sábado, 28 de fevereiro de 2009

Bombeiro Reaprende a Falar Com Ajuda de Papagaios


Um bombeiro que havia perdido a fala num acidente de trânsito reaprendeu a usar as cordas vocais com a ajuda de dois de seus papagaios. De acordo com o diário britânico Telegraph, Brian Wilson, de Maryland, nos Estados Unidos, havia perdido a habilidade de falar há 14 anos, mas as conversas diárias com seus animais de estimação deixaram perplexos os médicos - que acreditavam que o homem nunca mais voltaria a dizer uma palavra.

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Descubierta una nueva especie de pez 'psicodélico'



La Vanguardia

Madrid. (EUROPA PRESS).- El pez 'psicodélico' (Histiophryne psychedelica, en su nombre completo), descubierto hace 20 años, ha sido catalogado recientemente por los científicos como una nueva especie debido a un fallo en su etiquetado, según un informe de la revista científica 'Copeia' que recoge la BBC.

La especie, que en aquel entonces quedó "en un anaquel mal etiquetado y absorviendo polvo hasta este hallazgo más reciente", fue localizada el año pasado por submarinistas frente a la isla de Ambon, en la zona oriental de Indonesia.

Los submarinistas, sorprendidos, le hicieron fotos y, ya en tierra firme, no fueron capaces de identificar la especie, por lo que enviaron las imágenes a un experto en peces-sapo de la Universidad de Washington.

El pez psicodélico es de colores muy intensos, salta en el fondo del mar, pertenece a la familia de los peces-rana y es "de una belleza única entre sus iguales". Tiene, además, una amplia cara plana, mejillas espesas y barbilla y los ojos se parecen a los de un humano. Por eso, la impresión que causó a los submarinistas fue la de "una pelota de goma inflada" que saltaba sobre el fondo del mar.

Estilo ‘absolutista' de papa atrai críticas


Assimina Vlahou
De Roma para a BBC Brasil

Quatro anos após ser eleito, o Papa Bento 16 está enfrentando críticas cada vez mais frequentes de teólogos, analistas e religiosos dentro e fora da Igreja Católica, que o acusam de ter um estilo recluso e liderar a Igreja de forma autoritária.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil afirmam que decisões tomadas recentemente pelo papa - como a nomeação de um bispo auxiliar conservador na Áustria sem considerar o parecer do episcopado local - são sinais de um papado centralizador e pouco democrático.

Uma das decisões controvertidas de Bento 16, na opinião dos especialistas, foi nomear o ultraconservador Gerhard Maria Wagner como bispo auxiliar de Linz, sem ouvir as considerações do episcopado local. Wagner renunciou duas semanas depois devido a fortes pressões causadas por declarações suas, como a de que homossexuais deveriam ser "curados" e de que o furacão Katrina foi um "castigo de Deus" pelas clínicas que praticavam aborto em Nova Orleans.

Em outra decisão considerada polêmica, Bento 16 suspendeu a excomunhão de quatro bispos da ordem tradicionalista Pio X. Os religiosos haviam sido ordenados sem autorização da Santa Sé em 1988 pelo francês Marcel Lefebvre, criador de uma irmandade que não reconhece as reformas propostas no Concílio Vaticano II, introduzido no final dos anos 60.

"A questão (da reabilitação) dos lefebvrianos representa a superação de um limite. É como se a lua de mel da igreja católica com o papa tivesse acabado", disse à BBC Brasil o professor de História do Cristianismo, Alberto Melloni.

"O papa tem um estilo solitário e absolutista de governar. Não aceita conselhos, opiniões e críticas e isto cria problemas, inclusive nos setores moderados da igreja", afirmou, em entrevista à BBC Brasil, o vaticanista Marco Politi, que acabou de publicar o livro A Igreja do Não, pela editora Mondadori.

A suspensão da excomunhão dos "lefebvrianos" por Bento 16 causou ainda grande mal estar nas igrejas da Alemanha, Áustria, Suíça e França.

Um dos bispos perdoados, Richard Williamson, foi obrigado pelo governo a deixar a Argentina depois de negar publicamente o extermínio de judeus durante o regime nazista.

Williamson, que estava radicado na Argentina desde 2003, chegou a Londres nesta quinta-feira.

Estilo de governo

Em entrevista ao jornal Le Monde nesta semana, o teólogo dissidente suíço Hans Kung também criticou o estilo de governo do papa.

Kung, que foi professor da Universidade alemã de Tubinga com o então cardeal Joseph Ratzinger nos anos 60, disse ao jornal que "Bento 16 viajou muito pouco e sempre viveu em ambiente eclesiástico, fechado no Vaticano - que é uma especie de antigo Kremlin - onde fica protegido das críticas".

"Ele não foi capaz de entender o impacto que teve uma decisão destas (a suspensão da excomunhão) e seu secretário de Estado, o cardeal Tarcisio Bertone, é totalmente submisso. Estamos diante de um problema de estrutura".

Segundo Kung, Ratzinger defende a idéia do "pequeno rebanho" - poucos fiéis e uma igreja elitista, formada por "verdadeiros católicos".

"É uma ilusão pensar que é possível continuar assim, sem padres nem vocações. A Igreja corre o risco de se tornar uma seita", afirma.

Assessores

Melloni, que também é especialista no Concílio Vaticano II e presidente da Fundação de Ciências Religiosas João 23, de Bolonha, concorda com o teólogo suíço.

"O risco de se tornar uma seita é um problema real", disse ele à BBC Brasil.

Para Politi, o pontificado de Bento 16 está acumulando problemas.

"Em vez de um pontificado de transição, este pode ser um papado de estagnação, em que se acumulam problemas e tensões dentro da Igreja e entre a Igreja e o mundo moderno".

Alguns observadores, entretanto, acreditam que Bento 16 não é de todo responsável pelas polêmicas. Para eles, o problema é o tradicional mecanismo de funcionamento da Cúria Romana.

A professora de Sociologia da Religião da Universidade la Sapienza de Roma Maria Immacolata Maciotti lembra que o papa tem opiniões próprias consideradas fortes. A questão, segundo ela, é que o aparato em torno de Bento 16 - que normalmente impediria a tomada de decisões polêmicas - não tem funcionado bem.

