se debe acabar con la impunidad de los poderosos en este país. Se debe acabar con los grupos económicos concentrados que mediante trampas y argumentaciones leguleyas quieren violar la ley”, aseguró en el acto el presidente del Foro Argentino de Radios Comunitarias e integrante de la Coalición Néstor Busso. Busso fue el portavoz del agrupamiento que pugna desde hace años para “cambiar la matriz de la comunicación en el país” apuntando fundamentalmente a la ley de radiodifusión que se había dictado durante la dictadura y que perdió validez a principios de este mes cuando la ley de medios comenzó a regir. Desde el 2004 la Coalición había confeccionado un listado de 21 puntos básicos por el derecho a la comunicación que fueron la base de los foros que se realizaron en todo el país como parte del proceso de elaboración de la ley, que finalmente fue sancionada en octubre del año pasado por el Congreso.

“Los monopolios insisten en decirle no a un nuevo modelo cultural más inclusivo”, señaló a Página/12 el presidente del Sistema de Medios Públicos, Tristán Bauer, que remarcó además “el proceso continental que se está viviendo y es imparable: en Brasil, Ecuador, Venezuela existe un proceso parecido y el debate sobre los medios forma parte de la construcción cotidiana”.

En la antesala del escenario, en la parte de atrás, se montaron carpas en las que funcionó la radio que Farco montó para transmitir en directo el acto. Allí el titular de la Autoridad Federal del Servicio de Comunicación Audiovisual, Gabriel Mariotto, dijo a la prensa que “no se puede vivir en el pleno ejercicio de la libertad de expresión porque hay poderes establecidos en el país, grupos concentrados y monopólicos que encuentran en la justicia resortes de una industria de medidas cautelares que impiden la aplicación. Lo que tiene el pueblo como única herramienta es salir a expresar que la ley tiene que ser igual para todos”, sostuvo.

Uno de los primeros en tomar la palabra fue el secretario general de la UEJN, Julio Piumato. El sindicalista aseguró que “si se democratizan los medios, se acaba la impunidad, vamos a saber quién es quién” y acusó a la Justicia de “ser un poder dependiente de los poderes económicos que manejan los medios y que armaron los brazos genocidas de la dictadura”. El dirigente gremial denunció que “el fallo (del amparo) ni siquiera lo redactaron los jueces que los firmaron” y agregó que el Poder Judicial “nuevamente aparece funcional a estos poderes económicos, frenando una ley que significa más derechos para los argentinos”.

El discurso final lo dio la presidenta de la Asociación Madres de Plaza de Mayo, Hebe de Bonafini. La histórica dirigente de las Madres dijo que “a los turros de la Suprema Corte queremos decirles: alguna vez piensen en el pueblo que está en la calle” y les pidió a los manifestantes que “no dejemos la calle porque la calle es nuestra. Hagamos una marcha por mes y arranquémosle a la Corte la ley” y acusó también a los magistrados de recibir “sobres con plata”. Al finalizar Teresa Parodi entonó el Himno Nacional junto a los manifestantes.

El reclamo por la aplicación plena de la ley también se hizo escuchar en distintos lugares del país. En Córdoba agrupaciones políticas y sociales se concentraron en la Plaza Independencia para que la ley “sea efectivamente aplicada y cumplida por todos sin excepción”. También hubo una movilización en Rosario, donde diversas organizaciones marcharon hasta la Plaza Montenegro en respaldo del reclamo que se realizó en la capital.

Saudosa Senzala


O Brasil mudou muito nesses últimos anos, e nem todos prestamos atenção ou nos demos conta, para bem ou para mal não somos os mesmos. Especialmente as classes C e D são as novas protagonistas num país que não estava acostumado com isso, agora elas compram, estão mais visíveis. Pequenos detalhes, como ter um telefone que era caro e difícil, hoje é barato e banal, estão acessíveis a geladeira nova, a TV maior, o trânsito está entupido por novos carros. Prestações e carnês enchem as lojas e esvaziam as prateleiras.

Entre os irritados com a conjuntura atual, encontram-se alguns economistas que, em seus termos misteriosos, fazem previsões de que pagaremos caro pelos dias de fartura. Sei lá, sou ignorante de suas sabedorias. Mas há outro tipo de gente incomodada com a situação atual, e esses, sim, me exasperam: são os viúvos do sistema de castas, que tinham um sem-número de pobres à mercê de suas roupas velhas, pequenas esmolas e favores de senhor da casa-grande. Essa senzala invisível está sendo erradicada do coração dos mais humildes, mas sobrevive na memória recente dos mais abastados e não é fácil abrir mão dela.

A diferença social fazia de qualquer remediado de classe média um senhor feudal, sua vida era mais admirável, seus bens mais reluzentes, seus filhos mais promissores. Hoje, o filho de uma empregada doméstica pode disputar vaga na universidade federal com o da patroa que estudou em escolas caras, graças ao sistema de cotas, o que enche esta última de indignação, e ambas podem ter o mesmo modelo de celular. Mesmo entre os intelectuais, uma miséria digna e consciente lhes parece mais atraente do que essas novas hordas de entusiastas consumidores, de quem lamentam a banalidade de horizontes.

Um ser humano se torna o que é porque outro lhe faz espelho, contraponto. A miséria de uns auxilia a que a imagem de outros pareça mais faustosa, são papéis que se complementam. Melhores índices de qualidade de vida em um país, portanto, não têm motivo para agradar a todos, mesmo que seja por motivos inconfessáveis, inconscientes. Estamos muito longe da igualdade social com que sempre sonhei, mas esse novo quadro, aliado ao fato de que os candidatos mais importantes neste pleito são oriundos das fileiras da luta contra a ditadura, me deixa de bom humor. Gosto de ver a política viva, embora ela costume aparecer apenas trajada de escândalos, prefiro-a paramentada de promessas. Além disso, nunca esqueço que as eleições diretas foram uma árdua conquista, por isso, elas ainda me produzem certa emoção, simplesmente por existirem

Artigo de Diana Corso, psicanalista. Publicado no jornal Zero Hora

Via Diário Gauche.

Padre é preso em Santa Rosa


O padre Avelino Backes, 71 anos, foi preso ontem em Santa Rosa, no Noroeste do Estado, por crime contra a dignidade sexual. A ordem de prisão foi expedida pelo juiz Giuseppe Battistoni Bellani, da 2 Vara Criminal da Comarca de Capinzal, em Santa Catarina. O mandado foi encaminhado pela Polícia Civil de Capinzal para a Polícia de Santo Cristo, município gaúcho vizinho de Santa Rosa. O padre é natural desse município.
...
Backes foi acusado de abusar de meninas de 9 e 10 anos nas paróquias de Piratuba e Ipira, na região de Capinzal, em Santa Catarina, no final dos anos 1990. Em 2008, foi condenado a sete anos de prisão, inicialmente em regime fechado. O delegado Camilo Pereira Cardoso, da Delegacia de Polícia Civil de Santo Cristo, diz que, ao ser encaminhado ao presídio de Santa Rosa, o padre estará à disposição do Poder Judiciário, mas ainda não sabe se será transferido para Capinzal.

Correio do Povo

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A confissão da mídia


Juremir Machado da Silva, para Correio do Povo

Até os hidrantes da avenida Paulista sabem que a imprensa de São Paulo está em campanha contra Dilma Rousseff e em favor de José Serra. A revista Veja e os jornais O Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo têm sido cabos eleitorais tão despudorados quanto o presidente da República na defesa da sua pupila Dilma. É pontapé nos países baixos contra soco no fígado. Até agora, contudo, a grande imprensa tentava fingir imparcialidade e vociferava contra as afirmações de Luiz Inácio de que haveria favorecimento aos seus opositores. Finalmente o velho e conservador "Estadão" resolveu abrir o jogo. Em editorial, proclamou seu apoio a José Serra. Os hidrantes da luxuosa Paulista sorriram. A necessidade, volta e meia, faz a "virtude". Mas é apenas mais um gesto desesperado para tentar uma virada improvável. É só. Yes.

