terça-feira, 31 de março de 2009

Papa ordena investigação de congregação religiosa após escândalo

LEGIONÁRIOS DE CRISTO SENDO ORDENADOS:

Por Philip Pullella

CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 ordenou a investigação de uma influente congregação da Igreja Católica Romana depois que se descobriu que o fundador da ordem era um molestador sexual e havia tido ao menos um filho com uma amante.

A congregação religiosa conservadora Legionários de Cristo anunciou a inspeção, conhecida na linguagem da Igreja como uma "Visita Apostólica", na terça-feira. O Vaticano havia informado a ordem de forma reservada em 10 de março.

Os Legionários foram abalados ao longo dos últimos anos por uma série de escândalos relacionados ao fundador da ordem, padre Marcial Maciel, que morreu no ano passado aos 87 anos.

No mês passado, a congregação disse ter encontrado evidência de que ele viveu uma dupla vida durante décadas.

Enquanto dirigia a congregação de padres que fazem promessas de celibato, ele tinha uma amante com quem teve ao menos uma criança.

Em 2006, o papa Bento 16 disse ao padre Maciel para que ele se aposentasse em "uma vida reservada de oração e penitência" depois das acusações de que teria molestado um menino e seminaristas décadas atrás.

A congregação negou as acusações por anos, mas o Vaticano tomou medidas contra Maciel depois do surgimento de novas evidências. Na época, as sanções contra Maciel fizeram dele uma das pessoas mais proeminentes a ser punida por abuso sexual.

A "Visita Apostólica" pode culminar em sanções e ação disciplinar. Essas investigações não são freqüentes e podem durar meses.

O padre Álvaro Corcuera, atual diretor-geral da congregação, disse em uma carta aos membros da congregação que espera que a investigação "nos ajude a enfrentar nossas vicissitudes presentes relacionadas aos fatos graves da vida de nosso fundador".

Os investigadores visitarão os seminários e outras instituições dos Legionários, como escolas, casas de repouso e universidades em todo o mundo.

Fundada em 1941 por Maciel, que era mexicano, a congregação conservadora reúne atualmente cerca de 800 padres e 2.500 seminaristas em mais de 20 países.

Para Rússia, BRICs são símbolo de mundo multipolar


Steve Eke
Analista de Política Russa da BBC

O conceito da sigla BRICs para a Rússia faz parte da noção de um mundo multipolar, no qual há múltiplos e competitivos centros de poder que o país vem ajudando a construir ao longo da última década.

A Rússia tem uma relação econômica bastante próxima com a China e a Índia, mas nenhuma parceria estratégica. Os três permanecem países muito diferentes em termos de orientação estratégica e geopolítica.

As ligações entre a Rússia e a América Latina vêm aumentando, a exemplo dos acordos de cooperação militar assinados com a Venezuela no ano passado, mas ainda são muito menores do que os laços que o país mantém com a Europa.

Qualquer que seja a retórica, a Rússia é fortemente integrada política e economicamente com as instituições européias.

Rússia e G20

O presidente russo, Dmitry Medvedev, diz que a cúpula do G20 que acontece esta semana em Londres deverá estabelecer um consenso para modernizar a atual arquitetura financeira global e criar um novo curso para a economia mundial.

Medvedev tem pedido insistentemente por "ações conjuntas" e "valores comuns". Ao mesmo tempo, o principal assessor econômico do Kremlin, Arkady Dvorkovich, diz que a cúpula do G20 precisará fornecer mais do que comunicados.

Que tipo de ação a Rússia propõe?

Entre os resultados esperados pelas autoridades russas estão a reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e a ampliação do Fórum de Estabilidade Financeira (FSF, na sigla em inglês).

O FSF foi criado em 1999 para promover a estabilidade financeira e é formado por Bancos Centrais, ministérios das Finanças e as mais relevantes organizações supervisoras mundiais.

A Rússia também defende uma melhor coordenação de políticas sociais entre as maiores potências econômicas diante da preocupação de que do rápido crescimento do desemprego resulte em efervescência social no país.

Mas o que a Rússia não quer ouvir é a palavra antiprotecionismo. Autoridades russas introduziram medidas protecionistas em várias indústrias, em particular na automobilística, altamente afetada pela crise, e no complexo industrial militar do país.

A cúpula do G20 acontece em um momento de sérias dificuldades econômicas para a Rússia. Há um ano, autoridades insistiam que a crise financeira havia nascido nos Estados Unidos e não atravessaria as fronteiras do país.

Com excesso de autoconfiança, o Kremlin descreveu a Rússia como um "oásis de estabilidade".

Um ano depois, a Rússia enfrenta sua primeira recessão em uma década. O número de desempregados aumentou em meio milhão de pessoas somente em dezembro. O ministro das Finanças admite que em 2009 a renda orçamentária deve ser 40% menor do que o previsto, devido principalmente ao colapso do preço do petróleo.

Mas não é só o setor de energia que está sofrendo com os efeitos das turbulências. No complexo militar industrial de alta tecnologia cerca de um terço das empresas beira a falência.

O governo dispõe ainda de enormes reservas para injetar na indústria, bancos e programas sociais. Uma eventual quebra de bancos ou a desvalorização acentuada do rublo seria desastroso politicamente e para a população.

Isto pode ajudar a explicar o chamado do primeiro-ministro, Vladmir Putin, por "coesão social".

Protestos

As autoridades russas já deixaram claro que não vão tolerar greves e protestos ilegais.

Em dezembro, paraquedistas foram enviados de Moscou para o outro lado do país, na ponta leste, para conter protestos de comerciantes de carros contra o aumento nas taxas de importação de automóveis. A polícia local havia avisado que não usaria força contra o povo.

Medvedev chegou ao poder em uma época abençoada, com os cofres públicos transbordando com petrodólares. E agora, de uma hora para outra, ele passou a enfrentar vários desafios.

A solução poderá vir em forma de uma resposta firme por parte do presidente ou então de uma saída política mais fácil - que acabe por sacrificar o líder russo ou Vladmir Putin.

Simon articula frente contra o PT


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 31 DE MARÇO DE 2009

O presidente estadual do PMDB, senador Pedro Simon, defendeu ontem que seja formada, no Rio Grande do Sul, uma frente contra o PT para as eleições de 2010. 'É natural do Estado essa polarização. O PT está fazendo um jogo de pressão', afirma, sobre o fato de o PT articular o anúncio de seu pré-candidato ao Palácio Piratini ainda este ano.
Segundo o senador, a governadora Yeda Crusius concorda com a iniciativa. Os dois se reuniram ontem, no Palácio Piratini, um dia depois de o senador ter admitido a possibilidade de o PMDB deixar o governo para trabalhar na candidatura própria. O nome mais cotado é o do prefeito da Capital, José Fogaça. Ele nega ter a intenção de ser candidato.
O secretário-geral da sigla, deputado federal Eliseu Padilha, admite que o PMDB sofre pressões internas e do PDT, partido do vice de Fogaça, José Fortunati, para anunciar o prefeito como candidato. Tanto PT quanto PMDB lutam pelo apoio do PDT. Simon, no entanto, diz que as tratativas para as alianças 'poderiam estar melhores'.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Os 'olhos azuis' de Lula | a midia internacional entendeu o recado

G20:

Do Toda Midia hoje na web - Os "banqueiros de olhos azuis" de Lula ecoaram e, no domingo que antecede o G20, o New York Times alertou que "Obama vai enfrentar um mundo desafiador" aos EUA. Os americanos viajavam por Índia, Brasil, China dando liçao de moral sobre a necessidade de abrir e desregular mercados. Agora essas políticas sao vistas como os réus do colapso. No destaque do Huffington Post ontem pela manha, com Reuters, 'Lula, Nós rejeitamos a fé cega nos mercados'. No inglês Observer, também destaque do Post, 'Banqueiros de olhos azuis despertam divisao do G20', em longa reportagem sobre o "crescente racha entre o Ocidente e as potências emergentes". Em suma, no enunciado do NYT para longa análise, trata-se do "capitalismo anglo americano em julgamento".

30/03 Blue Bus

Década de 2020 deve consolidar poder dos BRIC


Silvia Salek *
Da BBC Brasil em Londres

Os anos 20 deste século podem marcar a consolidação do fortalecimento de países emergentes como potências econômicas e políticas, em um mundo cada vez mais multipolar. Segundo acadêmicos e instituições de pesquisa, os chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) serão peças-chave dessa nova ordem.

Para investigar que desafios cada país do BRIC terá pela frente, no caminho para se tornar uma potência em 2020, a BBC Brasil produziu uma série especial que começa a ser publicada nesta segunda-feira, reunido reportagens multimídia de nossos repórteres no Brasil e enviados especiais a Rússia, Índia e China.

Em 2020, com 3,14 bilhões de habitantes (40% da população mundial naquele ano, segundo projeções da ONU), eles devem chegar mais perto das economias do G-7, após terem crescido a taxas muito superiores às de nações ricas.

O National Intelligence Council, entidade do governo americano ligada a agências de inteligência, prevê que já em 2025 todo o sistema internacional - como foi construído após a Segunda Guerra Mundial - terá sido totalmente transformado.

"Novos atores - Brasil, Rússia, Índia e China - não apenas terão um assento à mesa da comunidade internacional, mas também trarão novos interesses e regras do jogo", afirma a instituição.

"Muito provavelmente, por volta de 2020 vamos nos dar conta de que existe um equilíbrio muito maior no mundo em termos econômicos e políticos com o fortalecimento de países emergentes como China, Índia, Brasil e Rússia. Com um maior poder econômico, virá também um maior poder político e uma participação ativa desses países em organismos internacionais", disse à BBC Brasil Stepháne Garelli, professor da Universidade de Lausanne, na Suíça, e autor de um estudo que traça cenários para 2050.

