quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Detecção de câncer no pênis precisa ser rápida para evitar amputação


Por ano, HC de São Paulo recebe 60 pacientes com tumor no órgão. No Brasil, pessoas com a doença representam 2% da população masculina

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo alerta para os perigos do câncer de pênis, doença que pode levar à amputação do órgão caso o diagnóstico seja tardio.

Ligada à falta de higiene, a doença atinge 2% da população masculina no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia. Bastante invasivo, o tumor maligno no órgão apresenta índices de até 10% nas regiões Norte e Nordeste.

Sintomas como feridas no pênis podem ser facilmente caracterizados como problemas menores, segundo o urologista Alexandre Crippa, do Hospital das Clínicas da USP, ligado à Secretaria e que recebe 60 pacientes com câncer no local por ano.

A confusão com patologias sexualmente transmissíveis leva à automedicação em muitos casos, o que possibilita o agravamento dos sintomas e a procura médica tardia.

A fimose é uma das barreiras à higienização do pênis, afirma Crippa. Para o médico, a dificuldade para limpeza pode levar à agressões químicas e traumas que desencadeam o câncer.

O tratamento para a doença é, geralmente, a intervenção cirúrgica. Caso o diagnóstico seja feito em estágio avançado do câncer, a amputação total do pênis pode ser a solução mais adequada. É o que ocorre em 80% dos casos, segundo a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo.

Uma detecção precoce do câncer pode impedir a mutilação e fazer com que o paciente mantenha uma vida sexual ativa e, principalmente, se livre do tumor maligno. Quanto à prevenção, a higiene adequada, durante a rotina do homem, com água e sabão, é essencial, segundo Crippa.

Autor: Redação
Fonte: Site G1

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