O texto da adesão oficial é um primor de maniqueísmo, com algumas mentiras deslavadas e o tom de falsa sensatez que caracteriza o discurso extremista da direita: "Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Estado apoia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pelos méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele pode representar para a recondução do país ao desenvolvimento econômico e social pautado por valores éticos. O apoio deve-se também à convicção de que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um grande mal para o país".

Qual o mal que Serra poderá evitar? Qual o mal que Dilma poderá causar? O de permitir que o Brasil continue crescendo economicamente e salvando-se das crises internacionais como aconteceu durante o governo de Luiz Inácio? Se não fosse maniqueísta, o "Estadão" poderia ter dito que Serra faria mais bem ao Brasil. É uma sutileza, claro. Mas o jornal preferiu sugerir que Dilma representa o mal, um grande mal para o país. Certamente o mal de continuar incorporando jovens carentes ao mundo universitário, tirando milhões de pessoas da condição de miséria absoluta, conservando programas sociais existentes em qualquer país civilizado como França, Alemanha e Inglaterra, sem contar os países escandinavos, pois aí já seria apelação e complexidade demasiada para a mentalidade tacanha e linear dos redatores do "Estadão".

No passado, para evitar o "mal", o "Estadão", abriu voto para Collor, Veja e Folha de S. Paulo precisam seguir o mesmo caminho e confessar a preferência por Serra. Só há um pequeno problema: o que o "Estadão" considera um mal para o Brasil, a continuidade do atual governo, 80% da população acha um bem. É isso que dói no lombo da mídia tucana. Resta para essa gente uma pretensa explicação sofisticada: a ignorância da plebe supostamente comprada pelo Bolsa-Família. José Serra, o cavaleiro do bem, promete, se eleito, possibilidade tão grande quanto a do Barueri ser campeão brasileiro neste ano, ampliar o Bolsa-Família. Quer tomar para si a "máquina de comprar votos"? Sem dúvida, o Brasil pode muito mais. Pode viver sem serrar a opinião pública.

Juremir Machado da Silva | juremir@correiodopovo.com.br

MISTER PINK

Israel impede entrada ao país de vencedora do Prêmio Nobel da Paz


Jerusalém, 28 set (EFE).- Israel impediu hoje a entrada ao país da norte-irlandesa Mairead Maguire, Prêmio Nobel da Paz de 1976, que chegou a Tel Aviv para liderar uma delegação de mulheres ativistas.

"Maguire foi detida no aeroporto Ben Gurion e teve negada a entrada em Israel", informou em comunicado seu representante legal, a ONG israelense Adalah.

Uma porta-voz da entidade que organizava a visita assinalou à Agência Efe que Maguire "vai apelar contra sua expulsão ao Supremo Tribunal israelense. Por isso, é provável que permaneça detida no aeroporto" até que se resolva o procedimento.

A ativista, que em 1976 recebeu o destacado prêmio por seus esforços para acabar com a violência na Irlanda do Norte, tinha previsto liderar uma iniciativa pacifista junto à americana Jody Williams, também Prêmio Nobel da Paz (1997), que viaja hoje a Israel.

Ambas são fundadoras da Iniciativa Nobel de Mulheres. Elas presidiriam uma delegação que visitaria até o dia 5 de outubro várias cidades de Israel e da Cisjordânia para se encontrar com mulheres que promovem a paz na região.

Maguire foi uma das integrantes da frota que levava ajuda humanitária à Faixa de Gaza, quando foi abordada em 31 de maio pelo Exército israelense, que no ataque matou nove ativistas turcos.

Via Deutsche Welle

Israel apreende iate de ativistas judeus que tentava ir à Gaza

JERUSALÉM, 28 de setembro (Reuters) - A Marinha israelense abordou nesta terça-feira um iate no mar Mediterrâneo para impedir que um pequeno grupo de ativistas judeus chegasse à Faixa de Gaza para protestar contra o bloqueio de Israel ao enclave palestino.


Um comunicado militar informou que a embarcação Irene, de bandeira britânica, foi apreendida sem incidentes perto do litoral de Gaza, dentro da área de 20 milhas náuticas que Israel define como águas territoriais de Gaza. O iate foi levado para o porto israelense de Ashdod.

O grupo de nove ativistas -- de Israel, Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos -- tinha partido de Chipre no domingo com o objetivo de desafiar o bloqueio de Israel contra Gaza e mostrar o sofrimento dos palestinos que vivem no território.

Israel considerou a ação como provocativa.

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (IDF na sigla em inglês), Avi Benayahu, deplorou o fato das "forças navais e tropas tem de ser desviadas de sua principal missão" para "uma tarefa surreal" de interceptar um navio com ativistas.

"A intenção dele foi inteiramente de chamar atenção da mídia. Esta questão é especialmente lamentável já que estamos falando de um grupo de judeus e de cidadãos israelenses e mesmo de alguém que usou um uniforme de oficial da IDF", disse o porta-voz.

Ele aparentemente se referiu ao ativista Yonatan Shapira, um ex-piloto da IDF e agora membro do grupo Combatants of Peace.

A política de Israel para Gaza foi alvo de duras críticas em maio, depois que forças israelenses mataram nove ativistas turcos que estavam num navio, parte de uma frota de seis embarcações que tentavam chegar ao território palestino.

Israel ameaça parar barco de grupo judeu a caminho de Gaza


Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

As autoridades israelenses declararam que não vão permitir a entrada em Gaza do barco Irene, tripulado pelo grupo Judeus por Justiça para os Palestinos, que quer protestar contra o bloqueio à população palestina.

O barco Irene, que zarpou de Chipre no domingo, deverá chegar nesta terça-feira às águas territoriais da Faixa de Gaza, porém as autoridades israelenses já afirmaram que não permitirão a aproximação da embarcação.

Os dez passageiros e tripulantes do barco são judeus, cinco deles de cidadania israelense e outros cinco cidadãos europeus e americanos.

Segundo os passageiros, um dos objetivos da ação é demonstrar que "não são todos os judeus do mundo que apoiam a política do governo de Israel em relação aos palestinos".

'Força'

O porta-voz do ministério das Relações Exteriores de Israel, Igal Palmor, declarou que as autoridades do país estão tentando entrar em contato com os tripulantes do barco e que "se disserem que estão a caminho de Gaza e querem romper o bloqueio, serão presos e levados para o porto de Ashdod".

De acordo com Richard Cooper, cidadão britânico que está a bordo do barco, a ação do grupo é uma "ação simbólica e não violenta, de protesto e solidariedade".

A embarcação, que navega com bandeira britânica, leva uma carga de próteses ortopédicas, redes de pesca, instrumentos musicais e brinquedos para a população de Gaza.

Segundo o site de noticias do jornal Maariv, militares israelenses afirmaram que, "se for necessário, as autoridades israelenses usarão de força" para interceptar o Irene.

De acordo com o site, os militares afirmaram que devido ao pequeno porte da embarcação e ao baixo número de tripulantes, "o barco não pode estar levando uma grande quantidade de equipamento", e concluíram que "não se trata" de ajuda humanitária, mas sim de uma "provocação".

Um dos viajantes do barco é o sobrevivente do Holocausto Reuven Moskovitz.

"Como sobrevivente do Holocausto, o protesto contra a opressão em Gaza é uma missão sagrada para mim", declarou Moskovitz, de 82 anos.

Outro viajante é Rami Elhanan, cidadão israelense que perdeu sua filha, Smadar, em um atentado suicida cometido pelo Hamas, em 1997 em Jerusalém.