Conceito complexo

O conceito de sistema multipolar é complexo e, ainda que boa parte dos analistas concorde que o mundo caminha para isso, o tempo que levará para que a China tenha voz no Fundo Monetário Internacional (FMI), o Brasil tenha um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU ou o Banco Mundial seja dirigido por um russo ou indiano variam muito.

Mas a discussão já não se limita mais ao meio acadêmico. Diferentes aspectos do que pode vir a ser um mundo multilateral (ou multipolar) já começam a aparecer em discursos de autoridades que estão no centro do processo de tomada de decisões internacionais.

Um exemplo recente vem de Gordon Brown, o primeiro-ministro britânico, que, às vésperas do encontro do G-20, em Londres, declarou no Brasil que "o tempo em que poucas pessoas mandavam na economia acabou".

Também às vésperas do encontro, o diretor-gerente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, disse em entrevista a uma TV francesa que "soluções globais supõem que a governança de instituições como o FMI seja mais legítima, mais democrática, com espaço para os países emergentes e pobres".

Reunião do G-20

A reunião do G-20, grupo que une países emergentes aos países-membros do G-8, pode ser vista como um sinal dessas mudanças. A voz dos emergentes no cenário de crise ganha especial relevância.

Segundo boa parte dos analistas ouvidos pela BBC Brasil, eles não apenas serão menos afetados do que os países desenvolvidos pela crise, como também podem se recuperar mais rapidamente.

Essa possível recuperação mais rápida se baseia em alguns pilares que serão também propulsores do crescimento de longo prazo.

"A situação das economias desses países é muito diferente. Mas, de maneira geral, os BRIC estão mais bem posicionados para a recuperação do que muitas outras economias", disse Markus Jaeger, responsável por análises de longo prazo no Deutsche Bank.

Para Alfredo Coutinho, analista mexicano da agência Moody's nos Estados Unidos, a crise revela ainda a vulnerabilidade das economias desenvolvidas e deixa clara a necessidade de equilíbrio na economia global.

"É uma oportunidade para as economias emergentes, que devem liderar a recuperação", disse Coutinho.

Crise

Em entrevista à BBC Brasil, Jim O'Neill, economista-chefe do Goldman & Sachs, que criou a sigla BRIC em 2001, prevê que a crise até mesmo acelere a escalada dos emergentes, e diz que já em 2020 a economia desses quatro países encoste nas dos países do G-7, o grupo das atuais nações mais ricas do mundo.

Não faltam céticos em relação à projeção de O'Neill. John Bowler, diretor do Serviço de Risco por País (CRS na sigla em inglês) da Economist Intelligence Unit é um deles.

"Acho que esse processo será mais demorado. Há uma série de obstáculos à confirmação dessas projeções tanto no campo econômico quanto político", disse Bowler.

Apesar das ressalvas feitas por muitos dos ouvidos pela BBC Brasil, o "otimismo" de O'Neill não é isolado.

Um relatório da consultoria Ernst&Young, Global Megatrends 2009, por exemplo, afirma que "a fome de crescimento, junto com a rápida industrialização das economias e populações em expansão, põe os emergentes no caminho da recuperação mais rapidamente, e os países do BRIC são claramente os atores principais".

Essa fome de crescimento vem, em parte, da nova classe média que tem revolucionado o consumo nesses países. Segundo o Banco Mundial, 400 milhões de pessoas se encaixavam nessa categoria em 2005 nos países em desenvolvimento. Em 2030, deverão ser 1,2 bilhão de pessoas.

"A classe média, principalmente dos países do BRIC, será o novo motor da economia mundial", prevê Stepháne Garelli, da Universidade de Lausane e diretor do índice de competitividade, publicado pelo Institute of Management Development, que avalia 61 países em 312 critérios.

"É uma classe média ávida por comprar seu primeiro carro, seu primeiro celular de última geração. Não é conservadora como a classe média do atual mundo rico. Ela quer 'comprar felicidade'", acrescentou.

Padrão de vida

O valor do PIB dará posição de destaque a esses países no ranking global de economias, mas não será suficiente para levar as populações desses países a padrões de vida próximos ao dos países hoje considerados ricos.

O PIB per capita da Índia, por exemplo, deverá praticamente dobrar num período de 15 anos até 2020, segundo um estudo do departamento de pesquisas do Deutsche Bank. Ainda assim, representará apenas 40% da renda per capita nos Estados Unidos.

De olho em indicadores como o PIB per capita, Françoise Nicolas, economista do Instituto Francês de Relações Internacionais, prevê a ascensão das "superpotências pobres".

"Será um mundo multipolar bizarro. Os BRIC serão superpotências pobres com mais peso econômico, mas o discurso ainda não estará no mesmo nível dos países ricos", prevê Nicolas.

Além da pobreza, esses países enfrentam outros desafios, como a proteção ao meio ambiente.

"Eles querem ter maior poder de decisão e, ao mesmo tempo, em certas questões como o meio ambiente, querem continuar a ser tratados como países emergentes, que não podem cumprir as mesmas exigências dos ricos", disse Thomas Klau, chefe do escritório de Paris do Council of Foreign Relations.

*Colaboraram nesta reportagem: Bruno Garcez, da BBC Brasil em Washington, Daniela Fernandes, de Paris para a BBC Brasil, e Marina Wentzel, de Hong Kong para a BBC Brasil

Luciana Cardoso: “O Senado é uma bagunça”


Mônica Bergamo, para Folha de São Paulo

Funcionária do Senado para cuidar “dos arquivos” do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), Luciana Cardoso, filha do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, diz que prefere trabalhar em casa já que o Senado “é uma bagunça“. A coluna telefonou por três dias para o gabinete, mas não a encontrou. Na última tentativa, anteontem, a ligação foi transferida para a casa de Luciana, que ocupa o cargo de secretária parlamentar. Abaixo, um resumo da conversa:


FOLHA - Quais são suas atribuições no Senado?
LUCIANA CARDOSO - Eu cuido de umas coisas pessoais do senador. Coisas de campanha, organizar tudo para ele.

FOLHA - Em 2006, você estava organizando os arquivos dele.
LUCIANA - É, então, faz parte dessas coisas. Esse projeto não termina nunca. Enquanto uma pessoa dessa é política, é política. O arquivo é inacabável. É um serviço que eternamente continuará, a não ser que eu saia de lá.

FOLHA - Recebeu horas extras em janeiro, durante o recesso?
LUCIANA - Não sei te dizer se eu recebi em janeiro, se não recebi em janeiro. Normalmente, quando o gabinete recebe, eu recebo. Acho que o gabinete recebeu. Se o senador mandar, devolvo [o dinheiro]. Quem manda pra mim é o senador.

FOLHA - E qual é o seu salário?
LUCIANA - Salário de secretária parlamentar, amor! Descobre aí. Sou uma pessoa como todo mundo. Por acaso, sou filha do meu pai, não é? Talvez só tenha o sobrenome errado.

FOLHA - Cumpre horário?
LUCIANA - Trabalho mais em casa, na casa do senador. Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando. Você já entrou no gabinete do senador? Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna. Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar “vem aqui”, eu vou lá.

FOLHA - E o que ele te pediu nesta semana?
LUCIANA - “Cê” não acha que eu vou te contar o que eu tô fazendo pro senador! Pensa bem, que eu não nasci ontem! Preste bem atenção: se eu estou te dizendo que são coisas particulares, que eu nem faço lá porque não é pra ficar na boca de todo mundo, eu vou te contar?

Obrigado, Müller.

sexta-feira, 27 de março de 2009

ARGENTINA: ELEIÇÕES ANTECIPADAS


El Senado dio vía libre al cambio de fecha y se vota el 28 de junio
Luego de casi nueve horas de debate, y con cinco votos más de los que necesitaba, el oficialismo sancionó la ley que había mandado la Presidenta. Salvo los dos senadores del ARI, todos los legisladores de la oposición votaron en contra.

Por: Alfredo Gutierrez, para clarín.com

Con el voto de oficialistas y aliados, y tras casi nueve horas de debate sobre la crisis económica y el rumbo del Gobierno, el Senado sancionó anoche la ley que permitirá el adelanto de las elecciones legislativas nacionales para el 28 de junio --cinco meses antes de que asuman los que resulten electos--, tal como había pedido la presidenta Cristina Kirchner.

Así, en poco más de un mes deberán estar oficializadas las candidaturas (el 9 de mayo) y la alianzas un poco antes, el 28 de abril. Y los electores que no aparezcan en los padrones tendrán tiempo para reclamar su inclusión hasta el 29 de abril.

El adelanto electoral recibió 42 votos a favor y 26 en contra. Para aprobarlo hacían falta 37, que es la mayoría absoluta de los miembros de la Cámara que ordena la Constitución para cualquier cambio del sistema electoral.

No hubo sorpresas con este resultado: anteayer, el oficialismo se había asegurado el voto de los dos senadores del ARI fueguino --que lo anunciaron y se fueron del partido de Lilita Carrió--, y también estaba firme junto al Gobierno el representante del Movimiento Popular Neuquino.

Todos los oficialistas que habían expresado alguna duda se inclinaron por el sí. Entre ellos el catamarqueño Ramón Saadi, y el misionero Luis Viana, que votaron pero no hablaron en el recinto. Pero la rionegrina María José Bongiorno, que muestra diferencias con el Gobierno, prefirió estar ausente. Tampoco estuvieron para votar Carlos Menem y dos disidentes del PJ que estaban de viaje, Sonia Escudero y Liliana Negre.

De un lado y del otro, oficialistas y opositores se refirieron a la crisis y al "estado de crispación" de la sociedad, casi el mismo fundamento para aprobar u oponerse al adelanto.