"O impulso de perdão do pontífice (aos lefebvrianos) deveria ser freado pelos conselheiros atentos a estes problemas. Isto não ocorreu. Podemos supor que o papa é muito autoritário ou não tem pessoas capazes em torno de si", afirmou em entrevista à BBC Brasil.

China reage e acusa EUA de 'hipocrisia' em direitos humanos

Botero:

O governo da China respondeu nesta sexta-feira às críticas feitas pelos Estados Unidos em um relatório anual sobre a situação dos direitos humanos em todo o mundo divulgado na última quarta-feira.

A reação chinesa veio na forma de um outro relatório: o 10º relatório anual da China a respeito de problemas com direitos humanos nos Estados Unidos.

"A prática dos Estados Unidos de atirar pedras em outros enquanto vive em uma casa de vidro é testemunho dos critérios duplos e da hipocrisia dos Estados Unidos para lidar com direitos humanos, o que prejudica sua imagem internacional", afirma o documento chinês.

Na quarta-feira, o relatório publicado pelos Estados Unidos dizia que o respeito aos direitos humanos na China piorou e citava como exemplo a repressão de dissidentes e minorias no Tibete.

"Durante anos, os Estados Unidos se posicionaram a respeito de outros países e divulgaram o Relatório Anual de Práticas de Direitos Humanos para criticar as condições dos direitos humanos em outros países, usando isso como uma ferramenta para interferir e denegrir outros países", diz texto publicado nesta sexta pela agência de notícias estatal chinesa Xinhua.

O relatório do Escritório de Informações do Conselho de Estado chinês afirma que "crimes violentos frequentes nos Estados Unidos são uma ameaça grave para a vida, a propriedade e a segurança pessoal de seu povo".

O documento chinês acrescenta que os direitos econômicos, sociais e culturais do povo americano não são protegidos "de forma adequada", diz que muitos jovens americanos tem "problemas de personalidade" e afirma que a discriminação racial "prevalece em todos os aspectos da vida social".

"Aconselhamos o governo dos Estados Unidos a começar de novo, enfrentar seus próprios problemas de direitos humanos com coragem, e parar com a prática errada de aplicar critérios duplos em questões de direitos humanos", conclui o relatório chinês.

Crise econômica

O documento publicado pela China avalia a situação dos direitos humanos nos Estados Unidos em seis aspectos: vida e segurança pessoal, direitos civis e políticos, direitos econômicos, sociais e culturais, discriminação racial, direitos das mulheres e crianças e a violação dos direitos humanos pelos Estados Unidos em outros países.

Citando dados do FBI e do Centro de Controle de Doenças e Prevenção dos Estados Unidos, o relatório chinês afirma que, com frequência, mortes provocadas por armas são uma ameaça grave às vidas dos cidadãos americanos.

O relatório também comenta a situação econômica do país, incluindo o aumento do número de pessoas sem teto, e - citando dados oficiais do governo americano, diz que 12,5% dos americanos, ou 37,3 milhões de pessoas, viviam na pobreza em 2007.

Ainda no trecho que trata da economia americana, o relatório lembra que a taxa de desemprego nos Estados Unidos aumentou de 4,6% em 2007 para 5,8% em 2008.

Relações EUA-China

Segundo o correspondente da BBC em Pequim, James Reynolds, o relatório chinês sobre os Estados Unidos e o relatório americano sobre a China fazem parte de uma troca anual bem comum entre os dois países.

De acordo com Reynolds, as novas críticas revelam uma prática que já se tornou costumeira e parece ter pouco impacto prático nas relações entre China e Estados Unidos.

No final da semana passada, a secretária de Estado americana Hillary Clinton esteve em Pequim para reunião com todos os líderes da China e as denúncias de violação dos direitos humanos foram pouco mencionadas - pelo menos em público.

Os Estados Unidos e a China também iniciaram uma reunião de dois dias sobre questões militares em Pequim, e os dois países ainda contam um com o outro para enfrentar a atual crise econômica mundial.

Argentina considera comentário da CIA "irresponsável"


BUENOS AIRES (Reuters) - A Argentina criticou nesta quinta-feira o diretor da Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA) por dizer que o país, junto com o Equador e a Venezuela, poderiam ser levados à instabilidade pela crise econômica mundial.

Misturar Argentina com o Equador e a Venezuela, dois países liderados por governos de esquerda, contrários a Washington, aumenta as preocupações de Buenos Aires, onde a presidente Cristina Kirchner tenta evitar que a economia entre em estagnação.

O ministro do Exterior argentino, Jorge Taiana, considerou os comentários feitos em Washington pelo diretor da CIA, Leon Panetta, "infundados e irresponsáveis, especialmente de um órgão que tem uma triste história de intromissão nos assuntos de países da região".

Taiana disse que ele se encontrará na sexta-feira com o embaixador dos EUA no país, Earl Anthony Wayne, para exigir explicações.

(Reportagem de Hugh Bronstein)

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Venezuela reage a relatório dos EUA sobre direitos humanos


CARACAS (Reuters) - O governo da Venezuela repudiou na quinta-feira como "falso e ingerencista" o conteúdo de um relatório do Departamento de Estado norte-americano segundo o qual os direitos humanos do país sul-americano sofreram uma piora no ano de 2008.

O documento, divulgado na quarta-feira, afirma que a politização da Justiça, o assédio à oposição política e aos meios de comunicação marcaram a situação dos direitos civis e democráticos na Venezuela, que mantém tensas relações diplomáticas com Washington.

"O governo da República Bolivariana da Venezuela ... rechaça da forma mais categórica e firme a publicação, por parte do Departamento de Estados dos Estados Unidos, de um relatório no qual se pretende avaliar o estado geral dos direitos humanos em diversos países do mundo, entre eles a Venezuela", disse o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela em uma nota.

Mais tarde, o chanceler Nicolás Maduro disse que Caracas fez vários chamamentos ao novo governo de Washington para que cesse o que chamou de "práticas imperiais", as quais, acrescentou, são repudiadas por todos os países da América Latina.

"Desconhecemos, repudiamos e rechaçamos qualquer tentativa desse relatório ou de qualquer outro informe de qualquer instância do Estado norte-americano de imiscuir-se nos assuntos internos da Venezuela," afirmou.