"Queremos protestar contra o bloqueio desumano a 1,5 milhão de pessoas na Faixa de Gaza", disse Elhanan.
O barco Irene surpreendeu as autoridades israelenses, que, de acordo com a imprensa local, não estavam cientes dos planos do grupo.

De acordo com o governo israelense, o objetivo do bloqueio à Faixa de Gaza é impedir a entrada de armas que poderiam ser usadas pelo Hamas, que controla a região, para atacar Israel.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Japonês cria toque de celular que aumenta seios

Toque simula som de choro de bebês e estimula a produção de leite

por Redação Made in Japan

O cientista japonês Hideto Tomabechi afirma ter inventado um toque de celular que faz aumentar os seios. A combinação de sons imita o choro de bebês, fazendo com que o cérebro da mulher acione a produção de leite nas glândulas mamárias.
 

Segundo Tomabechi, o toque é como uma “lavagem cerebral positiva”. Em sua demonstração, os seios de uma voluntária aumentaram 2,5 cm ao ouvir o toque 20 vezes em dois dias.

O cientista tem uma série de pesquisas relativas a inteligência artificial e ondas sonoras. Ele foi um dos responsáveis por tratar membros da seita que atacou o metrô de Tóquio com gás sarin.

O cientista desenvolveu toques de celular para outras finalidades: melhorar a memória, parar de fumar e ser mais atrativo para o sexo oposto.

Nota do Blog: O campeão de Sumo, Sr. Yamamotoyama (foto acima), não necessitaria utilizar esse recurso.

ENQUANTO ISSO NA IGREJA CATÓLICA...



Página/12

domingo, 26 de setembro de 2010

Barco com grupo judeu tentará entregar ajuda em Gaza


Guila Flint
De Tel Aviv para a BBC Brasil

O barco Irene, uma iniciativa organizada pelo grupo Judeus por Justiça para os Palestinos, zarpou neste domingo do Chipre e leva ajuda humanitária para a população de Faixa de Gaza.

De acordo com os dez viajantes do Irene, todos eles judeus de diversas cidadanias, inclusive israelenses, o objetivo é romper o bloqueio imposto por Israel a 1,5 milhão de palestinos residentes na Faixa de Gaza e protestar contra a ocupação israelense nos territórios palestinos.

Entre os viajantes está o sobrevivente do Holocausto Reuven Moskovitz, de 82 anos.
"Como sobrevivente do Holocausto, o protesto contra a opressão na Faixa de Gaza é sagrado para mim", disse Moskovitz ao site de notícias israelense Ynet. "Na minha idade é bom passar por uma experiência positiva como esta, ao lado de outros humanistas."

O ex-piloto da Força Aérea israelense, Yonatan Shapira, que também está no barco, afirmou que o grupo não tem intenções de se confrontar fisicamente com as tropas israelenses, caso decidam interceptar o barco.
"Mas também não pretendemos ajudá-los a levar o barco para o porto de Ashdod", acrescentou o ex-piloto, se referindo ao porto, no sul de Israel, para o qual a Marinha israelense deverá levar a embarcação, se for interceptada.

Brinquedos e redes

O grupo leva próteses ortopédicas, brinquedos, instrumentos musicais e redes de pesca para a população palestina e calcula que deverá chegar ao porto de Gaza dentro de dois dias.
O israelense Rami Elhanan disse à rádio estatal de Israel que decidiu participar do protesto para "chamar a atenção do mundo para o bloqueio desumano que Israel impõe a mais de um milhão de pessoas".
Elhanan perdeu sua filha, Smadar, em um atentado suicida cometido pelo grupo Hamas, em 1997 em Jerusalém.
Desde então ele tornou-se membro do Grupo das Famílias Enlutadas, formado por famílias israelenses e palestinas que atuam juntas pela paz entre os dois povos.

O cidadão britânico de origem judaica Richard Cooper, que também está a bordo do Irene, disse ao site de notícias Walla que "não são todos os judeus do mundo que apoiam a política do governo de Israel".

De acordo com o Walla, o Exército e a Marinha de Israel estão acompanhando o barco e afirmaram que "estão prontos para qualquer desdobramento".

Bandeira britânica

O barco Irene navega com bandeira britânica e, entre seus tripulantes e viajantes, estão judeus dos Estados Unidos, Grã Bretanha, Alemanha e Israel.

De acordo com a imprensa local, o Irene surpreendeu as autoridades israelenses, que não estavam cientes dos planos do grupo.

A iniciativa do grupo Judeus por Justiça para os Palestinos ocorre quatro meses depois que militares israelenses interceptaram a frota de navios turcos que tentava levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza no último dia 31 de maio, matando nove ativistas e gerando protestos da comunidade internacional.

Segundo um relatório do Conselho de Direitos Humanos da ONU, divulgado na semana passada, naquele incidente os militares israelenses demonstraram um "nível inaceitável de brutalidade".

De acordo com porta-vozes israelenses o objetivo do bloqueio à Faixa de Gaza é impedir a entrada de armas que poderiam ser utilizadas pelo grupo Hamas, que controla a região, para atacar Israel.

REPÓRTER CHAPADO

sábado, 25 de setembro de 2010

PARA OS APRECIADORES


Em condições normais, se você clicar na imagem ela fica legível.
Se não conseguir ler, vá dormir.
Após, tente novamente.

JOGANDO A TOALHA

"Eu sugiro que nós já sabemos quem vai ganhar as eleições", escreve o repórter do jornal Financial Times,
"'Sim', admite FHC - Dilma Rousseff, a candidata do Partido Trabalhista de Lula."

Óia AQUI.

Swastika Eyes

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Maior capitalização da história faz Europa voltar olhos para Petrobras

TERRORISMO DE ESTADO: ADIVINHA DE ONDE VEIO...

 

Supervírus de computador ataca infraestrutura iraniana

Jonathan Fildes
Repórter de tecnologia da BBC News

Um tipo de vírus de computador, dos mais sofisticados já detectados, pode ter como alvo infraestrutura iraniana de "alto valor", segundo especialistas ouvidos pela BBC.
A complexidade do malware Stuxnet, programa que permite o acesso remoto ao computador infectado, sugere que ele deve ter sido criado por algum governo nacional, de acordo com alguns analistas.
Acredita-se que o vírus seja o primeiro especialmente criado para atacar infraestruturas reais, como usinas hidroelétricas e fábricas.
Um pesquisa da Symantec, empresa americana de segurança informática, sugere que quase 60% de todas as infecções mundiais ocorrem no Irã.
"O fato de que vemos mais infecções no Irã do que em qualquer outro lugar do mundo nos faz pensar que o país era alvo", diz Liam O'Murchu, da Symantec.
O Stuxnet foi detectado por uma empresa de segurança de Belarus em junho, embora esteja circulando desde 2009 e vem sendo intensivamente estudado desde então.

Máquinas

O Stuxnet, ao contrário da maioria de viroses, não está conectado com a internet. Ele infecta máquinas Windows por meio de portas USB e pen drives usados para transportar arquivos.
Uma vez que infecta uma máquina da intranet, a rede interna, da empresa, o vírus busca uma configuração específica de um software para controle industrial feito pela Siemens.
O Stuxnet passa então a dar à máquina novas instruções "desligando motores, mexendo no monitoramento de temperaturas, desligando refrigeradores, por exemplo", diz O'Murchu.
"Nunca vimos este tipo de ataque antes", diz ele.
Se não encontra a configuração específica, o vírus permanece inofensivo.