El jefe del bloque peronista, Miguel Angel Pichetto, se quejó de quienes "buscan obstaculizar de cualquier forma al Gobierno" y aseguró que "después del veredicto de las urnas vamos a intentar construir una nueva sintonía política en el país". Dijo que la mayoría avalará el rumbo del Gobierno en la crisis.

"Quieren plebiscitar la gestión --contestó el radical Ernesto Sanz--, pero ni sueñen con sacar el 51 por ciento, el país ya es otro". Fue larga la lista de discursos. "El remedio (de adelantar las elecciones) es peor que la enfermedad", dijo el socialista Rubén Giustiniani; "terminemos con este rally interminable de elecciones", se defendió el santacruceño Nicolás Fernández; "lamentablemente, en esta Argentina la única regla es que no hay reglas", se quejó el salteño Juan Carlos Romero; "no se bañen en el Jordán del puritanismo, acá no hay nadie ingenuo", contraatacó Pichetto, quien en otra parte tuvo que ser llamado a silencio por el vicepresidente Julio Cobos porque le gritaba al radical Gerardo Morales (quien quería hablar del dengue y la seguridad) que se le había acabado el tiempo.

Sin otros cruces destacables, la sesión pasó entre discursos tranquilos. Había resignación entre los opositores, que sabían de antemano el resultado favorable al Gobierno, y sosegada confianza en el oficialismo.

Las últimas horas del debate fueron seguidas desde los palcos por dos posibles candidatos bonaerenses del peronismo disidente que llegaron y se fueron juntos, los aliados de Mauricio Macri, Francisco De Narváez y Felipe Solá.

Fueron testigos presenciales del último paso de la ley que pasó por el Congreso en un trámite veloz: duró apenas 10 días desde que el proyecto ingresó a Diputados. Solo falta que el Gobierno haga la convocatoria formal (la ley aprobada ayer dice que será mañana 28 de marzo) para que quede formalizado el comienzo de la campaña electoral.

Papa distorce fatos sobre preservativos, diz revista médica


LONDRES (Reuters) - A respeitada revista médica Lancet acusou na sexta-feira o papa Bento 16 de distorcer evidências científicas a fim de promover a doutrina católica, ao declarar que os preservativos aumentam a difusão da Aids.

Em editorial intitulado "Redenção para o papa?", a publicação britânica pediu ao papa que se retrate de comentários feitos na semana passada, e disse que qualquer coisa aquém disso será um imenso desserviço ao público e aos ativistas que lutam conta a doença.

"Quando qualquer pessoa influente, seja um líder religioso ou político, faz uma falsa declaração científica que pode ser devastadora para a saúde de milhões de pessoas, ela deve se retratar ou corrigir os registros públicos", disse o editorial.

"Ao dizer que os preservativos exacerbam o problema do HIV/Aids, o papa distorceu publicamente evidências científicas para promover a doutrina católica nessa questão."

Durante a sua primeira visita à África, o papa disse a jornalistas que a Aids é um problema que "não pode ser superado pela distribuição de preservativos: pelo contrário, eles ampliam (a epidemia)."

A declaração provocou inúmeras críticas de autoridades sanitárias, ativistas e políticos, para os quais a declaração foi irrealista, não-científica e perigosa.

A Igreja prega que a fidelidade dentro do casamento heterossexual e a abstinência são as melhores formas de conter a Aids. O Vaticano afirma também que os preservativos podem induzir a comportamentos de risco.

Especialistas afirmam no entanto não haver evidências científicas de que o uso de preservativos estimulem as pessoas a assumirem mais riscos sexuais, e que na verdade os estudos comprovam que os preservativos reduzem o risco de contrair o vírus HIV.

Há cerca de 33 milhões de portadores do vírus no mundo todo, a maioria na África subsaariana. Não há cura para a doença, que já matou 25 milhões de pessoas em menos de três décadas.

(Reportagem de Michael Kahn)

Dom Dadeus polemiza com judeus


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, SEXTA-FEIRA, 27 DE MARÇO DE 2009

A declaração do arcebispo metropolitano, dom Dadeus Grings, de que 'morreram mais católicos do que judeus no Holocausto', provocou reação da comunidade judaica no Estado. Por meio de nota, o presidente da Federação Israelita do RS, Henry Chmelnitsky, lamentou as afirmações do arcebispo. 'Reduzir ou relativizar o Holocausto agride a memória de milhões de mortos numa guerra iniciada pelo fanatismo e pela intolerância', diz a nota.
A entrevista com o arcebispo foi publicada na edição da revista Press, que começou a circular nesta semana. Na reportagem, o líder da Igreja Católica foi além. 'Os judeus falam em 6 milhões de mortos. O nazismo matou 22 milhões de pessoas. Eles se dizem as maiores vítimas do Holocausto. Mas as maiores vítimas foram os ciganos. Foram exterminados. Isso eles não falam. Os judeus têm a propaganda do mundo', declarou à revista.
Para Chmelnitsky, as afirmações agridem não somente os judeus, mas também homossexuais e tantos outros. 'Esperamos que dom Dadeus reflita suas declarações. Ele é um homem de fé e paz', diz a nota.

quinta-feira, 26 de março de 2009

SUGESTÃO

Sugestão de utensílio para quem perdeu dinheiro na bolsa:

El dólar quedó en el ojo del huracán


China abrió el debate tabú sobre la categoría de moneda de reserva internacional y generó la reacción de Estados Unidos para amortiguar sus efectos. El FMI salió a respaldar la idea. Se presentará un proyecto para aumentar el control sobre las entidades.

Mientras Estados Unidos inyecta billones de dólares al sistema financiero para reactivar la economía global, en el mundo se debate la fortaleza del billete verde como resguardo de valor. Ayer el director general del Fondo Monetario, Dominique Strauss-Kahn, consideró que la discusión generada en torno del reemplazo del dólar como reserva, a partir de los dichos de las autoridades monetarias chinas, es “legítimo”. Por su parte, el titular del Tesoro norteamericano, Timothy Geithner, intentó disuadir las especulaciones y se manifestó en defensa de la moneda. Geithner adelantó además que enviará en las próximas horas al Congreso un proyecto de ley para incrementar el control del gobierno sobre las firmas financieras. El Fondo estimó entonces que la recuperación aparecerá, sólo si hacen bien las cosas, a partir del primer semestre del próximo año. Sin embargo, la Bolsa neoyorquina cerró en positivo ante datos alentadores de la actividad inmobiliaria. Wall Street finalizó con un alza de 1,2 por ciento.

Los recurrentes salvavidas de la administración estadounidense lanzados al mercado financiero comenzaron a encender luces de alerta sobre la salud del dólar. El debate lo abrió el gobernador del Banco del Pueblo de China, Zhu Xiaochuan, quien propuso adoptar una nueva moneda en reemplazo del dólar como reserva internacional. Luego se sumaron otras voces y hasta el propio titular del FMI reconoció que existen interrogantes sobre la fragilidad de las cuentas públicas norteamericanas. De todos modos, Strauss-Kahn prefirió darle un tono más filosófico al asunto: “No es algo nuevo, pero, por supuesto, el hecho de que estemos en crisis renueva el interés por la cuestión”. Especuló también con que la discusión sobre una nueva moneda tenga lugar “probablemente en los meses que vienen”.

Desde la Casa Blanca, se manifestaron rápidamente varios funcionarios en defensa de la moneda, aunque las primeras declaraciones de Geithner sumaron al desconcierto. El titular del Departamento del Tesoro aseguró que estaba abierto a ampliar el uso de los Derechos Especiales de Giro del FMI. Esto fue interpretado por el mercado como un respaldo a la propuesta china para usar los DEG como reserva mundial. Los DEG representan una canasta de dólares, euros, libras esterlinas y yenes. Tras los dichos, la divisa estadounidense se ubicaba en sus mínimos frente al euro, a 1,365 dólares por moneda comunitaria. La jornada en Nueva York concluyó con un alza de 1,2 por ciento en su índice Dow Jones, impulsado por las buenas cifras que arrojó la actividad inmobiliaria estadounidense. En febrero, la venta de casas nuevas avanzó 4,7 por ciento.

Más tarde Geithner debió volver sobre sus palabras. “Pienso que el dólar debe seguir siendo la moneda dominante de cambio mundial y debe seguir en esa posición por algún tiempo”, precisó durante un discurso ante el Consejo de Relaciones Internacionales, en Nueva York. Consultado sobre ese argumento, Strauss-Kahn opinó que el dólar no cesó de ser una moneda de reserva internacional. “Pero los chinos no piensan eso”, dijo el director general del Fondo.

La administración Obama presentará, en tanto, al Congreso en el transcurso de la semana las bases de una nueva normativa para incrementar la regulación sobre las instituciones financieras extrabancarias. “Una de las lecciones más importantes de la actual crisis es que los peligros de desestabilización pueden venir de instituciones financieras que no sean bancos, pero nuestro sistema regulatorio actual tiene poco mecanismos para lidiar con estos riesgos”, indicó Geithner. Un ejemplo citado fue el de la aseguradora AIG. La compañía operó en uno de los campos legales “más desregulados, tomando riesgos extraordinarios para generar ganancias extraordinarias”, y cuyo derrumbe, en septiembre, “puso en riesgo a todo el sistema financiero”.

El presidente Obama buscará acordar las bases del nuevo marco financiero mundial en la reunión del G-20, la semana que viene en Londres, según afirmó el secretario del Tesoro. El funcionario reconoció que la nacionalización de la banca responde a una política de “tomar riesgos”. “Lo central es que el gobierno debe de estar preparado para tomar los riesgos que los mercados no toman, por cierto período de tiempo”, sostuvo Geithner.