Em seu relatório anual que avalia a situação dos direitos humanos em 2008 em mais de 190 países, os Estados Unidos criticaram a China e a Rússia, além de outros alvos habituais, como Paquistão, Afeganistão, Coréia do Norte, Cuba, Irã, Iraque, Sudão, Somália, Mianmar e Zimbábue.

Caracas considerou "inadmissível essa prática recorrente da burocracia dos Estados Unidos, segundo a qual funcionários do serviço do Estado com o registro mais obscuro de violações à dignidade humana da história contemporânea pretendem se fazer, sem mandato nem legitimidade nenhuma, de juízes de outros Estados".

Da mesma forma, o governo do presidente Hugo Chávez rechaçou "o conteúdo falso, mal-intencionado e ingerencista" do relatório, cujas alegações, disse, carecem de fundamentos e constituem a expressão das "opiniões antivenezuelanas".

Maduro afirmou que os problemas internos serão discutidos entre os venezuelanos no momento e nas condições adequadas.

Chávez disse que espera melhorar as relações entre Caracas e Washington, mas advertiu a Barack Obama a não se equivocar em suas apreciações e opiniões sobre a "revolução socialista."

(Por Ana Isabel Martínez)

NOTA DO OMAR: Provavelmente EUA é um dos países menos indicados, na atualidade, para dar lição de moral sobre direitos humanos.

juan gelman


Por Juan Gelman, para Página/12

Ha habido records en la materia. El reciente del “mago de Wall Street”, Bernard Madoff –50.000 millones de dólares–, habrá hecho palidecer de envidia a Nick Leeson, que en 1995 segó la ancianidad del británico Barings Bank –233 años de existencia– haciéndole perder 1300 millones de libras esterlinas. El grupo financiero holandés ING compró entonces el Barings, de funesta memoria en el Cono Sur de América, por una libra esterlina solitaria. Otro muerto de envidia ha de ser Jérome Kerviel, que en 2008 defraudó 4900 millones de euros a Société Générale, el segundo banco más importante de Francia. Sir Robert Allen Stanford –el primer estadounidense nombrado caballero del Reino Unido y sospechado de lavar dinero del narco– no puede aspirar al primer puesto de la lista: apenas malversó 8 mil millones de dólares.

Los grandes fraudes disimulan los pequeños, que poco espacio consiguen en la prensa. Una dependencia del Departamento del Tesoro de EE.UU., la Red de aplicación de la ley a los delitos financieros (FinCEN, por sus siglas en inglés), informó el año pasado que los casos de fraude hipotecario denunciados por los bancos del país se multiplicaron por diez, y con creces, del año 2001 (4696) al 2007 (52.868) (www.fincen.gov, 3/4/08). Pocos llegan a la Justicia: un tercio de los agentes del FBI que investigaban estos temas han pasado a tareas de seguridad desde el 11/9. Cabe recordar que la punta del iceberg económico que actualmente enfría al mundo fue, precisamente, la burbuja hipotecaria.

Hay un fraude que le está ganando a Madoff: La Oficina del inspector general especial de EE.UU. para la reconstrucción de Irak (Sigir, por sus siglas en inglés), sucesora de la Autoridad Provisional y encargada de supervisar el manejo de los fondos destinados al destruido país, ha comenzado a investigar a los jefes militares y funcionarios civiles norteamericanos estacionados en Irak que se encargaron y encargan de administrar los 125.000 millones de dólares invertidos desde la invasión de 2003. Nunca se sabrá con exactitud qué proporción de esa suma fue malversada, pero un informe de la Sigir sugiere que puede superar los 50.000 millones de dólares (www.sigir.mil/reports, febrero 2009). Madoff ha sido destronado.

Los auditores de la Sigir descubrieron, por ejemplo, que el contralor estadounidense para el centro sur de Irak, Robert Stein Jr., había recibido 57,8 millones de dólares en billetes de 100 junto a los cuales, de pie, se fotografió triunfal. Es de los pocos condenados por fraude y lavado de dinero. Los dirigentes políticos iraquíes están convencidos de que el robo o la pérdida de ingentes sumas de dólares norteamericanos y de dinares iraquíes no pudieron tener lugar sin la participación corrupta de militares estadounidenses de alto rango. En 2004/2005, todo el presupuesto militar iraquí para la compra de armas, unos 1300 millones de dólares, fue invertido en helicópteros rusos de 28 años de edad incapaces de volar y de vehículos cuyo “blindaje” era pulcramente atravesado por una bala de fusil.

Ninguna grúa interrumpe el cielo de Bagdad, salvo las que funcionan en la amurallada Zona Verde para terminar la construcción de la Embajada de EE.UU. –la más grande del mundo– y las que enmohecen detrás de media mezquita gigante que nunca llega a serlo porque cesó cuando Saddam Hussein fue derrocado. Una de las pocas señales de inversión en Bagdad son las palmeras y las flores plantadas en los camellones del centro de la ciudad. Cada pocos meses las quitan y las vuelven a plantar (The Independent, 16/2/09).

Una investigación de las que exploran los fraudes y robos cometidos por personal estadounidense en los primeros años de la ocupación de Irak atañe al coronel (R) Anthony B. Bell, responsable de la contratación de obras en 2003/2004, y al teniente coronel de la fuerza aérea Ronald W. Hirtle, encargado de la misma tarea en Bagdad durante el 2004. Los auditores de la Sigir han retomado las revelaciones que, en su momento, les hiciera llegar Dale Stoffel, un vendedor de armas y contratista norteamericano que pidió y obtuvo una inmunidad limitada en sus negocios a cambio de informar sobre la red de corrupción en la Zona Verde. Stoffel dibujó un panorama digno de novela negra: decenas de miles de dólares llegaban furtivamente en envases de pizza o bolsas de papel a las oficinas de contratación (International Herald Tribune, 15/2/09). Hubo más de pulp fiction: en el 2004, Stoffel y uno de sus socios fueron acribillados en un tiroteo que nunca se aclaró.

Militares, funcionarios y contratistas de EE.UU. en Irak han ido más lejos que Madoff. Muchos siguen impunes, mientras Bernie padece arresto domiciliario: sus íntimos amigos cuando él era mago no quisieron aportar los 10 millones de dólares de la fianza que, durante el juicio, lo dejaría en libertad.