‘Nação-Estado’

O Stuxnet impressiona pela complexidade do código usado e por usar muitas técnicas diferentes.
"Ele apresenta muitas tecnologias que não conhecemos", disse O'Murchu, que cita as formas de se manter escondido em pen drives e os métodos de infecção.
"É um projeto enorme, muito bem planejado e financiado", diz ele.
Sua análise é similar a de outros especialistas.
"Com as provas que temos, é evidente e provável que o Stuxnet seja uma arma de sabotagem direcionada, que contou com informações de membros da indústria", disse o especialista em Tecnologia da Informação industrial Ralph Langner em artigo publicado na internet.
"Não se trata de um hacker trabalhando no porão da casa dos pais. Ele tem uma quantidade incrível de códigos apenas para infectar outras máquinas", diz ele.
"Para mim, os recursos necessários para realizar um ataque destes apontam para um governo", diz ele.

Usina nuclear

Langner sugeriu que o Stuxnet pode ter atacado a usina nuclear de Bushehr.
O especialista afirma que uma foto supostamente tirada na usina sugere que esta usa sistemas da Siemens, embora "não configurados ou licenciados corretamente".
Outros especialistas especularam que o vírus pode estar atacando a usina de enriquecimento de urânio de Natanz. Mas O'Murchu e outros dizem que não há evidências de quais seriam os alvos específicos.
Um porta-voz da Siemens disse que empresa não comentaria "especulações sobre o alvo do vírus", afirmando que a usina iraniana foi construída por uma empresa russa, sem qualquer envolvimento de sua companhia.
"A Siemens deixou o país há quase 30 anos", disse ele.
O'Murchu apresentará um estudo sobre o vírus em uma conferência em Vancouver, Canadá, em 29 de setembro.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

'9 ou 10 famílias dominam toda a comunicaçao no Brasil'

Em entrevista exclusiva ao portal Terra, o Presidente Lula declarou ao Diretor de Conteúdo, Antonio Prada, e aos jornalistas Bob Fernandes e Gilberto Nascimento, que "9 ou 10 famílias dominam toda a comunicaçao" no Brasil.

Na entrevista, indo ao ar em 3 etapas hoje, o Presidente aborda vários temas, entre eles a necessidade da discussao de um novo marco regulatório nas Telecomunicaçoes.

Julio Hungria, para Blue Bus

O Tea Party e o cha cha cha


Lucas Mendes
De Nova York para a BBC Brasil

O Tea Party não é um partido nem uma festa nem um clube de chá. Parece um movimento em plena fervura, mas tem folhas podres. Christine O'Donnel, candidata azarão apoiada pelo Tea Party à senadora em Delaware, tem um currículo de desfalques e calotes, grau zero na chaleira política, um passado ridículo de bruxaria na universidade. Uma de suas campanhas foi contra a masturbação. É uma das peças decisivas no plano de retomada do Senado pelos republicanos.

Outros candidatos com folhas podres e zero em experiência são Sharon Angle, ao Senado de Nevada, que promete acabar com a Previdência Social, o plano de saúde Obamacare e a assistência médica para os velhos.

Carl Paladino, candidato a governador de Nova York, até agora era mais famoso pela conexões suspeitas e pelos e-mails pornográficos e racistas. Jim Miller, candidato a senador pelo Alasca, acusa o governo federal de gastos extras, mas escondia que recebia subsídios para suas fazendas. Nenhum deles ocupou cargo político e este é o maior dos encantos deles. Anti-Washington, são politicamente "puros".

Alguns destes revolucionários do Tea Party, como Christine O'Donnel, foram eleitos em primárias que tiveram menos do que 10% de participação dos eleitores - 3 % no caso de O'Donnel.

Ganharam com o endosso da rainha não coroada do Tea Party - o movimento não tem lideres formais -, Sarah Palin, que foi deputada e prefeita, mas renunciou antes de terminar o mandato de governadora do Alasca. Sarah é um fenômeno do culto da celebridade, genial na autopromoção.

Vamos mudar de chaleira. O rei do chá é um homem que nunca foi político, mas foi pioneiro da autopromoção, do culto da celebridade e revolucionou o consumo de massa na Inglaterra com suas folhas frescas de chá.

Thomas Lipton, descendente de imigrantes irlandeses, saiu da Escócia e da escola aos 17 anos e chegou em Nova York sem ter onde cair morto. Fazia qualquer tipo de trabalho até conseguir um emprego fixo num grande mercado de secos e molhados, o A.T. Stewart, em Manhattan. Os pais em Glasgow tinham um mercadinho sujo e escuro numa favela que Friedrich Engels chamou de "pior vizinhança industrial do mundo".

Thomas Lipton, depois de 4 anos em Nova York, voltou para Glasgow com três lições básicas para ensinar aos pais e ao país: publicidade, apresentação dos produtos e muita luz. Num país que escurece às 3 da tarde no inverno, o novo mercadinho podia ser visto de longe graças ao gás de Lipton. Com estantes sempre abastecidas e impecáveis, em pouco tempo ele tinha uma pequena rede de mercados.

Naquela época, os ingleses já consumiam 140 litros de chá por ano, mas a qualidade não era confiável. Muitos comerciantes misturavam folhas usadas no café da manhã com folhas frescas. A importação era controlada por um monopólio, Mincing Lane.

Thomas Lipton entrou no páreo e seus mercados ofereciam um pacote bem embalado, sempre fresco, pela metade do preço. estruiu a concorrência e em menos de duas décadas, conta o biografo Michael D'Antonio, tinha 300 super mercados na Grã-Bretanha.

Tornou-se um dos maiores anunciantes nos jornais e, na fase pré-rádio, inventava truques: uma fileira de homens gordos carregavam cartazes com o slogan "vim do Lipton". Do outro lado da rua, uma fileira de homens magros carregavam cartazes "vou para Lipton". Naquela época, gordura era sinal de prosperidade.

À publicidade, acrescentou a autopromoção. Lipton foi um do pioneiro no uso do esporte para promover seus produtos. O grande evento esportivo da época era a corrida de iatismo America's Cup. Disputou cinco e perdeu todas.

Já bilionário, adorável, Thomas investiu sua energia em se tornar uma celebridade. Era vaidoso e egocêntrico, mas com seu bigodão, sua simpatia, gravata borboleta, chapéu de capitão de iate, era atração em Londres e Nova York. Circulava com mulheres lindas, tinha acesso ao palácio. Era amigo do rei.

Nos últimos trinta anos, as folhas de Lipton começaram a apodrecer. As mulheres eram apenas um disfarce. Era gay enrustidíssimo como convinha na época. No iatismo, só o chapéu era verdadeiro. A cadeia Lipton se envolveu em escândalos e corrupção, perdeu dinheiro e Thomas Lipton, folha podre, foi jogado no lixo pela própria empresa.

A Unilever comprou a divisão de chá, que está próspera como nunca .

Qual a conexão com o Tea Party de Sarah Palin? A genialidade dela, como Lipton, é a autopromoção e a ótima embalagem, mas, como os candidatos do Tea Party, pode ser folha podre no partido republicano.

Graças ao Tea Party, o partido democrata, hoje ameaçado pela fervura dos radicais conservadores, talvez comemore com um cha-cha-cha as eleições de novembro.

ONU: Israel mostrou violência inacreditável em ataque


Os comandos israelenses que atacaram em 31 de maio a flotilha de ajuda humanitária à Faixa de Gaza mostraram uma "violência inacreditável" no ataque, violando as leis internacionais e humanitárias, de acordo com a investigação do Conselho de Diretos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

O documento foi divulgado ontem, 22 de setembro de 2010. "A conduta dos militares israelenses e de outras pessoas com os passageiros da flotilha não só foi desproporcional à ocasião, mas demonstrou níveis de violência totalmente desnecessários e inacreditáveis", segundo o relatório.