A pesar de los esfuerzos que llevan adelante las principales autoridades monetarias del mundo, el despegue de la crisis se sigue retrasando. Para el titular del Fondo la recuperación de la economía mundial aparecerá para el primer semestre de 2010, pero alertó que sólo será posible si se aplican las “políticas correctas”. “Los procedimientos de saneamiento del sistema financiero son todavía algo lentos. En 2009 va a ser duro”, añadió Strauss-Kahn, y además pronosticó una posible contracción económica en América latina para este año.

Página/12

quarta-feira, 25 de março de 2009

Padres são condenado à prisão por roubar de igreja na Flórida


MIAMI (Reuters) - Dois padres católicos foram condenados à prisão por se apropriarem indevidamente de mais de 8 milhões de dólares de suas igrejas, um roubo que um juiz classificou de "avareza desmascarada".

John Skehan e Francis Guinan foram acusados em 2006 de desviar dinheiro proveniente de coleções de prata e herança de suas igrejas em Delray Beach, na Flórida, e por gastar milhares de dólares em bens imóveis, viagens, moedas raras e namoradas.

Skehan, de 81 anos, foi condenado a 14 meses de prisão e a 7 anos de condicional, após ter se confessado culpado em janeiro por roubo superior a 100 mil dólares.

Guinan, de 66 anos, foi sentenciado na quarta-feira a 4 anos de prisão após o caso ter sido levado à corte e descobrirem sua culpa em uma denúncia de um roubo de menos de 100 mil dólares.

O juiz Jeffrey Colbath decretou a prisão de Skehan apesar dos pedidos do promotor público, advogados de defesa e da diocese de Palm Beach pela sentença condicional apenas, informou o jornal Palm Beach Post.

"A corte percebeu que o réu não está somente arrependido porque ele foi pego, mas também está sinceramente envergonhado e com remorso", disse Colbath, segundo o jornal.

"O crime do réu foi puramente avareza mascarada. Não há nenhum traço de necessidade moral para desculpar o acusado do crime", acrescentou.

(Reportagem de Jim Loney)

Ditadura planejava bomba atômica


CORREIO DO POVO
PORTO ALEGRE, QUARTA-FEIRA, 25 DE MARÇO DE 2009

Documentos do antigo Conselho de Segurança Nacional provam que a ditadura militar planejava fabricar uma bomba atômica brasileira. Em 4 de outubro de 1967, o presidente Costa e Silva reuniu os ministros no Palácio do Planalto para discutir a redação da Política Nacional de Energia Nuclear. O debate se concentrou em incluir ou não no texto a expressão 'para fins pacíficos', que impediria o Brasil de produzir o artefato. Os generais pressionavam a favor da bomba. Costa e Silva sugeriu: 'Não vamos chamar de bomba, vamos chamar de artefatos que possam explodir'.
O sonho bélico, porém, foi adiado por força do ministro das Relações Exteriores, Magalhães Pinto. Ele lembrou que o Brasil era signatário do Tratado do México, que impedia o uso da tecnologia nuclear como arma de destruição em massa.

NOTA DO OMAR: Reparem que o linguajar de Costa e Silva é similar ao de determinada Governadora.

E o Ibope projeta 62,3 milhoes de brasileiros com acesso a web

Clique na imagem:

De acordo com o relatório divulgado agora a tarde pelo Ibope, o total de pessoas com acesso a internet em todos os ambientes (residências, trabalho, escolas, lan houses, bibliotecas, telecentros) no 4o trimestre de 2008 chegou a 43,2 milhoes. O numero considera somente os brasileiros de 16 anos ou mais que moram em domicílios com telefonia fixa. Considerando todos os brasileiros de 16 anos ou mais de idade com posse de telefone fixo ou móvel, o Ibope projeta 62,3 milhoes de pessoas com acesso à internet em qualquer ambiente.

24/03 Blue Bus

CASO DANIEL DANTAS


O silêncio dos jornais

Por Luciano Martins Costa em 24/3/2009
Comentário para o programa radiofônico do OI, 24/3/2009

A Folha de S.Paulo e o Globo ignoraram a notícia, mas o Estado de S.Paulo publica na edição de terça-feira (24/3), com destaque, que o Tribunal Regional Federal da 3ª Região impôs ontem uma importante derrota à estratégia de defesa do banqueiro Daniel Dantas.

O controlador do banco Opportunity queria trancar a ação penal nascida da acusação de corrupção ativa, por tentativa de subornar um delegado federal para ser excluído da chamada Operação Satiagraha.

A decisão é fundamental para o prosseguimento das ações judiciais contra Dantas. Por essa razão, os leitores da Folha e do Globo ficarão menos informados sobre o assunto do que os leitores do Estadão.

A defesa de Daniel Dantas queria que a Justiça Federal considerasse irregular a parceria feita entre a Polícia Federal e a Agência Brasileira de Inteligência – Abin – durante as investigações. Se a Justiça acatasse essa tese, o processo poderia ser abortado, mas os magistrados votaram por unanimidade considerando que a ação conjunta entre a Abin e a Polícia Federal não tem nada de errado.

Muito barulho

Fica, portanto, sobre a mesa, uma questão incômoda para ser respondida pela imprensa. A quem mais, a não ser ao próprio Daniel Dantas, interessaria toda a campanha feita principalmente pelos jornais O Globo e Folha de S.Paulo e pela revista Veja, no sentido de criminalizar as ações da Polícia Federal junto com a Abin?

Fica evidente, até mesmo para o leitor mais distraído com a paisagem, que parte da imprensa brasileira tem dedicado os últimos meses mais energia e espaço à tentativa de desqualificar os investigadores do que a investigar o acusado.

Foi tão desproporcional a concessão de espaço para supostas revelações sobre desmandos atribuídos ao delegado Protógenes Queiroz e ao juiz responsável pelo caso Satiagraha, Fausto de Sanctis, que algum leitor poderia supor que o delegado e o juiz é que eram os principais acusados.

O fato de parte da imprensa omitir na terça-feira (24) de seus leitores que a Justiça Federal considera normal a parceria entre a Polícia Federal e a Abin chega a soprar na brasa da teoria conspiratória segundo a qual o banqueiro contaria com a solidariedade de algumas redações.

Será que foi apenas um "furo" do Estadão? Os outros jornais não têm acesso à agenda da Justiça Federal?

Depois de todo barulho a respeito das ações conjuntas entre as duas instituições, o silêncio da Folha e do Globo chega a ensurdecer.

A disputa pelos leitores

O caso Satiagraha deflagrou uma guerra nos bastidores da imprensa, que só pode ser acompanhada pela internet.

Desde o já clássico confronto entre a revista Veja e o jornalista Luis Nassif, até os vazamentos e contravazamentos de supostas revelações da Polícia Federal, o escândalo envolvendo o banqueiro Daniel Dantas dá uma idéia de outra disputa que marca este começo de século: a disputa entre a imprensa tradicional, de papel, e a nova imprensa, que trafega pelos meios eletrônicos, pela atenção e o tempo dos leitores.

A internet está completando sua segunda década. A configuração gráfica da comunicação entre computadores, inaugurada com o navegador Mosaic, em 1994, cresceu, se espalhou pelo mundo e se miniaturizou, conquistando espaço também nas telinhas dos telefones celulares. O jornalismo infiltrou-se pelos novos meios, e agora o leitor, antigo receptáculo passivo de informações, é também agente e observador da imprensa.

Observatório de Imprensa

terça-feira, 24 de março de 2009

Museu na Irlanda investiga mistério de quadros com premiê nu


Duas telas que mostram o primeiro-ministro da Irlanda, Brian Cowen, nu apareceram misteriosamente em duas das mais prestigiosas galerias da capital, Dublin.

Uma pintura de Cowen com a cueca na mão apareceu na Royal Hibernian Academy, ao lado da coleção regular. Quando um visitante pediu detalhes sobre a tela a um funcionário da galeria, ela foi removida.

A outra tela, em que o líder irlandês aparece sentado na privada, apareceu na Galeria Nacional, virou caso de polícia. A direção da instituição disse que obra ficou exposta durante 20 minutos antes de ser identificada e que depois foi entregue às autoridades para investigações.

As autoridades acreditam que o ocorrido pode se tratar de um ato de subversão política ou de expressão artística, mas se o autor da obra aparecer ele pode ter que se explicar.

A Royal Hibernian Academy ainda está decidindo se leva o caso para a polícia ou não. A pintura de Cowen ainda está no prédio mas foi colocada em um dos escritórios, longe da vista do público.

Há notícia de que uma mulher que viu o quadro manifestou interesse em comprá-lo.

Se o pintor aparecer, ele já pode ter garantido o dinheiro para pagar pelos serviços de um advogado.

bbc

Israel usó a un niño de escudo humano


Por Donald Macintyre *

Un niño de 11 años fue usado como escudo humano por las tropas israelíes durante la última ofensiva en Gaza –incluso cuando estuvieron bajo fuego–, según un informe de los expertos en derechos humanos de la ONU publicado ayer. El informe dice que el 15 de enero, cuando los tanques israelíes entraban a Tel el Hawa, en la ciudad de Gaza, las fuerzas ingresaron a un edificio del cual se habían evacuado a las familias con sus pertenencias personales. Se le dijo al niño que abriera sus valijas, una de las cuales tenía un candado al que le disparó un soldado, sin herirlo, decía el informe. Luego se le ordenó que caminara frente al grupo de soldados mientras se movían por el barrio. Cuando los soldados llegaron a los cuarteles de la Cruz Roja palestina, se obligó al menor a entrar primero y cuando más tarde se disparó contra una patrulla, “el niño permanecía frente al grupo”.