Abuso em Guantánamo piorou sob Obama, diz advogado


Por Luke Baker

LONDRES (Reuters) - O abuso a prisioneiros na baía de Guantánamo piorou muito desde que o presidente Barack Obama tomou posse, já que os guardas estariam querendo se aproveitar dos presos antes da desativação da penitenciária, segundo um advogado dos detentos.

Os abusos teriam começado a se intensificar em dezembro, depois da eleição de Obama, disse o advogado Ahmed Ghappour à Reuters. Ele citou agressões, deslocamento de membros, uso de gás pimenta em celas fechadas e em vasos sanitários, além da imposição de alimentos a presos em greve de fome.

Na segunda-feira, o Pentágono disse ter recebido novos relatos de abusos de prisioneiros durante uma recente revisão das condições em Guantánamo, mas concluiu que todos os prisioneiros estão sendo mantidos em concordância com as Convenções de Genebra.

"Segundo meus clientes, houve uma elevação nos abusos desde que o presidente Obama foi empossado", disse o advogado anglo-americano, ligado à ONG jurídica Reprieve, que representa 31 presos de Guantánamo.

"Se fosse para usar a imaginação, dir-se-ia que esses guardas traumatizados e - por falta de uma palavra melhor - bárbaros estavam apenas tentando basicamente se aproveitar agora, por medo de que não possam (mais cometer abusos) posteriormente", disse ele.

"Certamente, na minha experiência houve muitíssimos incidentes relatados de abuso desde a posse", acrescentou Ghappour, que visitou Guantánamo seis vezes desde o final de setembro e baseou seus comentários nas suas próprias observações e conversas com prisioneiros e guardas.

Ele salientou que os maus-tratos não parecem responder a ordens superiores, nem serem uma reação de frustração dos carcereiros à eleição de Obama, e sim a percepção de que resta pouco tempo de detenção para os últimos 241 presos, todos muçulmanos.

Na opinião de Ghappour, os guardas estão pensando algo como "Ei, vamos nos divertir enquanto podemos."

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SOBRE A CEGUEIRA SELETIVA DA JUSTIÇA

CAFÉ MARGOSO:


PESQUEI NO SÁTIRO!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

El pensamiento vivo de un dinosaurio


Dice que Roma es “neocomunista” y que Ratzinger es “modernista”. Desprecia la democracia y sostiene que los políticos deberían someterse a la Iglesia. Ayer se fue del país, apenas conteniendo las ganas de golpear a un periodista que lo perseguía.

Por Gustavo Veiga, para Página/12

El último acto público del obispo británico Richard Williamson antes de abandonar la Argentina fue levantar su puño derecho de manera desafiante hacia un periodista. Se trató de un gesto coherente. Sus escasos acólitos del seminario Nuestra Señora Corredentora de La Reja nunca lo hubieran perdonado si elevaba el puño izquierdo. En una conferencia dictada el 16 de mayo de 2008 titulada Nueva Eclesiología, había instruido a sus oyentes con una máxima política: “La democracía (así, acentuando la i, decía con su tonada gringa) es una buena palabra, pero debajo el caos”. Conceptos de este tipo solía lanzar desde su llegada al país en 2003 bajo una coartada falsa: sostenía ser empleado administrativo de la asociación civil La Tradición, negando su verdadero propósito como evangelizador integrista.

A Williamson se le va la vida –y también la lengua– tanto en temas de doctrina como el Concilio Vaticano II o el exterminio que practicaron los nazis antes y durante la Segunda Guerra Mundial. Dirigiéndose al Papa, cierta vez dijo: “Estos modernistas como Benedicto XVI están convencidos de que son católicos y quieren ser católicos”. No hay tema para el que no disponga de un sofisma, ya sea para cuestiones de la fe o de la relación entre el estado y la iglesia.

“La libertad religiosa no es la libertad de elegir cualquier religión” o “los políticos tienen que someterse a la iglesia, pero no quieren”, son algunas de sus frases que dejaron huella en aquella conferencia dictada en el Priorato San Pío X, de la calle Venezuela 1318, en el barrio de Monserrat. Pero el ultraconservador Williamson, que tiene un blog en inglés (www.dinoscopus.blogspot.com) donde aparece caricaturizado con cuerpo de dinosaurio, no estaba solo en sus seminarios.

Su superior del distrito para América del Sur, el padre Christian Bouchacourt, en vísperas de la última Navidad, escribió el editorial de la revista Jesús Christus (número 119) con frases muy poco piadosas para el eterno descanso de las almas: “Sorprende comprobar que hoy todo el mundo tiene derecho a un entierro católico. Un homosexual, un comunista, un divorciado vuelto a casar, un concubino o un masón notorio, que ayer era señalado como pecador público, observa cómo se le abren las puertas de la Iglesia sin que voz episcopal o sacerdotal alguna levanten la más mínima objeción”. Cuando el obispo británico abandonaba ayer el aeropuerto de Ezeiza, declaró: “Lo importante es que se fue, no queremos decir dónde”, citó la agencia Efe.

A Bouchacourt no se le atribuyen declaraciones antisemitas como a Williamson, pero hoy sigue conduciendo la Orden que, según datos actualizados a fines de 2005, contaba con una casa general, seis seminarios, dos institutos universitarios, diecinueve distritos, 159 prioratos, 725 centros de misa, 83 escuelas, 463 sacerdotes, 160 seminaristas, 85 hermanos, 57 hermanas y 75 oblatas.

La Fraternidad Sacerdotal San Pío X (en honor al Papa de ese nombre, 1835-1914), mantiene lazos estrechos en la Argentina con la asociación civil La Tradición, que había hecho figurar a Williamson como empleado, el argumento que utilizó el gobierno nacional para conminarlo a “hacer abandono del país en el plazo perentorio de diez días bajo apercibimiento de tener decretada su expulsión”. Esa sociedad está inscripta en la Inspección General de Justicia desde 1994 y, según el último registro que se tiene de ella en el sistema de la IGJ, su presidente sería Juan Carlos Seviani, su vicepresidente Guillaumne Devillen, su secretario Edgardo Albamonte y su tesorero Ricardo Félix Olmedo.