As informações são da Dow Jones.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

SALMÃO TRANSGÊNICO

WWF:

La Vanguardia

Consumer Union considera que los ciudadanos tienen derecho a saber si el producto que consumen es transgénico

Washington. (Efe).- Las audiencias para decidir si se aprueba para el consumo el salmón modificado genéticamente se cerraron hoy con la petición de grupos de defensa de los consumidores de que se le aplique un etiquetado especial, en caso de que se convierta en el primer producto animal transgénico comercializado en EE.UU.

La Administración de Alimentos y Medicamentos de Estados Unidos (FDA, por sus siglas en inglés), escuchó los argumentos de partidarios y detractores del salmón transgénico en la última audiencia sobre el asunto, en el que la agencia gubernamental aún no se ha pronunciado. El lunes, un comité sanitario certificó la seguridad del salmón con organismos genéticamente modificados (OGM), que crece el doble de rápido que el pescado convencional, pero la FDA consideró que es necesario someter el producto a más exámenes antes de aprobarlo para el consumo.

De acuerdo con las directrices federales, el salmón no se etiquetará como "genéticamente modificado" si la FDA decide que está compuesto del mismo material que el pescado del que procede, una distinción que obviaría los transgénicos.

Michael Hansen, científico de la organización Consumers Union, defendió en la audiencia la idea de que la ingeniería genética sí marca una diferencia entre los dos tipos de salmón, y subrayó que los consumidores "tienen el derecho de saber" si el pescado que van a comprar es transgénico. Además, añadió, la etiqueta es necesaria para "identificar la causa si alguna vez se produce un problema".

Por su parte, la empresa de Massachusetts que creó el producto, Aquabounty, argumentó hoy que el salmón con OGM tiene el mismo sabor, olor y textura que el pescado convencional. En un informe preliminar divulgado antes de la audiencia, la FDA se mostró de acuerdo con Aquabounty, al señalar que no existen diferencias biológicas relevantes y que todo apunta a que el salmón no causará daños.

Una decisión que tardará meses

Sin embargo, la agencia podría tardar aún meses en decidir si comercializa o etiqueta el producto, después de que la audiencia del lunes concluyera sin determinar su viabilidad para el mercado. El comité especial que aconsejó a la FDA en esa audiencia respaldó la seguridad para el consumo del salmón, pero también planteó preguntas que retrasarán el proceso, como la de si el pescado seguirá siendo positivo para la salud dentro de muchos años. A los científicos también les preocupó que algunas de las muestras enviadas para analizar eran "muy pequeñas", y señalaron que no había datos suficientes para asegurarse de que no causará alergias a algunos consumidores, como afirman quienes se oponen a su comercialización.

El salmón genéticamente modificado alcanza el tamaño adulto entre los 16 y los 18 meses, frente a los 30 meses de los salmones que se crían en el Atlántico, gracias a un gen importado de una especie de salmón del Pacífico que estimula una hormona de crecimiento. Si se aprueba próximamente, Aquabounty cree que el producto podría estar en los supermercados dentro de dos años.

COMENTÁRIO DO BLOG: Por aqui não temos a mínima noção se o que consumimos é transgênico ou não. Não ficaria surpreso se esse salmão transgênico tenha sido desenvolvido e/ou testado na América Latina.

Para los pobres, mercado

Deviantart:

Por Atilio A. Boron*, para Página/12

Son muchas las pruebas que, en la actualidad, demuestran la inviabilidad del capitalismo como modo de organización de la vida económica. Uno de sus máximos apologistas, el economista austríaco-americano Joseph Schumpeter, gustaba argumentar que lo que lo caracterizaba era un continuo proceso de “destrucción creadora”: viejas formas de producción o de organización de la vida económica eran reemplazadas por otras en un proceso virtuoso y de ininterrumpido ascenso hacia niveles crecientes de prosperidad y bienestar. Sin embargo, las duras réplicas de la historia demuestran que se ha producido un desequilibrio cada vez más acentuado en la ecuación schumpeteriana, a resultas del cual los aspectos destructivos tienden a prevalecer, cada vez con más fuerza, sobre los creativos: destrucción cada vez más acelerada del medio ambiente y del tejido social; del Estado y las instituciones democráticas y, también, de los productos de la actividad económica mediante guerras, la obsolescencia planificada de casi todas las mercancías y el desperdicio sistemático de los recursos productivos.

Una nueva prueba de esta inviabilidad ya no a largo sino a mediano plazo del capitalismo la otorga su escandalosa incapacidad para resolver el problema de la pobreza, tema que en estos días está siendo discutido en el marco de la Asamblea General de la ONU. A pesar de los modestos objetivos planteados por las llamadas “Metas del Milenio” para el año 2015 –entre los que sobresale la reducción de la población mundial que vive con menos de 1,25 dólar al día–, lo cierto es que ni siquiera tan austeros (por no decir insignificantes) logros podrán ser garantizados. De hecho, si a nivel mundial se produjo una relativa mejoría, esto debe atribuirse a las políticas seguidas por China e India, que se apartaron considerablemente de las recomendaciones emanadas del Consenso de Washington. Más allá de esto sería interesante que los tecnócratas del Banco Mundial y del FMI explicaran cómo podría calificarse a una persona que habiendo superado el fatídico umbral del 1,25 dólar por día gana, por ejemplo, 1,50. ¿Dejó de ser pobre? ¿Es un “no-pobre” por eso? ¿Y qué decir de la estabilidad de sus misérrimos ingresos en un mundo donde aquellas instituciones pregonan las virtudes de la flexibilización del mercado laboral?

Esta incapacidad para enfrentar un problema que afecta a más de mil millones de habitantes –cifra que crecería extraordinariamente si, aun desde una visión economicista, situáramos la línea de la pobreza en los 2 dólares diarios– se torna motivo de escándalo y abominación cuando se recuerda la celeridad y generosidad con que los gobiernos del capitalismo avanzado se abalanzaron con centenares de miles de millones de dólares al rescate de los grandes oligopolios, arrojando por la borda toda la vacua palabrería del neoliberalismo. El rescate a los grandes oligopolios financieros e industriales, según informa la Agencia Bloomberg, de clara identificación con la “comunidad de negocios” norteamericana, costaba, hasta finales del año pasado y por diferentes conceptos, “un total de 12,8 millones de millones de dólares, una cantidad que se acerca mucho al Producto Interior Bruto (PIB) del país”. En cambio, la “Ayuda Oficial al Desarrollo” (AOD), que había sido fijada por la ONU en un irrisorio 0.7 por ciento del PIB de los países desarrollados, sólo es respetada por los países escandinavos y Holanda. Datos de los últimos años revelan que, por ejemplo, Estados Unidos destinó a la AOD sólo una fracción de lo acordado: el 0,17 por ciento de su PBI, mientras que España aportaba el 0,24 e Italia, el 0,15 por ciento.

Los principales países de la economía mundial, nucleados en el G-7, dedicaron a la cooperación internacional apenas el 0,22 por ciento de su PIB. A diferencia de lo ocurrido con las grandes empresas oligopólicas, el “rescate” de los pobres queda en manos del mercado. Para los ricos hay Estado, los pobres tendrán que arreglárselas con el mercado. Y si aparece el Estado es para reprimir o desorganizar la protesta social. Alguien dijo una vez que las crisis enseñan. Tenía razón.

* Politólogo.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Presidente do Banco do Vaticano é investigado por lavagem de dinheiro


O presidente do Banco do Vaticano, Ettore Gotti Tedeschi, e outro funcionário de alto escalão da instituição estão sendo investigados como parte de uma um inquérito sobre lavagem de dinheiro, informaram nesta terça-feira fontes da polícia em Roma.

Segundo o correspondente da BBC em Roma, David Willey, o inquérito foi aberto depois que duas transações suspeitas, envolvendo o banco e duas outras instituições italianas, foram descobertas pela unidade de inteligência financeira do Banco da Itália, que informou no ano passado o achado à polícia.