El chico fue liberado cuando la unidad llegó al hospital Al Quds. El informe dice que el incidente “parece estar en directa contravención con el fallo de 2005 de la Suprema Corte de Israel sobre la ilegalidad del uso de escudos humanos”. Radhika Coomaraswamy, un enviado especial del secretario general de la ONU para la protección de niños en los conflictos, también acusó a las fuerzas de disparar sobre niños palestinos, derribar un hogar con una mujer y un niño adentro, y bombardear un edificio en el que había civiles.

Las fuerzas de defensa israelíes dijeron que los soldados habían sido instruidos para que no usaran a la población civil, y estaban llevando a cabo una “investigación a fondo” sobre su conducta durante la guerra. Pero añadían: “En general, las fuerzas hicieron el máximo esfuerzo para evitar hacer daño a los palestinos, a pesar del extenso uso que Hamas hizo de ellos como escudos humanos”. El jefe de Estado Mayor de Israel, Gabi Ashkenazy, dijo que las fuerzas de defensa esperaban una investigación criminal ordenada después que se hicieran públicas las quejas, “pero mi impresión es que actuó moral y éticamente”.

Por otro lado, los padres de un activista de paz estadounidense apelaron públicamente ayer para que se llevara a cabo una total investigación sobre cómo las fuerzas de seguridad israelíes le dispararon a su hijo en la cabeza con un lanzagases lacrimógeno de alta velocidad.

Tristan Anderson, de 38 años, está en condiciones críticas después de tres operaciones cerebrales en el hospital Tal Hashomer, en Israel, como resultado de disparos al final de una manifestación regular conjunta árabe-judía contra la barrera de separación israelí en el pueblo de Ni’lin en Cisjordania.

Los activistas dicen que los disparos –con un alcance de más de 400 metros– fueron hechos directamente contra Anderson desde unos 60 metros, cuando estaba parado con otros activistas en el centro del pueblo. Dicen que estaba bien alejado de la barrera, donde habían tenido lugar las principales protestas anteriormente, el 13 de marzo. Anderson sufrió múltiples fracturas en su cráneo, una gran herida en el lóbulo frontal y la pérdida de un ojo.

Los activistas de paz insisten en que ni Anderson ni sus compañeros más cercanos estaban tirando piedras o eran una amenaza para las fuerzas. La madre de Anderson, quien voló desde California con su marido para estar al lado del lecho de su hijo, dijo ayer que disparar a los manifestantes por la paz era “realmente terrible”. Dijo que la metralla del gas lacrimógeno estaba destinada a ser disparada para dispersar a los manifestantes, pero que en este caso había sido disparada “directamente a la cabeza”.

* De The Independent de Gran Bretaña. Especial para Página/12.

Traducción: Celita Doyhambéhère.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Vaticano preocupado pode pedir boicote ao filme 'Angels & Demons'


O Vaticano está preocupado com o filme 'Angels & Demons', nova superproduçao dirigida por Ron Howard que sai na sequência de 'O Codigo Da Vinci'. O jornal oficial Avvenire publicou matéria na 6a feira dizendo que a Igreja "nao pode aprovar" um filme tao "problemático". O diario La Stampa, de Turin, informou que o Vaticano estaria para pedir um boicote ao filme. 'Angels & Demons' é baseado no livro de Dan Brown e apresenta alguns personagens de 'O Codigo Da Vinci', do mesmo autor. Tom Hanks volta às telas no papel do professor Robert Langdon. A história gira em torno do mistério sobre uma sociedade secreta, os Illuminati, e seu plano para destruir a Cidade do Vaticano. Os produtores pediram permissao para rodar partes do filme no local, mas ouviram um "nao" da Igreja. Noticia do Hollywood Reporter.

Blue Bus

COMENTÁRIO DO OMAR: É o que chamam de "tiro no pé". Ao chamar o boicote o Vaticano está despertando a curiosidade para o filme. Isso já aconteceu várias vezes. Certamente o filme "O Código da Vinci" teve mais expectadores do que teria caso a Igreja Católica não o tivesse criticado com tanta veemência (até porque foi um filme monótono, muito inferior ao livro homônimo).

Bônus pagos pela AIG 'são maiores' do que o calculado

DANIEL PAZ & RUDY, para Página/12

A seguradora americana AIG pagou US$ 280 milhões em bônus a seus executivos, um valor US$ 53 milhões mais alto do que havia sido divulgado anteriormente, segundo o procurador-geral do Estado americano de Connecticut.

Documentos obtidos por Richard Blumenthal indicam que 73 pessoas ganharam mais de US$ 1 milhão e outras quatro, mais de US$ 4 milhões.

A AIG recebeu no final do ano passado um total de US$ 170 bilhões em auxílio do governo, para que não entrasse em concordata.

A possível falência da AIG poderia ter um efeito catastrófico, uma vez que diversas instituições financeiras americanas possuem seguros junto à empresa.

Leia mais na BBC.

domingo, 22 de março de 2009

Organizações de ajuda humanitária alertam para grave situação em Lampedusa


O governo italiano quer criar um centro de deportação de estrangeiros na remota ilha de Lampedusa, onde embarcações de refugiados africanos deverão permanecer por até seis meses. Um projeto que vem sendo muito criticado.

A situação nos dois campos de refugiados de Lampedusa é tensa. As pessoas vivem num espaço físico extremamente reduzido, numa atmosfera permeada pela insegurança, pelo medo e pelo tédio, o que leva automaticamente à agressão. Nenhum dos dois campos foi projetado para abrigar tanta gente por tanto tempo.

Diante desta situação, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR), a Cruz Vermelha italiana, a Organização Internacional para Migração (IOM) e a organização de ajuda humanitária Save the Children enviaram uma severa nota de protesto ao ministro italiano do Interior, Roberto Maroni.

Revogação de um projeto europeu?

De início, os refugiados eram mantidos em Lampedusa por apenas alguns dias, onde eram primeiramente recebidos, para serem então enviados a alojamentos na Sicília e nas regiões continentais da Itália. Dali, podiam facilmente desaparecer e cair na clandestinidade. É exatamente isso que o governo italiano afirma que pretende evitar.

"Dizemos claramente que qualquer espécie de alojamento permanente em Lampedusa é extramente difícil. Quando, em janeiro, todo o transporte que sai da ilha foi interrompido, as condições de vida para os migrantes se tornaram absolutamente insuportáveis", diz Barbara Molinario, do UNHCR. Naquele momento, havia 1800 pessoas encurraladas no campo central de refugiados da ilha, um espaço que é capaz de alojar, por um curto espaço de tempo, apenas 800 pessoas."

"Queremos, por isso, acentuar abertamente que o modelo antigo era exemplar: acolhíamos os migrantes, prestando ajuda e informando as pessoas a respeito de seus direitos, para então transferi-las para centros maiores, nos quais há estruturas adequadas", diz Molinario.

Controle de "fluxo migratório"

O modelo antigo de abrigo de refugiados em Lampedusa, financiado pela União Europeia, tinha realmente um caráter exemplar. Organizações de ajuda humanitária e autoridades governamentais italianas pretendiam testar, através de um projeto especial, como o "fluxo migratório misto" poderia ser gerenciado. A Itália, porém, começou a questionar o projeto após a troca de governo em Roma.

No último ano, quase 32 mil pessoas vindas da África e da Ásia chegaram à pequena ilha de Lampedusa. Molinario observa que os migrantes que ali chegam geralmente passaram por uma viagem arriscada, na qual correram perigo de vida. O governo italiano conservador de direita, contudo, os qualifica de "imigrantes ilegais".

"Isso não está certo", diz Molinario. E as estatísticas do último ano dão razão a ela: de todos aqueles que chegaram a Lampedusa, poucos haviam deixado seus países de origem apenas por razões econômicas. Setenta por cento entraram com um pedido de asilo na Itália, sendo que a metade conseguiu. Para Molinario, esses dados já falam por si, deixando clara uma situação que o Ministério do Interior não pode ignorar: "São pessoas que não têm outra alternativa", diz ela.

Construção de campos para refugiados

No momento, mais de 700 migrantes encontram-se em Lampedusa. Mais do que isso a ilha não comporta. Os dois campos de refugiados encontram-se em obras. Na última semana, quando quatro embarcações atracaram com mais de 500 pessoas a bordo, as autoridades transferiram a maioria dos passageiros, em estado de completo esgotamento, diretamente para uma balsa rumo à Sicília.

Os representantes das Nações Unidas protestaram também contra esse transporte, diz Molinario: "É preciso haver um equilíbrio. Não é possível que as pessoas sejam transportadas para outros lugares desse jeito, tão rapidamente, que nem conseguimos encontrá-las. Por outro lado, também não pode haver nenhum centro de deportação que lote imediatamente".

Triagem pela cor da pele

Federica Bertolin, da organização humanitária Save the Children, que cuida especialmente de refugiados menores, concorda com Molinario. "Ficamos preocupados quando não encontramos crianças e adolescentes entre os migrantes. Isso costuma ocorrer quando eles já são separados após serem salvos. O que realmente é decidido com base na cor da pele".

Bertolin relata que observou com espanto como refugiados de pele clara, provindos do norte da África, teriam chegado ao centro de deportação de Lampedusa, enquanto os africanos negros foram enviados, sem descanso, para a Sicília. "Não tive nem dez minutos para perguntar como eles iam", diz Bertolin, ao comentar o que considera é um desrespeito absoluto aos direitos dos refugiados.

Jovens ou adultos?

A organização Save the children também protestou contra a construção do chamado "Centro de Identificação e Deportação" em Lampedusa. Bertolin cita alguns dos vários pontos críticos, restringindo-se aos refugiados menores: "Uma radiografia da articulação da mão é a única possibildiade de avaliar a idade do refugiado aqui, embora este teste não seja, por várias razões, a melhor alternativa. O que acontece é que acabam transformando menores em adultos".