Williamson, un hombre alto, de 58 años (que aparenta más edad de la que tiene) y que solía utilizar en las ordenaciones de sacerdotes frases como “si resistimos a Roma, a Roma neocomunista, es por razones de doctrina y no sólo por la misa”, se define a sí mismo como un “experto en generalidades no muy esquemáticas”. A un grupo de aspirantes a clérigos, los empapó de su filosofía integrista en un castellano a menudo titubeante, que no se compadece del gesto con que se despidió en el aeropuerto. “Si hay católicos de buena voluntad que buscan un acuerdo con estos neocomunistas es que no han comprendido el problema”, los adoctrinó sobre la Iglesia de Roma y de Benedicto XVI.

Todos estos conceptos están al alcance de la mano en Internet, donde los sermones o conferencias del obispo que minimizó el Holocausto se mimetizan con las de otros integrantes de Fraternidad San Pío X, como su superior general de la Orden, Bernard Fellay, quien ahora tiene en sus manos el destino del pastor que se quedó sin rebaño.

La copiosa cantidad de definiciones integristas que durante casi seis años les entregó Williamson a sus fieles que acudían al seminario de La Reja (del que era director), desbordarían está página. Entre sus preocupaciones están el paganismo que acecha al culto católico, la nueva iglesia tiránica, el imperialismo cultural de Europa, los desvíos del Concilio Vaticano II, la falta de autoridad y las herejías.

Pero lo que mejor define sus concepciones del mundo es el dibujo que adorna su blog y en el que también puede leerse la frase en inglés “The home of the weekly columns of Bishop Richard Williamson, of the Society of St Pius X” (El sitio de las columnas semanales del obispo Richard Williamson, de la Sociedad San Pío X). Esa caricatura que se ajusta mejor que ninguna definición a sus cánones religiosos. Mitad hombre mitad dinosaurio.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Livros apreendidos por capa pornográfica

A Origem do Mundo, de Gustave Courbet:

Correio da Manhã, Portugal:

A PSP apreendeu cinco exemplares de um livro sobre pintura na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições, em Braga, considerar a imagem de capa pornográfica.

Segundo avança a TSF, que cita o o organizador da feira, António Lopes, três agentes da PSP apreenderam cinco exemplares do livro "Pornocracia", no domingo, alegando que "a capa apresenta cenas com conteúdo pornográfico".

A imagem em causa reproduz "A Origem do Mundo", de Gustave Courbet, tido como fundador do Realismo. Trata-se da sua obra mais conhecida, que expõe as coxas e o sexo de uma mulher.

Por sua vez, a PSP adiou as explicações sobre o sucedido para quarta-feira, refere a mesma rádio.

Amianto reúne Brasil e Suíça em polêmica internacional


O Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima da Justiça no Brasil, deve começar a julgar nas próximas semanas uma série de ações sobre a utilização do amianto branco, ou crisotila, pela indústria nacional.

O Brasil é um dos poucos países onde o amianto branco ainda é legal, mas sua utilização divide a sociedade brasileira, já que o produto é considerado de alto risco para a saúde humana por um grande número de cientistas, acadêmicos e dirigentes de organizações não-governamentais.

Em meio à polêmica brasileira, a Suíça cumpre um papel importante em três frentes, graças a sua atuação nas discussões internacionais sobre o banimento de produtos perigosos, à postura adotada por suas empresas frente ao problema do amianto e à atuação acadêmica pró-amianto de David Bernstein, um renomado, e muitas vezes contestado, cientista norte-americano radicado há décadas no país.

Em novembro do ano passado, foi realizada em Roma a 4ª Conferência da Convenção de Roterdã sobre Substâncias Químicas e Agrotóxicos. Nela, a exemplo das conferências anteriores, as discussões sobre o banimento do amianto foram proteladas, e somente serão reiniciadas em 2010.

A frustrada tentativa de incluir o amianto na lista de produtos proibidos foi liderada pela Suíça, e a delegação suíça chegou a sugerir que as decisões no âmbito da Convenção de Roterdã não mais fossem tomadas por consenso, como é praxe, e passassem a ser tomadas por votação da maioria.

O Brasil, por outro lado, reafirmou em Roma a posição de não ter posição, fato talvez explicado por sua indefinição interna acerca da utilização do amianto.

A suposta neutralidade brasileira, seguida por outro grande produtor, o Canadá, significou na prática o fortalecimento da posição dos países claramente favoráveis ao amianto, como Índia, Filipinas, Vietnã e os países do ex-bloco soviético, entre outros.

Representante da Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA) e coordenadora da Rede Virtual-Cidadã para o Banimento do Amianto na América Latina, a advogada Fernanda Giannasi, que participou da reunião de Roma, criticou a posição brasileira: "O Brasil ficou mais uma vez em cima do muro. Essa posição já havia sido combinada previamente com a indústria brasileira de amianto, foi coisa acertada nos gabinetes de Brasília", disse.

STF na pressão

Para definir seu rumo no plano das discussões multilaterais, o governo brasileiro espera que o STF julgue ainda no primeiro semestre de 2009 as doze ações referentes à utilização do amianto que tramitam na suprema corte. Nove destas são Ações Diretas de Inconstitucionalidade (Adins) que, depois de julgadas, definirão de uma vez por todas essa questão no país.

A Adin mais importante, e que deve ser apreciada pelo STF em primeiro lugar, contesta a constitucionalidade da lei aprovada em São Paulo que bane o amianto do mais rico estado brasileiro.

Ciente da importância do momento, o lobby pró-amianto já se articula em torno do STF. Por pelo menos uma vez, o presidente do tribunal, ministro Gilmar Mendes, recebeu no seu gabinete em Brasília o presidente do Grupo Eternit, Élio Martins, e o diretor-geral da SAMA, Rubens Rela Filho. A Eternit é a maior empresa do setor de amianto no país e a mineradora SAMA, subsidiária do grupo, opera no estado de Goiás a única mina de amianto em exploração no Brasil.

Eternit

Nesse ponto, a Suíça cruza novamente a polêmica brasileira, pois o Grupo Eternit chegou ao Brasil em 1940, como parte de uma estratégia de expansão levada a cabo conjuntamente pela Eternit suíça e pela Eternit belga, e rapidamente se consolidou como líder do setor no país.

O grupo conta atualmente com cinco fábricas e 1.400 funcionários e colaboradores, e em janeiro ampliou em dez mil toneladas mensais sua produção de amianto branco e de fibras sintéticas para a fabricação de telhas de fibrocimento no estado do Paraná, num investimento de R$ 20 milhões.