Como parte das investigações, a polícia apreendeu cerca de 23 milhões de euros que o Banco do Vaticano depositou em um pequeno banco chamado Credito Atigianato.

Em um comunicado, a Santa Sé afirmou que está “perplexa” diante da abertura da investigação e que tem confiança total em Tedeschi.

O banco, conhecido oficialmente como Instituto para Trabalhos Religiosos, administra contas bancárias de ordens religiosas católicas, cardeais, bispos e outros sacerdotes. Ele só tem uma agência, que fica dentro do Vaticano.

A instituição já foi pivô de um escândalo de lavagem de dinheiro em 1982, quando esteve envolvida no colapso do Banco Ambrosiano, que na época era o maior branco privado italiano.

ISSO É JORNALISMO?


Lauro Jardim esgrima com Lula no auge da campanha, isso é jornalismo?

Diz no Radar na ultima nota publicada ontem - "Depois de aparelhar o estado por oito anos, numa versao petista de "o estado sou eu", Lula bradou ontem num comício em Campinas que "a opiniao pública somos nós". Do alto de sua popularidade, nosso Luis XIV tropical acha definitivamente que tomou posse do povo brasileiro".

Jornalismo ou partidarismo? A Veja terá menos leitores depois do pleito a que se dedica com sôfrega paixao politica? Ou nao?

Julio Hungria, para Blue Bus.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

¿Los dictadores van a volver?


Por Irina Hauser, para Página/12

Una mañana de 1979 mi hermano entró en mi habitación con los ojos desorbitados: “¡Mamá está durmiendo con el tío Oscar!”, gritó. Yo tendría ocho años. El, siete. Juntos fuimos en puntitas de pie y espiamos desde la puerta. Mamá no estaba durmiendo con el tío. Era papá, que se había afeitado la barba. Esa barba tupida con la que siempre lo conocimos. “Qué extraño”, pensamos.

Gracias a que existe el feriado del 24 de marzo, hoy en las escuelas se habla de la última dictadura, incluso en los jardines de infantes. Así fue como mi hija de cinco años llegó a casa muy orgullosa de lo que había aprendido y me dijo: “¿Sabías que en la dictadura no dejaban a los varones usar el pelo largo, ni barba, ni dejaban escuchar cierta música, ni hacer arte?”. Me quedé pasmada escuchándola y, como mencionó la cuestión de la barba, le conté la anécdota sobre mi viejo. Le divirtió, pero enseguida puso las cosas en su lugar: “Mamá, los dictadores eran muy malos, trataban muy mal a los que no tenían las mismas ideas que ellos”. Después se quedó pensativa. “¿Los dictadores van a volver? ¿Existen todavía?”, me preguntó. El otro día una amiga me contó que su hija de cuatro años le había dicho lo mismo. La misma duda, el mismo temor. Con el agregado de una sensación de peligro quizá más palpable, ya que mi amiga es hija de desaparecidos. Mis cicatrices son otras, pero también están. Tardé años en entender el cambio de apariencia de mi papá, por qué me ponía a llorar cada vez que veía un militar, por qué en mi casa quemaban los libros, por qué me daba taquicardia pasar por el Regimiento Patricios. Más allá de las historias personales, mi amiga y yo compartimos una sensación de alivio: por suerte, comentamos, les pudimos decir a nuestras hijas que la mayoría de los represores están presos. Y cientos están siendo enjuiciados, al fin. Qué bueno tener una respuesta tranquilizadora.

La semana pasada Angela Urondo, hija del escritor Francisco “Paco” Urondo y Alicia Raboy, me hizo notar que hay grietas que persisten. Una muy profunda está en Mendoza, donde en 1976 mataron a su papá y desaparecieron a su mamá. En esa provincia los represores andan sueltos, los liberaron. Porque todavía hay jueces cómplices, que lo fueron durante el terrorismo de Estado y ahora intentan beneficiar a sus antiguos aliados. “Yo no me puedo ir de vacaciones a Mar del Plata pensando que en la sombrilla de al lado puede estar el hombre que torturó y secuestró a mi madre”, dijo Angela. Me estremeció. Me quedé pensando en todos los juicios que faltan. Y en cuánta gente repite últimamente que está harta de oír hablar de la dictadura.

“Quiero transmitirles seguridad a mis hijos, ¿cómo hago?”, planteó Angela en el Consejo de la Magistratura, que investiga a tres camaristas mendocinos por apañar crímenes de lesa humanidad. Uno de ellos, Luis Miret, dejó el cargo para evitar que lo destituyeran. Pero como la Presidenta todavía no decidió si acepta su renuncia, el jueves último lo suspendieron igual y lo mandaron a juicio político. Angela presenció la votación. Cuando volvió a su casa escribió en su blog: “La sensación es confusa. Parece felicidad, pero no es, es un poco menos de amargura”. Su blog se llama “Pedacitos”.

Ella, mi hija, mi amiga. Con sus palabras, me confirmaron la importancia de poder decirles a nuestros hijos (y a nosotras mismas) que ya está, ya pasó, ya pasó. Qué necesario es poder mostrarles que hay un cierre para esta historia. Todavía falta, y tal vez no estemos tan lejos.

domingo, 19 de setembro de 2010

Lula diz que imprensa se comporta como partido e tem candidato


Por Hugo Bachega

CAMPINAS, São Paulo (Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva estava com "coceira na língua", nas palavras do próprio, e, após uma semana em que denúncias de tráfico de influência derrubaram uma ministra do governo, o foco de seu discurso neste sábado, durante comício em Campinas (SP), tinha endereço certo: a imprensa.

Ele assumiu o papel de rebatedor das denúncias publicadas pela mídia, que colocaram uma nuvem de tensão sobre a campanha da presidenciável Dilma Rousseff (PT), que está em primeiro lugar nas pesquisas e com chance de vencer no primeiro turno da eleição, daqui a 15 dias.

Ao lado de sua candidata, afirmou que iria se conter, mas não conseguiu. Comparou alguns veículos da imprensa a partidos políticos e considerou mentirosas as reportagens.

"Dilma, nós não vamos derrotar apenas os blocos adversários tucanos, nós vamos derrotar alguns jornais e revistas que se comportam como se fossem partido político e não têm coragem de dizer que são partido político e têm candidato", disse.

Referindo-se indiretamente à revista Veja, que publicou a primeira denúncia contra a Casa Civil na semana passada, Lula disse que a publicação destila ódio. "Eu estive lendo algumas revistas que vão sair essa semana, sobretudo uma que eu não sei o nome dela. Parece "Olha". Ela destila ódio e mentira. Ódio", discursou Lula durante o ato político.

Depois de explorar denúncia de tráfico de influência envolvendo a Casa Civil na semana anterior, neste fim de semana a revista Veja afirma que Vinícius de Castro, assessor da mesma pasta exonerado na segunda-feira, teria recebido 200 mil reais em seu gabinete, relacionados à compra de medicamento pelo governo.

A denúncia ocorre após outros casos divulgados pela mídia levarem à demissão de Erenice Guerra do comando da Casa Civil. A saída dela, braço-direito de Dilma enquanto a petista ainda era ministra, ocorreu após denúncia de Veja sobre um suposto lobby no ministério comandado por seu filho, Israel.

A existência do alegado esquema foi reforçado por reportagem do jornal Folha de S.Paulo, publicada na quinta-feira, dia de sua saída do governo.

"Tem dia que determinados setores da imprensa brasileira chegam a ser uma vergonha. Se o dono do jornal lesse o seu jornal e o dono da revista lesse a sua revista, eles ficariam com vergonha do que estão escrevendo", disparou o presidente.