Menores de idade não podem ser deportados, ao contrário dos adultos. E a margem de erro no teste que mede a articulação da mão é de aproximadamente dois anos. Uma situação que gera insegurança não apenas entre os migrantes, mas também entre os membros das organizações de ajuda humanitária que os auxiliam. Em abril, o governo italiano promete se pronunciar a respeito do futuro de Lampedusa.

Autora: Sandra Petersmann, para Deutsche Welle
Revisão: Simone de Mello

California purga su opulencia

Schwarzenegger, atual Governador da California:

En el estado más poblado de EE.UU. se agudizan los desequilibrios | Los 'sin techo' de Sacramento acampan junto al río, sin luz, agua ni letrinas

Estados Unidos se halla en el epicentro de una crisis económica global. Los corresponsales de La Vanguardia han recorrido el país en busca de los escenarios y los rostros de la recesión. Los problemas y desequilibrios de la superpotencia no son nuevos, pero ahora se exacerban y se hacen más visibles. La clase media se encoge. La educación y la sanidad presentan déficits escandalosos. El boom inmobiliario y la euforia consumista han dejado muchas víctimas por el camino. La serie que se publica a partir de hoy expone historias de perdedores de la recesión, pero también ejemplos de coraje personal y de solidaridad colectiva, de iniciativa empresarial y de apuesta por la revolución verde que promueve Barack Obama y que pretende sentar las bases de la nueva América que puede emerger de la crisis.

Cerca de aquí, en el mismo río Americano, se encontró oro en enero de 1848. Aquel descubrimiento propició la etapa conocida como the gold rush,la fiebre del oro, inicio de la colonización masiva de California. Hoy este paraje, en el centro de Sacramento, la capital del estado, registra otro flujo muy distinto. En los terrenos baldíos entre las vías de tren y el río, también bajo los puentes, se ha instalado un campamento de los sin techo. Decenas de pequeñas tiendas de campaña cobijan a quienes no caben en los albergues de la ciudad. No disponen de agua, luz ni letrinas. Cuando cae la noche, varios coches de la policía patrullan la zona.

Jeffrey Stall y su esposa, Louise, una pareja de treintañeros, llevan tres días instalados. El 2 de marzo nació su primer hijo, Jeffrey jr., mediante parto por cesárea. Pero tuvieron que dejar al bebé en el servicio de custodia infantil por carecer de medios para atenderlo. Los Stall fueron desahuciados por la brava de su vivienda. El dueño cambió la cerradura y los dejó en la calle. No podían pagar los 700 dólares mensuales de alquiler. Jeffrey perdió su empleo como empaquetador de ropa en una empresa cuando fue operado de una infección en la médula espinal. Ahora asegura que aceptaría cualquier cosa. "No me importa, aunque sea freír hamburguesas en un McDonald´s - afirma-. Necesitamos dinero, un lugar para vivir y recuperar a nuestro niño". Ellos hubieran podido ir a un albergue, pero allí exigen a hombres y mujeres dormir en áreas distintas. Louise no quiere separarse de su marido. Jeffrey no entiende que en Estados Unidos se den situaciones como la suya: "Gastamos miles de millones en otros países y no ayudamos a nuestra propia gente", se lamenta.

La organización privada Loaves & Fishes (panes y peces), que se nutre sólo de donativos, proporciona comida a los habitantes del campamento y les cede sus instalaciones para asearse. La monja católica Libby Fernández, directora de esta fundación humanitaria, dice que siempre ha habido gente sin techo en Sacramento, pero ahora, como consecuencia de la crisis, comienzan a verse afectadas capas sociales nuevas, no sólo los desamparados tradicionales que solían arrastrar problemas de drogadicción, alcoholismo o desequilibrios mentales. La hermana Libby constata que "la clase media se ha encogido mucho". "Siempre nos enorgullecíamos de tener una clase media fuerte en comparación con otros países, como los latinoamericanos; pero ahora los pobres amenazan con ser aquí también mayoría - concluye-. La culpa es del consumismo. La gente se endeuda y se endeuda, sin dar valor a lo que compra. Ojalá la crisis sea una lección".

A un diagnóstico parecido llega el historiador y ensayista californiano Joel Kotkin. Él cree que el Golden State, el más poblado de la Unión, refleja "de una manera más aguda y exagerada los problemas del país", entre ellos el pinchazo de la burbuja inmobiliaria, el deterioro de la educación escolar y lo que él llama "bifurcación de la sociedad", una clase alta pequeña, aunque significativa, y una clase baja muy grande. Coincide en que "la clase media ha sido erosionada en California durante muchos años". "Y pagamos un precio por ello", concluye. Kotkin considera que en el estado hay una regulación exagerada por parte de los poderes públicos que desincentiva la inversión. También supone un lastre, a su juicio, la licitación exagerada, la cultura del pleito. Cita el caso de la protección ecológica: "Está ese grupo de medioambientalistas muy ricos que, francamente, tienen al Estado agarrado por el cuello".

California acaba de superar una grave crisis presupuestaria que había paralizado al Gobierno estatal. Se plantearon medidas drásticas como el despido de 20.000 funcionarios y se llegó a suspender la devolución de impuestos a particulares. Para reequilibrar las finanzas públicas se han subido tributos, se han recortado gastos y se ha incrementado aún más la abultada deuda. En parte, la crisis californiana se debe a un reparto de poder que favorece la parálisis. El legislativo de Sacramento, controlado por los demócratas, se atribuye muchas prerrogativas. El gobernador, el republicano Arnold Schwarzenegger, suele tener las manos atadas, igual que sus predecesores.

Símbolo universal de la opulencia made in USA, California continúa siendo un motor de la innovación tecnológica. Su emblema es Silicon Valley, al sur de San Francisco. Pero ahí Kotkin ve una tendencia preocupante. "En el pasado, cuando se producía una innovación, también creaba oportunidades para la fabricación industrial a un nivel más bajo y daba muchos empleos a los proveedores - explica-. Cuando Hewlett Packard desarrollaba un producto, solía investigarse, fabricarse y comercializarse aquí. Ahora puedes tener un producto originado en Silicon Valley, pero el empleo que se crea es minúsculo comparado con el de antes. La huella laboral es muy pequeña. Es un fenómeno parecido al del sector de servicios financieros en Nueva York. La economía se vuelve muy abstracta. Se mueve a un nivel muy alto, pero se pierde el nivel medio. La economía se ha vuelto mucho menos democrática".

Desde su despacho en la conservadora Hoover Institution, en el campus de la Universidad de Stanford, una de las joyas académicas del país, el profesor de economía John Taylor ve el futuro con más optimismo.

Este ex vicesecretario del Tesoro de Bush entre el 2001 y el 2005 piensa que el Gobierno no ha afrontado bien la crisis, que la subida de impuestos no es la solución y que es peligroso que se imponga la "mentalidad de rescate" público de las empresas. Con todo, confía en el futuro de Estados Unidos y de California en particular.

Asesor de Schwarzenegger, Taylor admite la complejidad de gobernar California, si bien destaca el positivo balance histórico. "Creció muy rápido después de la Segunda Guerra Mundial, se tomaron muchas decisiones y tuvo la fortuna de contar con Reagan como gobernador". Acepta que el nivel escolar ha bajado y es un problema, pero insiste en el "enorme potencial y recursos". "California es bonita, hay industrias relevantes como la del cine, Silicon Valley, laboratorios de investigación, universidades públicas de calidad. En cierto sentido es sorprendente que las cosas no vayan mejor".

INTERNET › YOUTUBE BLOQUEO LOS VIDEOCLIPS EN GRAN BRETAñA


Una guerra de regalías

Por Andrew Keen *

Esta semana, la música murió para los usuarios ingleses de YouTube: el martes pasado, Google –la empresa madre de YouTube– empezó a bloquear a los usuarios para ver lo que llaman “videos musicales premium” en la plataforma de Internet más popular. La razón, por supuesto, fue el dinero: Google no pudo cerrar una nueva licencia o un acuerdo de regalías por el contenido de YouTube con la Performing Rights Society (PRS), el ente que recolecta en Gran Bretaña las regalías de los músicos. Naturalmente, ambas partes entraron en una sobrecarga de operaciones de prensa: PRS encontró la decisión de Google “particularmente decepcionante”, mientras que un vocero de Google protestó porque las demandas financieras de PRS eran “tan prohibitivas” que habrían forzado a YouTube a “perder sumas significativas con cada pasada”.

Los fans ingleses de la música no deberían sentirse especialmente perseguidos. Lo mismo sucedió en Estados Unidos en diciembre pasado, cuando Google, alegando una “imposibilidad de alcanzar términos comerciales aceptables”, bajó del sitio todos los videos musicales de Warner Music Group. Que todos los videos de Warner, de The B-52’s a Jane’s Addiction, desaparecieran abruptamente, fue un cruel regalo de Navidad para los usuarios regulares de YouTube.

Entonces, ¿qué está pasando, por qué esta súbita guerra entre YouTube y el negocio de la música? La verdad es que Google –que se encuentra bajo una severa presión económica, a causa de la declinación de la publicidad online y la potente competencia de nuevos medios sociales como Facebook y Twitter– está empezando a jugar fuerte con YouTube. No sorprende: YouTube, que es hoy el cuarto website más visitado y el segundo buscador más grande en Internet, controla alrededor del 60 por ciento del mercado de video online de Estados Unidos, con la música representando un 30% de sus visionados y un 47 por ciento de sus creativos más populares perteneciente a la música. Pero este tráfico masivo (estimado en cinco billones de visionados musicales por mes en Estados Unidos) no se está trasladando a la recaudación publicitaria, con el sitio aún vendiendo apenas un 3% de su capacidad.

