sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Cemitério tinha túmulos ''suspeitos''


O deputado federal Paulo Maluf ordenou, quando era prefeito da capital paulista, a construção do cemitério de Perus. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), o local tinha quadras específicas para receber corpos de "terroristas". Documentos entregues à Justiça apontam que o projeto original do cemitério previa um crematório. A prefeitura teria desistido após a empresa contratada ter estranhado não haver previsão de local para orações.

Segundo as ações do MPF, o governo municipal chegou a fazer sugestões para mudar a legislação e dispensar a autorização da família para cremações, o que possibilitaria que indigentes fossem cremados.

As denúncias salientam a participação de agentes do Departamento Estadual de Ordem Política e Social (Deops), órgão estadual de repressão que teve como chefe o senador Romeu Tuma. Segundo o MPF, documentos comprovam interrogatórios "sob tortura" na instituição e demonstram que Tuma tinha conhecimento das várias mortes ocorridas sob a tutela de policiais do Deops, mas não as comunicou aos familiares dos mortos. "Depois de 39 anos, abordar de forma leviana um assunto dessa natureza é, no mínimo, uma acusação ridícula", disse Maluf, em nota. A assessoria de Tuma disse que o senador ainda não recebeu informações sobre a denúncia.

Correio do Povo

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