Em alguns momentos, Lula também partiu contra seus adversários. Novamente, assumiu a posição do "nós contra eles" e desafiou uma comparação entre o governo do "metalúrgico" e o dos "sociólogos e engenheiros", numa referência à administração Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

"Não tem nada que faça um tucano mais sofrer do que a gente provar que eles têm um bico muito grande para falar e um bico pequeno para fazer", afirmou.

Dilma preferiu não comentar a nova denúncia durante o ato. Mais cedo, afirmou em entrevista que não havia lido a reportagem da revista mas defendeu rigor na apuração do caso. Em seu discurso no comício, falou sobre educação, mulheres e sobre a continuidade de políticas do governo de Lula caso eleita.

"Eu honrarei esse legado desse governo, que é garantir que esse país seja um país desenvolvido, sem miséria, sem discriminação e seja uma grande democracia, onde todos nós podemos viver em paz", disse a candidata.

Jimi Hendrix - Voodoo Child

No Festival de Woodstock, ao vivo:

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Nao deu certo | Indiano da filha de Serra sai da campanha do pai


Vista pelo Toda Midia, Thais Arbex, esta manha, no iG - "Durou exatamente 1 mês o trabalho de consultoria de Ravi Singh para José Serra. Singh, que foi contratado pela Talk Interactive, que implementou na internet a campanha, nao está mais no Brasil. Além de mudar o slogan da campanha tucana, trocando 'O Brasil Pode Mais' por 'É Hora da Virada', também foi dele a estratégia de tirar do ar, nos dias 28 e 29 de agosto, os principais sites... Nao deu certo". Comenta o Toda Midia que, dias atrás, segundo o Panorama Político de Ilimar Franco, o marqueteiro americano de origem indiana, contratado por sugestao da filha de Serra, teria perguntado, em reuniao - "Por favor, o que significa FHC?".

Leia mais no BLUE BUS.

Radical chique

Escher:

Cynara Menezes, para Carta Capital

Leia a íntegra da entrevista de Hildegard Angel a Cynara Menezes: “Todo homem público no país e seus parentes próximos deveriam tomar a iniciativa de abrir seu imposto de renda”

Enquanto seu irmão Stuart era preso e morto pela ditadura, em 1971, a jovem Hildegard Angel iniciava trajetória oposta, atuando no colunismo social do jornal O Globo, onde trabalharia, entre idas e vindas, por quase 40 anos. Em 1976, quando a mãe dos dois, a estilista Zuzu, foi assassinada pelo regime em um acidente de carro, Hildegard já era uma jornalista conhecida e atriz de TV. Não deixa de ser interessante que, aos 60, recém-saída do extinto Jornal do Brasil (agora só online), Hilde assuma uma postura de franco-atiradora.

Suas armas são um blog e o Twitter. Seus alvos: a mídia e a preferência pelo candidato José Serra, do PSDB _no mês passado, ela declarou voto em Dilma Rousseff, do PT. Na entrevista concedida a CartaCapital em sua cobertura de frente para o mar em Copacabana, Hildegard Angel, criadora do termo “emergente” para definir os novos ricos cariocas, diz que Lula sofre preconceito por ser um deles, na política. “Já o Serra é o valoroso self-made man”, ironiza.

CartaCapital – Por que a sra. decidiu apoiar Dilma Rousseff?
Hildegard Angel - Ela estava sendo tão massacrada que achei ser o momento de me posicionar. Era um bombardeio de e-mails, de sobrenomes coroadíssimos, atacando a Dilma. Começaram denegrindo pelo físico, que ela era feia, horrorosa, megera, medonha. Aí ela ficou bonita e não puderam mais falar. Então começaram a atacar a parte moral, que ela é assassina, terrorista, ladra. Isso é um reflexo da impunidade. Enquanto não colocarmos nos devidos lugares os que foram responsáveis pelas atrocidades da ditadura eles vão se sentir no direito de forjar uma realidade inexistente, de denegrir nossos mártires, nossos heróis.

CC – Antes desta eleição, a senhora já tinha se posicionado politicamente?
HA – Não. Em nível nacional é a primeira vez. E acho que meu depoimento, e o almoço que a Lily Marinho (viúva de roberto Marinho) promoveu, romperam o círculo demonizante erguido em torno da Dilma. Ali fez-se uma fissura. A classe alta pensante, os ricos mais liberais, se permitiram uma abertura.

CC – D. Lily Marinho apoia Dilma?
HA – A Lily passou a apoiar a Dilma depois que a conheceu. Quando ela fez o almoço para a Dilma, estava agindo como a mulher do Roberto Marinho, que está acima do bem e do mal e que pode se dar ao luxo de receber quem bem entende. Mas a Dilma conquistou a Lily. Antes do almoço, podia até haver a idéia de receber também os outros candidatos. Depois, não havia mais.

CC – Houve reação dos filhos de Roberto Marinho pela madrasta ter recebido a candidata do PT?
HA - A Lily tem uma relação tão harmoniosa, tão respeitosa com eles, que acho que jamais teriam qualquer tipo de reação. O jornal e toda a organização têm sido muito duros com a Dilma, mas a única matéria positiva sobre ela até hoje em O Globo, da primeira até a última palavra, foi a do almoço com a Lily.

CC – Há quatro anos o ex-prefeito de São Paulo Claudio Lembo fez uma crítica, surpreendente para alguém do DEM, contra a elite branca. A sra. acha que falava só da paulistana ou da carioca também?
HA – Da elite brasileira como um todo. É uma elite preconceituosa, que tem seus valores, seus princípios, e acha muito difícil abrir mão de suas convicções.

CC – Que tipo de rico tem preconceito com Lula?
HA - O rico do passado, da herança, do aluguel, muito apegado a tradições, a sobrenome. É uma elite na maioria não produtiva, porque a elite produtiva, o homem que emprega, que gera progresso, desenvolvimento, não deixa de aplaudir o Lula. Mas às vezes a mulher deste homem não aplaude… Diplomatas aposentados também têm preconceito com Lula. O Itamaraty sempre foi o filé mignon do serviço público brasileiro, pela cultura, pela erudição, pelo savoir faire. E a política externa atual vai na contramão disso tudo. Esse é um segmento social que rejeita o Lula, o dos punhos de renda.

CC – Nos círculos que frequenta, ainda há gente que faz piada com a origem humilde de Lula?
HA - O vaivém dos e-mails de gente da classe A contra o Lula é de uma variedade enorme…. Por exemplo: as festas caipiras do Lula incomodaram muito. Já a Zuzu Angel sempre viu uma beleza extraordinária na caipirice, tanto que foi a primeira a usar as rendas do Norte, a misturar com organza, a usar as chitas, hoje tão na moda. Minha mãe tinha uma frase: a moda brasileira só será internacional se for legítima. Por isso foi a primeira a ter penetração no exterior. De certa forma, o Lula, com as festas caipiras dele, fez o que a Zuzu fez em 1960 com a moda caipira dela.

CC – Serra também tem origem humilde. Por que não existe este preconceito com ele?
HA - Porque o perfil do Lula se adequa mais ao do emergente. O do Serra é o do valoroso self made man… O Serra, para ser o homem que é, teve de dominar os códigos da elite, pelo estudo, pela convivência com pessoas intelectualmente superiores. Já o Lula foi abrindo caminho na base da cotovelada. E, de certa maneira, se manteve fiel à sua raça. Não se transformou com a ascensão, não se desligou, guardou seu ranço de pobreza, a memória do sofrimento. Isso o tornou mais sensível.