Lord Carter, ministro de Comunicaciones, Tecnología y Transmisiones de Inglaterra, informó la semana pasada a un Comité de la Cámara de los Comunes sobre la situación entre PRS y YouTube: “Es un ejemplo de cómo valorar y financiar el contenido en el mundo digital... Hemos tenido décadas de contenido financiado de una única manera –vía pago de derechos y publicidad–, y ese modelo está cambiando a rápida velocidad”. Lord Carter incluso podría estar subestimando la naturaleza sísmica de los cambios en el negocio musical. Ciertamente todo está cambiando, con los sellos tradicionales, licenciatarios, publicitarios y vendedores siendo reemplazados por un radicalmente nuevo ecosistema de artistas, productores, distribuidores y consumidores. Y, para la sorpresa de casi todos, es YouTube –un proyecto con cuatro años de vida, iniciado por tres geeks de Silicon Valley que sólo querían un servicio simple para transmitir online videos de sus amigos y mascotas– el que se está convirtiendo rápidamente en el jugador decisivo.

La música no está muerta en YouTube. Google y PRS llegarán a un acuerdo y Google eventualmente firmará también acuerdos estratégicos con las cuatro grandes compañías discográficas. La música en Internet tiene hoy un tono diferente: Google está conduciendo las cosas con su nueva batuta de YouTube. Y no a todos les gustará lo que están escuchando.

* De The Independent de Gran Bretaña. Especial para Página/12.

sábado, 21 de março de 2009

Mil millones de personas no disponen de agua potable


Los especialistas reunidos esta semana en el V Foro Mundial del Agua enfatizaron que mientras la cantidad de personas y el nivel de vida general aumentan, las regiones secas avanzan por el cambio climático, por lo cual dos tercios de la población global pueden tener en unos años dificultades de acceso a ese recurso vital.

Las declaraciones fueron efectuadas con motivo de celebrarse mañana el Día Mundial del Agua, según lo dispuesto por las Naciones Unidas desde el 22 de diciembre de 1993.

"Sobre la mesa del comedor aparece un kilo de carne para el consumo; pero para su producción se necesitaron entre 6000 y 20.000 litros de agua dulce", dice una declaración del foro del Agua.

En coincidencia con este enfoque, el responsable de Tierras y Aguas de la organización alimentaria de las Naciones Unidas FAO, Jan Van Wambeke, afirmó que "una persona sólo necesita de tres litros de agua al día, pero para producir sus requerimientos alimenticios diarios, se necesitan 3 mil litros de agua".

Wambeke enfatizó que la agricultura demanda el 70 por ciento de las extracciones de agua dulce a nivel mundial, y opinó que el reto de la agricultura es producir más alimentos con menos agua.

El énfasis sobre la legislación de las cuencas hidrográficas comunes entre países, que involucra áreas en las que vive un 40 por ciento de la población mundial, es este año el motivo de la jornada, ya que de las 263 cuencas hidrográficas internacionales y sistemas acuíferos transfronterizos, 158 carecen de marco común de gestión.

Existe una amenaza de "stress por el agua", de huida de los territorios en crisis y, en el peor de los casos, de guerras por los recursos en peligro de desaparición, enfatiza un documento del Foro, según consignó la agencia alemana de noticias DPA.

Unos mil millones de personas no disponen en la actualidad de agua potable de una población total de 6800 millones, que crecerán a 7 mil millones para 2012 y unos 9 mil millones en 2050, según pronósticos divulgados en el Foro Mundial del Agua.

"El cambio climático se manifestará primero y, sobre todo, a través del agua, por medio de sequías, inundaciones, huracanes, deshielos o un aumento del nivel del mar", anticipó Mark Smith, experto en agua de la Unión para la Protección de la Naturaleza (UICN).

"En muchas regiones la escasez de agua y la contaminación amenazan cada vez más el bienestar de las personas", opinó Smith. El secretario general del V Foro Mundial del Agua, Oktay Tabasaran, afirmó que "la agricultura tiene el mayor potencial de ahorro, ya que consume unos dos tercios del agua dulce utilizado en el mundo".

Según cifras de la FAO, América Latina y el Caribe poseen el 15 por ciento de la superficie de tierras del planeta, el 10 por ciento de la población mundial y aproximadamente el 42 por ciento del agua dulce del mundo, en tanto, la región recibe el 30 por ciento de las precipitaciones a nivel mundial.

El representante regional de la FAO para América Latina y el Caribe, José Graziano da Silva, consideró que "con el cambio climático, el acceso al agua puede convertirse en un desafío mayor que el acceso a la tierra para la agricultura".

La FAO impulsa el uso del agua de manera eficiente a través de iniciativas como la mejora de los esquemas de riego, y la reglamentación del tratamiento de aguas servidas y contaminadas para su reutilización en la producción agrícola.

"Desde 1900 se perdieron la mitad de las tierras húmedas del mundo, nuestra principal fuente de agua dulce, por eso es decisivo poner fin al deterioro de los ecosistemas de tierras húmedas transfronterizas, a fin de garantizar un suministro estable de agua para el hogar, la agricultura y la industria", enfatizó da Silva.

En las 263 cuencas hidrográficas transfronterizas del planeta está comprendido el territorio de 145 países, y cubren casi la mitad de la superficie terrestre de la Tierra.

Los grandes depósitos de agua dulce también circulan por debajo de las fronteras en los acuíferos subterráneos transfronterizos, de los que se conocen más de 270 a nivel mundial.

Página/12

Astronauta japonês testa cueca espacial


Ewerthon Tobace
De Tóquio para a BBC Brasil

O astronauta japonês Koichi Wakata, que chegou à Estação Espacial na última terça-feira, tem, entre as tarefas que terá que executar, uma missão fora do comum: testar uma nova cueca desenvolvida para diminuir o mau cheiro e absorver o suor.

Wakata, de 48 anos, está proibido de trocar as roupas íntimas - que incluem camiseta, cueca e meias - mais do que uma vez por semana.

As novas peças - fabricadas em material que contém fios de polímeros anti-bactericida - foram criadas por pesquisadores da Universidade Feminina do Japão em conjunto com outras cinco fabricantes de roupas locais.

Segundo a Agência de Investigações Aeroespaciais do Japão, elas também absorvem o suor e outros líquidos, separando-os do corpo humano e secando em questões de minutos.

Em geral, os astronautas trocam de roupa apenas a cada três dias no espaço, porque não há água suficiente para lavar as peças. Os "banhos" são tomados com a ajuda de esponjas umedecidas.

Mas com as missões espaciais cada vez mais longas, cientistas estão buscando formas de fazer com que as roupas da tripulação possam ser usadas por mais tempo.

Segundo a mídia japonesa, as empresas que criaram as peças também pensam em usar a mesma tecnologia para desenvolver roupas para quem vive na Terra.

Missão

Wakata será o primeiro japonês a ficar tanto tempo no espaço - serão três meses no total - e sua principal missão será concluir a construção do Módulo Experimental Japonês, chamado de Kibo.

O Kibo, que em japonês significa esperança, foi desenvolvido para conduzir pesquisas científicas em órbita. No compartimento cabem até quatro astronautas, que realizarão os experimentos.

Wakata tem uma grande facilidade de manipular braços robóticos, essencial para seu trabalho no espaço.

Durante o treinamento na Nasa, a agência espacial norte-americana, ele também ajudou no desenvolvimento do aparelho que faz inspeção em busca de danos na aeronave.

16 tarefas

Mas o astronauta terá outras estranhas tarefas a cumprir, além de testar a roupa íntima espacial.

Entre os desafios está pingar colírio nos olhos em gravidade zero, "voar" num "tapete mágico", dobrar roupas e praticar queda-de-braço com outros astronautas.

No total, são 16 tarefas inusitadas, escolhidas entre 1.597 sugestões enviadas pelo público, que participou de uma promoção feita pela própria Agência de Investigações Aeroespaciais do Japão.

Wakata chegou à Estação Espacial Internacional na última terça-feira, junto com a tripulação do Discovery, lançado ao espaço no dia 15.

O japonês vai substituir a também engenheira de bordo da estação, a norte-americana Sandra Magnus, em órbita desde novembro. Ela volta à Terra com o Discovery.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Yamandu Costa: com os dedos no mundo


Violonista brasileiro fala de sua relação com a Alemanha, recorda suas origens fronteiriças e diz que a bossa nova pode ser muito famosa no exterior, mas não é o movimento musical mais importante do Brasil.

O músico gaúcho Yamandu Costa está de volta aos palcos europeus, fazendo valer mais uma vez o fascínio que a música brasileira exerce no Velho Continente.

Depois de se apresentar no último dia 10 de março na Brotfabrik de Frankfurt, ao lado do contrabaixista Guto Wirtti e do violinista Nicola Krassik, numa noite de ingressos esgotados, o instrumentista segue com sua temporada pelo exterior, que até o dia 21 de março terá passado também por Holanda, Bélgica e Áustria, indo depois para os Emirados Árabes.

Yamandu está convicto de que a terra de Beethoven é uma "república do violão". Afinal, não foi na Alemanha que seu ídolo maior, Baden Powell, fez sua casa, instalando-se em 1983 numa cidade curiosamente chamada Baden-Baden?

Yamandu goza de intimidade cada vez maior com o público alemão. No ano passado, chegou a lançar um disco solo chamado Mafuá, que foi gravado em Osnabrück para o selo fonográfico germânico Acoustic Music Records. Um belo trabalho, inclusive com uma singela homenagem ao alemão Johann Sebastian Bach: uma das músicas chama-se Bachbaridade.

Em 2009, ele volta como que para ilustrar as palavras elogiosas do produtor Peter Finger, guitarrista alemão que está por trás de Mafuá e que afirmou no encarte do disco: "Tudo é perfeito nesse jovem: técnica, musicalidade, groove, humor e uma incontrolável alegria de tocar".