Na Suíça, a Eternit já não utiliza o amianto branco desde 2000, devido aos riscos do produto, mas o mesmo não acontece na Eternit brasileira. Na opinião de Fernanda Giannasi, essa realidade aponta o que considera "uma contradição na filosofia do grupo", que, segundo a advogada, foi criada a partir do momento em que o proprietário da Eternit, o suíço Stephan Schmidheiny "se tornou ambientalista e desistiu de ser um magnata do amianto".

Biopersistência

O componente mais folclórico que une Suíça e Brasil nessa polêmica do amianto, no entanto, tem nome e sobrenome: David Bernstein. Físico de formação e nascido nos Estados Unidos, Bernstein ganhou fama internacional após se estabelecer na Suíça, onde publicou seus estudos sobre biopersistência, que vem a ser o tempo que um produto tóxico resiste no organismo humano.

As conclusões de Bernstein, apresentado inúmeras vezes pela grande imprensa brasileira como "especialista suíço", sempre foram amplamente utilizadas para embasar os argumentos dos defensores do amianto no Brasil.

Segundo seus estudos, a biopersistência da fibra de amianto branco, ou crisotila, no pulmão humano é de dois dias, o que significa que, se o contato com o produto for feito a partir de regras industriais de uso controlado, ele não representa risco à saúde humana.

Vários cientistas em todo o mundo, no entanto, contestam os estudos de Bernstein. O francês Henri Pezerat, por exemplo,(recentemente falecido) afirma que Bernstein "esqueceu que a biopersistência é apenas um parâmetro entre outros na cadeia de eventos que caracteriza um processo cancerígeno" e o acusa de manipular os testes feitos com ratos sobre os quais baseou suas conclusões: "Esses estudos, que servem como caução científica para o lobby do amianto, carecem totalmente de rigor científico".

Normalmente arredio ao contato com a imprensa, Bernstein concedeu em 2006 uma entrevista ao Instituto Brasileiro de Crisotila (IBC), na qual afirmou que "numerosos estudos tem demonstrado que a combinação de características do crisotila faz com que sua fibra seja rapidamente eliminada do pulmão depois de inalada". Bernstein disse também que "a Organização Mundial de Saúde (OMS) aprovou o conceito do uso controlado de crisotila".

Financiamento suspeito

As críticas sobre Bernstein, no entanto, aumentaram quando, durante um depoimento prestado no ano passado, no âmbito de um processo sobre contaminação por amianto no distrito de Ellis County (Estado do Texas, EUA), ele confirmou que seus estudos sobre biopersistência haviam sido parcialmente financiados "pela indústria brasileira de amianto", através da mineradora SAMA.

Procurado pela reportagem da swissinfo, Bernstein não quis se pronunciar para negar ou confirmar essa afirmação.

O Grupo Eternit, por sua vez, admitiu pela primeira vez sua ligação prévia com os estudos realizados por Bernstein. Procurada pela swissinfo, a direção da empresa no Brasil, por intermédio de sua assessoria de imprensa, afirmou que "preocupados com os efeitos das fibras do amianto crisotila na saúde da população e dos funcionários, inicialmente a solicitação da pesquisa partiu do Grupo Saint Gobain, administrador da SAMA Minerações à época".

"Como no Brasil não há incentivo ou investimento público para este tipo de pesquisa, a indústria procurou apresentar respostas às questões de segurança na utilização do mineral. A pesquisa realizada apresentou, de forma isenta, um estudo sobre as características físicas do amianto crisotila", afirma a direção da Eternit.

A empresa justificou a escolha de Bernstein: "À frente do trabalho, David Bernstein foi escolhido em razão de ser o cientista mais citado em qualquer bibliografia que trate de estudos de biopersistência por inalação, além de trabalhar em parceria com outros cientistas, considerados entre os poucos detentores de recursos tecnológicos para o desenvolvimento de metodologia adequada sobre o assunto no mundo".

swissinfo, Maurício Thuswohl, Rio de Janeiro

NOTA DO OMAR: A Swissinfo é agência oficial do Governo Suíço, com todas as implicações decorrentes desse fato.

NEOLIBERALISMO E SOCIALIZAÇÃO DE PREJUÍZOS


Alemanha aprova projeto de lei para nacionalizar bancos

EFE - ESTADÃO

BERLIM - O Governo alemão aprovou nesta quarta-feira, 18, o projeto de lei para a nacionalização dos bancos em situação precária devido à crise financeira mundial.

EUA: Tesouro abre caminho para eventual nacionalização dos bancos

WASHINGTON, EUA, 23 Fev 2009 (AFP) - As autoridades americanas consideravam nesta segunda-feira a possibilidade de uma nacionalização dos bancos que enfrentam maiores dificuldades, uma eventualidade há muito tempo discutida mas que o Tesouro quer evitar fazendo um apelo aos capitais privados.

Reino Unido confirma nacionalização do banco Bradford & Bingley

da Folha Online

O governo britânico confirmou a nacionalização do banco Bradford & Bingley e a venda de parte de seu negócio ao espanhol Santander. A nacionalização foi oficializada nesta segunda-feira, após um fim de semana de negociações.

Empréstimos podres podem levar à nacionalização de bancos no Japão

Diário Popular

Um dia depois assumir a Agência de Serviços Financeiros, o principal órgão regulamentador das finanças japonesas, Heizo Takenaka começou a enfrentar o difícil problema dos empréstimos podres feitos pelos bancos comerciais nos últimos anos. Ele deu a entender que uma das saídas poderia ser a nacionalização dos bancos.

Greenspan defende a nacionalização de bancos dos EUA

Portal Exame

Um dos maiores defensores do liberalismo econômico agora diz que a nacionalização dos bancos pode ser a opção "menos ruim".

ETC, ETC, ETC...

NOTA DO OMAR: Como diz o clichê: "Seria cômico se não fosse trágico". Essa pequena coleção de notícias (pesquei em cinco minutos) mostra claramente que quando os bancos tinham lucro este era de seus donos. Quando apresentam prejuízo, na maior parte das vezes gerado por má administração e/ou falcatruas, quem paga a conta são os contribuintes. Aparentemente esse é o âmago do pensamento liberal.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Fotógrafa documenta vida na fronteira entre México e EUA


Carlos Ceresole
BBC Mundo

Nos últimos 17 anos, a fotógrafa mexicana radicada nos Estados Unidos Maria Teresa Fernández vem documentando a vida na fronteira entre o México e os Estados Unidos.