CC – E por outro lado o faz ser malvisto?
HA - Sim, porque nunca será um igual e nem faz questão. A dona Marisa Letícia nunca abriu seus salões. Durante o governo FHC, fui inúmeras vezes convidada para recepções no Itamaraty e, em governos anteriores, até no Palácio da Alvorada. No governo Lula só fui convidada uma vez, para o Itamaraty. Black-tie nunca existiu. Isso cria uma limitação de trânsito social. Não há uma interação para esta sociedade se inserir dentro de uma linguagem que não seja de gabinete junto à família Lula. Talvez ele não se sentisse confortável fazendo isso, não é sua praia.

CC – Ainda tem muito preconceito de classe no Brasil?
HA - Cada vez menos, mas tem. O que Lula sofre é preconceito de classe, mas está sendo superado por ele mesmo. Essa possível vitória da Dilma mostra que não é só o povão, não é são só aqueles que melhoraram de situação. Tem muito rico pensando diferente, saindo do casulo, desse gueto de pensamento.

CC – O interessante é que o dinheiro também tem de ser bem-nascido. De padaria, de marmita, não é dinheiro “bom”.
HA - O dinheiro do comércio sempre foi visto no Brasil como um dinheiro sem base cultural, de origem ruim. Já o dinheiro da indústria, da área financeira, era “digno”. Agora, com a falta generalizada de dinheiro no meio dos que eram muito ricos, essas pessoas deste dinheiro de origem menos nobre conseguiram uma posição de respeitabilidade no ambiente social.

CC – Os emergentes são mais respeitados?
HA – São mais aceitos, embora o verdadeiro emergente não esteja mais preocupado com isso. O verdadeiro emergente não tem aquelas veleidades do nouveau riche de antigamente. O nouveau riche de ontem queria entrar para o soçaite, que seus filhos estudassem com os filhos do soçaite, tinham aquela visão encantada da alta sociedade. O emergente de hoje tem mais noção do seu poder, não é tão submisso. Com o empobrecimento do rico tradicional, o rico do dinheiro novo se achou numa posição de não precisar fazer tanto a corte a essas pessoas.

CC – O dinheiro de Eike Batista, por exemplo, é “nobre”?
HA – Culturalmente falando, sim. Ele é filho de Eliezer Batista, que tinha grande status no país há muitas décadas. O que acontece é que o Eike sabe muito bem o que quer. Gosta de esporte, de mulher bonita, dos filhos e do trabalho dele. Sua vida é um retrato disso. Tem um carro espetacular de corrida na sala, tem casa decorada com troféus das suas lanchas. Ele poderia ter um Picasso, mas não é aquele rico tradicional. Nós temos no país essa classe da riqueza envergonhada, que não tem muito como explicar o seu dinheiro, da riqueza escondida, que não pode ser fotografada… E o Eike, como tudo dele, acredito, seja declarado lá no imposto, pode expor seu dinheiro. Ele é o rico da riqueza assumida.

CC – O jornalista Mauricio Stycer estudou a coluna de César Giobbi no Estadão em 2002, quando Lula se candidatou pela primeira vez, e concluiu que o colunista fez campanha disfarçada para Serra. Isso é comum?
HA - Ah, a Miriam Leitão também faz… É comum o colunista ter afinidade com o veículo e ter uma linha de raciocínio que vai de encontro à dele e ao meio em que convive. O Giobbi é uma pessoa estimadíssima na alta sociedade paulistana, não é visto nem como jornalista, é visto como um da turma. A Monica Bergamo (da Folha) não é vista como uma da turma. O Giobbi é um do time, então raciocina de acordo com seu time.

CC – O colunista social no Brasil sempre é de direita?
HA - Não, os colunistas têm a posição dos seus jornais. Tenho o privilégio que nem a posição do meu jornal eu tinha. O JB se manteve fazendo um jornalismo bem tucano até seis meses atrás, mas eu mantive minha independência e o jornal me deu essa liberdade, o que não é comum.

CC – Dos colunistas sociais clássicos, como Ibrahim Sued, tinha algum que era mais de esquerda?
HA - O Zózimo (Barrozo do Amaral) era visto à esquerda, mas era muito discreto, eu nunca o vi se posicionar ostensivamente na contramão do seu grupo social. Isso não existe. Havia na época uma coisa charmosa, atraente, um esquerdismo light, fazia parte do put together da elegância.

CC – A sra. teve uma trajetória bem diferente do seu irmão Stuart. Era a burguesa da família?
HA – Não, era a caçula. A sobrevivente. Eu era atriz de teatro e passei a ter uma atividade paralela, o jornalismo, que acabou se sobrepondo à atividade artística. Até porque quando entramos no processo das comédias ligeiras em decorrência da censura, não vi mais graça. Não sei se houve algum componente psicológico nisso, mas um mês depois da morte de minha mãe, não renovei mais o contrato. Estava em cartaz com uma comédia de grande sucesso, “Bonifácio Bilhões”, com Lima Duarte e Armando Bogus. Não me aproximei mais do teatro, já estava com minha carreira encaminhada para o jornalismo. De repente me vi sem mãe, sem irmão, sem irmã (enviada para a França), meu pai morando no interior com outra família. Eu era a Angel que ficou para sobreviver, na atividade que sabia fazer, o jornalismo social, mas isso me custou o preço de eu ter de me calar e nem sequer refletir. Quando se vive num processo de muito medo você não reflete, só sobrevive. Eu consegui sobreviver tão bem que hoje eu falo. E vejo pessoas que deveriam estar falando, caladas.

CC – Outro dia a sra. falou no twitter que acha que a filha de Serra, Verônica, deveria abrir o sigilo fiscal para acabar com as dúvidas.
HA – Não só a filha do Serra, todo homem público no país e seus parentes próximos deveriam tomar a iniciativa de abrir seu imposto de renda, sua evolução patrimonial. Deveria ser lei, uma obrigação ética, moral. Causa estranheza a gente ver figuras políticas carimbadas de um dia para outro mudarem de casa, de bairro, de status, de carro, de avião, sem ter uma história profissional que justifique isso. Devia partir deles, desses homens que se dizem honrados, fazer esse gesto. Por isso acho esse escândalo pífio.

CC – A sra. também criticou na rede a passeata dos humoristas contra a “censura”. Por quê?
HA – A passeata deles não era a favor do humor, era a favor do Serra, não era contra a censura, era contra o governo. Foi uma passeata que teve um defeito de origem: não esclarecer o real motivo do humor não estar liberado, que era um projeto dos deputados, não do governo ou do TSE. Ou seja, foi uma passeata ignorante que disseminava a ignorância. Quem faz humor político não pode ser ignorante, porque é o humor mais sofisticado que há. Além disso, vi no CQC eles fazendo humor de uma maneira muito grosseira com dona Marisa Letícia, dizendo que o Eike Batista tinha faturado ela e ia comprar uma coleira… Isso se diz da mulher do presidente da República? É comparável à ofensa que o Irã fez em relação a Carla Bruni.

CC – Manifestar-se politicamente agora a recoloca mais no caminho do Stuart e da Zuzu?
HA – Me sinto um pouco refém da coragem da minha família, é como se tivesse retomado meu curso. Como se cumprisse uma trajetória que estava ali me esperando, neste momento que as pessoas se acomodaram, que estão submetidas a seus empregos, todas colocadas na grande imprensa, com uma posição monocórdia, um pensamento único. Vou estar sendo dura e talvez injusta, mas é muito fácil ser herói quando isso lhe dá ibope. Difícil é ir contra a corrente quando isso vai pegar mal para você. Sou uma colunista social e meu patrimônio são as elites. Meu leitorado principal são as elites. Me surpreende e me enternece que elas me respeitem agora mais do que nunca.

CC – Pretende se tornar uma guerrilheira online?
HA – Eu seria muito pretensiosa e desrespeitosa se de alguma maneira usasse essa qualificação de guerrilheira. Guerrilheiro foi meu irmão. Eu não fui. Estou tirando o atraso, só isso.