Antes de entrar em cena no show da Brotfabrik, um evento que foi organizado pelo CCBF – Centro Cultural Brasileiro em Frankfurt –, Yamandu concedeu entrevista exclusiva à Deutsche Welle.

DW-WORLD.DE: Você parece muito disposto a cativar o público alemão. Ele é muito especial para você?

Yamandu Costa: A Alemanha é o país onde eu mais toco fora do Brasil. Eu gosto muito de gente que gosta de violão, e os alemães são completamente apaixonados pelo instrumento, é impressionante. Em cada buraquinho da Alemanha tem um festival de guitarra. Já toquei em todos os cantos do país, fiz um disco por um selo alemão, um álbum produzido por um guitarrista muito importante.

É provável que essa afinidade com a Alemanha venha do fato de você ser do sul do Brasil. Seus pais também eram músicos. Eles conseguiam viver exclusivamente da arte?

Totalmente. Meu pai tinha um grupo de música no sul do Brasil chamado Os Fronteiriços, que tocava em bailes gaúchos. Eles eram um grupo vocal que também fazia shows em festivais, tudo muito bem elaborado, com um nível muito bacana. A minha família sempre foi muito ligada em música.

Você mal havia completado quatro anos de idade e já estava gravando disco. Conte um pouco mais sobre isso.

Naquela época eu era cantor mirim dos Fronteiriços. Tinha um movimento nativista, de regional gaúcho, que tinha uma música que falava de machismo. Eu é que a cantava, ainda criança. Era bem cômico. Aí surgiu um cara que queria patrocinar um disco meu. Ele chegou a ser gravado, mas não saiu.

Seu nome de batismo vem do tupi-guarani e você cresceu ouvindo músicas folclóricas gaúchas. A família pelo jeito era muito nacionalista, certo?

Sim, muito, mas era um nacionalismo internacional (risos). Na verdade era mais um sentimento latino-americano muito forte. Eu me criei num mundo que não tem fronteiras, ali onde Brasil, Argentina e Uruguai são a mesma coisa. Falamos também espanhol, tocamos os ritmos daquela região e Os Fronteiriços eram totalmente voltados para isso.

Aliás, eu acho que essa é a minha contribuição para o Brasil, de unir esses países tocando as músicas dos três lados, tanto o choro e a milonga como o tango. Minha missão é juntar essas escolas. É um sentimento gaúcho, do pampa.

Outro dia eu estava lendo umas cartas do Atahualpa Yupanki falando exatamente disso, dessa quebra de fronteiras do comportamento do índio e do gaúcho, quando os dois se fundem na mesma figura. A gente se criou num universo muito patriótico, mas ligado à América Latina em geral.

Um fato interessante é que sua música, mesmo identificada com todas essas raízes, nunca foi rotulada de regionalista, um peso que outros artistas, como o seu conterrâneo Renato Borghetti, precisam carregar.

É que eu nunca liguei para esse preconceito que existe contra a música regional. Eu venho desse berço, toco de bombachas, de alpargatas, e tenho um orgulho danado disso. Só que eu também toco outras coisas, já tendo gravado com Paulo Moura, com Armandinho Macedo e Dominguinhos.

Esses rótulos não têm mesmo o mínimo fundamento porque a música está acima disso, não é? Hermeto Paschoal também é um músico completamente "regional", assim como Egberto Gismonti e Gilberto Gil. Todo mundo que faz um trabalho que tem a cara de um país acaba esbarrando nisso, porque é um sentimento popular. Villa-Lobos adorava isso.

Uma de suas grandes referências musicais foi o argentino Lúcio Yanel, que você viu tocar bem cedinho, no começo de sua vida. Como foi gravar o disco Dois Tempos com seu ídolo, em 2000?

O Lúcio era um parceiro de casa. Ele morou na casa dos meus pais, e eu tenho uma história com ele que eu acho genial, e que pouca gente tem com o seu mestre, com a pessoa que lhe inspirou a fazer música. Certa vez, quando estávamos passando por uma séria dificuldade financeira na nossa casa, meu pai ficou doente, e a comida na geladeira acabou.

Isso foi em 1994, por aí, e o Lúcio estava voltando a morar conosco. Olhávamos também para as prateleiras e não tinha nada para comer. E agora? Meu pai tinha escrito um livro, que teve uma tiragem grande, e o Lúcio pegou os que a gente tinha em casa e falou que ia dar um jeito na situação. Fomos para o centro de Porto Alegre, para a Rua da Praia, um lugar que era ponto de encontro para muita gente. O Lúcio é muito comunicativo e conhecido.

Em meia hora, vendemos todos aqueles livros, levantamos uma grana, voltamos para casa, compramos carne e já fomos fazer um churrasco, onde tocamos até as cinco da manhã. Quer dizer, o que eu tenho pelo Lúcio não é só uma convivência de admiração, é uma coisa completamente familiar. Eu me lembro do cheiro dele de manhã! E o nosso disco nasceu das noitadas em que ficávamos tocando lá na nossa casa.

Outro músico que o influenciou bastante foi Baden Powell, ícone da MPB também na Alemanha. Você concorda que Yamandu tem mais a ver com o Baden dos chamados afro-sambas, feitos em parceria com Vinícius de Morais, do que com o violonista que integrou a bossa nova?

O Baden da bossa é muito devagar, não é? Até ele mesmo achava isso.

É a faceta dele mais conhecida.

Isso fora do Brasil. É muito curiosa essa história da bossa nova. Ela é um movimento importante, mas se fala dela como se fosse "o" grande momento. De fama foi, mas não de importância, porque senão não estaríamos fazendo justiça ao samba nem ao choro. O Baden sempre teve muito mais ligação com os dois. Quando ele compôs Astronauta (com Vinícius de Morais), ele flertou com a bossa daquela época, mas ele sempre esteve acima disso.

Tanto que os grandes do movimento sempre namoraram a bossa, mas tinham suas coisas por fora. Tom Jobim, por exemplo, que sempre foi um homem sinfônico, um artista que ajudou a criar aquela história toda, tinha uma cabeça muito maior que a bossa.

A bossa nova é uma música diplomática, que tem um conceito de agregar jazzistas e todo mundo que a possa cantar. Ela é muito importante para o Brasil, mas não está sozinha.

E o choro, também estava dentro da tua casa?

Sim, porque o meu pai tocava cavaquinho. Lembro-me que quando ele tocava Odeon, do Ernesto Nazareth, era uma coisa! Era a música mais difícil que ele tocava, e ele tinha uma grande admiração por ela. Eu ficava até com medo da Odeon.

O choro começou assim para mim. Meu pai era um homem que tinha muita preocupação com os fundamentos, em respeito aos movimentos. E ele me falava: se você quer tocar música brasileira, tem que mergulhar no choro, porque essa música tem tudo. Tem técnica, linguagem, é um tipo de música que existe no Brasil todo, e em cada região do país há um sotaque de choro.

E cantar, é só um capítulo do seu passado, dos tempos que você estava nos Fronteiriços?

Eu sempre gostei muito de cantar, mas quando o cara começa a tocar tem que se dedicar. Eu ainda não voltei a cantar porque não compus as músicas para isso. Não quero ser intérprete de ninguém. Já tive convite do Paulo César Pinheiro para fazermos uma suíte sobre o Sul, mas isso ainda não me veio.

Mas sinto que a hora está chegando, que cada vez mais eu cantarolo melodias nos meus concertos e parece que a voz quer se manifestar. Mas a gente tem que ter cuidado com isso. Tenho uma voz bonita, canto bonito, mas não é nada especial a ponto de pensar numa carreira de canário.

A Europa emite sinais de que está aberta para a sua arte…

Venho à Europa duas ou três vezes ao ano, mas não é fácil. Às vezes fazemos sete concertos em dez dias, não há tempo para fazer mais nada. Eu gosto de confraternizar com bons músicos de outros lugares depois dos nossos shows, nas tais "guitarradas", que é como a gente chama na América Latina, de tocar violão junto com os outros e beber cerveja.

Mas aqui tem muito problema com o silêncio, não é? Depois de certa época, sair do Brasil fica parecendo mais uma missão. É importante conhecer outras gentes e lugares, levando a música do Brasil de uma maneira diferente do "oba-oba".

Autor: Felipe Tadeu, para Deutsche Welle

Revisão: Alexandre Schossler

Escola estimulava luta de estudantes em jaula, diz jornal


Uma escola de ensino secundário nos Estados Unidos estimulava seus estudantes a resolver diferenças em brigas dentro de uma jaula de aço, de acordo com denúncias feitas por um jornal local.

O Dallas Morning News, do Texas, disse que teve acesso a um relatório de uma comissão texana que investigava denúncias de irregularidades com notas de alunos da escola.

A comissão teria descoberto que pelo menos duas brigas ocorreram na suposta jaula localizada no vestiário masculino da escola South Oak Cliff High entre 2003 e 2005.

O relatório cita um professor dizendo que o diretor da escola na época, Donald Moten, instruiu um funcionário a colocar dois estudantes "na jaula e deixar eles se entenderem".

Procurado pelo jornal, Moten negou as acusações dizendo que as brigas nunca aconteceram.

O Dallas Morning News diz que a mãe de um dos alunos que supostamente teria brigado na jaula retirou-o da escola e se mudou de cidade logo após o ocorrido.

Angela Williamson disse que seu filho Cortland lhe contou que lutou por entre 5 e 10 minutos dentro da jaula em 2004, enquanto outros estudantes assistiam a briga aos gritos.

Ela diz que foi ignorada quando tentou levar o caso às autoridades.

Um integrante da secretaria de educação de Dallas, Jerome Garza, disse estar "chocado que isso possa ter ocorrido e ter sido aprovado por uma administração profissional".

BBC