As fotos, em exposição na Escola de Comunicação Annenberg da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles, mostram o reencontro de familiares dos dois lados da cerca, e como as comunidades locais lidam com a separação física.

Ao todo, o México e os Estados Unidos dividem uma fronteira de 3 mil quilômetros. A barreira física cobre um terço desta extensão.


A cerca, na verdade, é um conjunto de barreiras independentes localizadas em regiões estratégicas, onde o entorno urbano ou o fácil acesso tornam mais fáceis o cruzamento da fronteira.

Em muitos lugares, ela não é muito mais do que uma cerca de arame farpado ou uma barreira feita de placas de metal.

Em outros, se trata de uma instalação tecnologicamente sofisticada, com uma série de muros paralelos, acessos para patrulhas motorizadas, torres com câmeras, refletores e sensores de movimento.

Obra em evolução

"Minha obra é um organismo vivo que evolui como a cerca fronteiriça", afirma a fotógrafa.

"A cerca muda o tempo todo. Cresce, se deteriora, é reconstruída, aumentada, retirada. Com minhas fotos, tento mostrar este organismo vivo e como ele afeta aqueles cuja realidade gira ao seu redor."

Entre os temas e personagens da obra de Fernández, estão um grupo de imigrantes prestes a cruzar a fronteira, os murais e instalações que lembram os milhares de mortos na tentativa, famílias que compartilham o almoço de domingo dos dois lados da cerca, ou meninos que brincam de tocar o solo americano em frente à patrulha da fronteira.

A exposição "Cerca de la Cerca", ou "Perto da Cerca", em tradução literal, reúne 80 fotos tiradas desde 1991, quando a barreira começou a ser construída.

A fotógrafa se concentrou no extremo oeste da "cerca", onde ela encontra o Oceano Pacífico, separando a cidade mexicana de Tijuana do chamado "Parque de la Amistad", nos Estados Unidos.

Durante anos esta foi uma das únicas regiões da fronteira onde os membros de uma mesma família morando nos dois países podiam se re-encontrar para passar tempo juntos.

"Tinha gente que viajava centenas de quilômetros para chegar a este lugar e poder abraçar um filho, um pai ou um marido", diz a fotógrafa, que capturou em imagens centenas desses momentos.

Símbolo do fracasso

Desde 2001, quando começou a documentar o microcosmo em torno da cerca, a fotógrafa visita o local até duas ou três vezes por semana.

Do lado de Tijuana, conta Fernández, "as pessoas aprenderam a viver com ela", a ponto de algumas casas serem construídas usando a cerca como uma das paredes.

"As crianças crescem ao seu lado. Chegam a vê-la como uma jaula que fecha um grande jardim proibido, um jardim cujo dono é um vizinho que não devolve a bola quando ela cai do seu lado. Um vizinho inalcançável que isola seus méritos, suas oportunidades e seu povo."

Em contraste, do lado americano, "é uma terra de ninguém, por razões de segurança está proibido o acesso por dezenas de metros ao longo da cerca".

Dependendo de onde as fotos são exibidas, o trabalho de Fernández serve tanto para denunciar como para educar ou dissuadir potenciais imigrantes.

A exposição foi apresentada em muitas cidades do interior do México, onde muita gente pensa em cruzar a fronteira mas poucos conhecem os perigos que os aguardam.

NOTA DO OMAR: Postei somente algumas fotos. Para ver todas as fotos publicadas pela BBC, clique AQUI.

Y Lula se 'comió' a la oposición


JUAN ARIAS, para El País

En la política brasileña se ha producido un fenómeno único en América Latina y quizás en el mundo: el carismático presidente de la República, Luiz Inácio Lula da Silva, y su Ejecutivo, que gozan de un 84% de popularidad tras seis años de Gobierno, se han comido a la oposición. Y no lo han hecho con métodos antidemocráticos, sino apropiándose de sus banderas.

Ya se sabía que Lula es un genio político, que ha sabido vencer las reticencias en el seno de su propio partido, el Partido de los Trabajadores (PT); de hecho, se dispone a elegir a una mujer, la ministra Dilma Rousseff, como su sucesora en la candidatura a la presidencia en 2010, a pesar de que nunca ha disputado unas elecciones y no es un personaje excesivamente grato para el PT. Pero lo que nadie imaginó jamás es que sería capaz de eliminar democráticamente a la oposición. Tanto a la de derechas como a la de izquierdas.

¿Cómo lo ha conseguido? Con una política que, poco a poco, ha ido segando la hierba bajo los pies de sus opositores. A la derecha le ha cortado las alas mediante una política macroeconómica neoliberal que le está proporcionando buenos resultados en estos momentos de crisis financiera mundial gracias a las reservas acumuladas.

Al mismo tiempo, ha puesto coto a las ínfulas de algunos de los movimientos sociales más radicales, como el de los Sin Tierra (MST), cuyas acciones ha criticado tachándolas de ilegales y a quienes ha conminado a respetar la ley vigente. Y también ha mantenido una política medioambiental más bien conservadora, algo que agrada a los terratenientes y grandes exportadores, que forman el núcleo más derechista del Parlamento.

También ha frenado a las izquierdas. Ha conseguido acallar a la izquierda minoritaria con una política volcada en las capas más pobres del país, que ha hecho que seis millones de familias hayan pasado a las filas de la clase media baja y abandonado su estado de miseria atávica. Ha abierto el crédito a los pobres, que ahora, con sólo cuatro euros, pueden abrir una cuenta en el banco y tener una tarjeta de crédito, lo que les convierte en partícipes de la rueda de la economía nacional.

A la otra izquierda, la moderada, también le ha puesto difíciles las cosas. Hoy en día, al Partido de la Social Democracia Brasileña (PSDB), la formación opositora con mayores posibilidades de ganar las próximas elecciones porque cuenta con dos grandes candidatos -los gobernadores de São Paulo, José Serra, y Minas Gerais, Aecio Neves-, le resulta más difícil que antes hacer oposición. Los dos aspirantes del PSDB saben que no podrán ser elegidos contra Lula. Por ello, sólo hablan, como acaba de hacerlo Neves, de una era "pos Lula", con un proyecto de nación que aporte algo nuevo al proyecto del presidente, que ya goza del consenso de la gran mayoría del país. Desde el primer día de su ascenso al poder, Lula ha mantenido a Henrique Meirelles, del PSDB, como presidente del Banco Central. Y ha conservado y ampliado el proyecto social Bolsa Escuela, creado por el PSDB, bautizándolo como Bolsa Familia. Este plan ayuda hoy a 12 millones de familias y ningún partido de la oposición se atrevería a criticarlo.

Desde su primer mandato, Lula no sólo ha sabido concitar las aportaciones de 12 partidos a su Gobierno, sino que hasta el momento ha logrado mantener una amistad personal con los candidatos opositores Serra y Neves; ambos, además, disfrutan de buenas relaciones con el PT, e incluso no descartan gobernar junto al partido de Lula si llegan al poder.

¿Pero de verdad no hay espacio para la oposición en Brasil? Porque, si así fuera, hay quien lo considera un grave obstáculo para una auténtica democracia. Podría haberlo, según varios analistas políticos, como Merval Pereira, pero el problema radica en que la oposición se ha asustado con la popularidad de Lula. Incluso hay políticos opositores, sobre todo de los Gobiernos locales, que buscan una foto junto a Lula para ganar puntos ante su electorado.

Si la oposición quisiera, dicen los especialistas, podría exigir a Lula que llevara a cabo las grandes reformas que este país aún necesita para despegar a nivel mundial, como la reforma política (¿se puede gobernar con 30 partidos en el Parlamento?), la fiscal (Brasil es uno de los países del mundo con mayor carga tributaria: roza el 40%), la de la Seguridad Social (Lula sólo la ha logrado en parte y, a pesar de un escándalo de sobornos a diputados para que votaran a favor, se quedó pequeña), la agraria (no ha salido del papel), la de la educación (en Brasil aún no es obligatoria la enseñanza secundaria y la calidad de ésta es de las peor valoradas en el mundo) y, por último, la penitenciaria (los suicidios de los presos aumentaron el año pasado en un 40%).

Pero todo ello choca con el muro de la dialéctica política de Lula: su carisma acaba neutralizando incluso a quienes antaño fueron sus mayores antagonistas.

HUGO, O DEMOCRATA

Vista de Caracas, Venezuela:

Juremir Machado da Silva, para Correio do Povo

A ditadura já foi definida como regime político sem eleições. Não é mais. O mundo mudou extraordinariamente depois da chegada do homem à Lua, da invenção da sunga de crochê para homens e da queda do Muro de Berlim. É verdade que essas três conquistas da humanidade andam meio esquecidas depois do surgimento do MP3. Os seus efeitos, no entanto, persistem. Tudo que é sólido permanece no ar. A caixa de Maizena resistiu. Nada mais escapa ao novo design global. Basta dizer que o neoliberalismo agora é sustentado abertamente pelo Estado em nome dos interesses da plebe. Os empresários vão de jatinho pedir dinheiro barato aos governantes. A turba malta continua indo de ônibus, de caminhão ou a pé. Como não oferece garantias nem produz estragos equivalentes aos da crise de 1929, sempre leva menos. A cada um segundo as suas possibilidades. Banqueiros têm prioridade em relação a bancários. Estamos finalmente na nova ordem mundial.
Os ditadores não são mais os mesmos. Os mais modernos só falam em referendos populares. A população não aguenta mais tanta votação. Quase não sobra tempo para votar nos reality shows. Estraga os domingos. Alguns sentem até saudades das ditaduras à antiga. Hugo Chávez é o ditador mais fanático por urnas de que se tem notícias desde o tempo dos tiranos gregos. Já organizou umas 15 eleições. Quando perde uma, deixa passar algum tempo e banca outra. Mais de três anos antes do final do seu mandato, tratou de ganhar um plebiscito para poder ser candidato a um terceiro período. Uma proeza capaz de dar inveja e exemplo aos melhores amigos e aos vizinhos com popularidade ainda maior. Parece que alguns cientistas políticos querem passar a definir ditadura como regime com mais de uma eleição de interesse do chefe da nação por ano. Outros, ainda, estariam pensando em propor à ONU um artigo obrigando os seus membros a limitarem o número de consultas eleitorais aos cidadãos, sob pena de exclusão por excessiva atitude democrática.
A principal diferença entre uma grande democracia e uma pequena ditadura é simples: a grande democracia pode, sem perder a credibilidade, praticar ocasionalmente, desde que sem exagero ou gosto, fraude eleitoral, empossar o menos votado, instalar um tribunal de exceção, torturar estrangeiros, manter prisioneiros sem processo nem direito à defesa e invadir países soberanos comandados por ditadores para destruir armas sabidamente inexistentes. Na pequena ditadura, os meios são denunciados como confundidos com os próprios fins. Nas grandes democracias, os fins justificam os meios. Tudo isso, é óbvio, em tese. Na prática, é sempre pior. As pequenas ditaduras vendem petróleo. As grandes democracias compram petróleo. Das pequenas ditaduras.
Hugo Chávez, definitivamente, é um péssimo exemplo para a América Latina. Ouve Fidel Castro, que já não fala, sussurra. Influencia Evo Morales, o que, embora não sendo muito difícil, impede o boliviano de usar gravata. Não deixa Luiz Inácio sossegar. Corteja a Cristina. Se fosse presidente da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, onde parece que já conta com alguns representantes, Chávez certamente aprontaria no primeiro mês, chocando empresários e colegas da Casa com o seu comportamento eleitoreiro: mandaria realizar sem maiores delongas um referendo popular para resolver a questão do Pontal do Estaleiro. Ainda bem que vivemos numa democracia plena.

juremir@correiodopovo.com.br

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sonambula mandou emails convidando amigos para festa

Carla Cristiana de Carvalho:

Uma mulher de 44 anos acessou seu email enquanto dormia e mandou convites para amigos aparecerem para uma festa. As mensagens era um pouco confusas, com maiusculas e minusculas se alternando, mal formatadas e com expressoes estranhas. O caso de "sonambulismo na era da internet" está descrito no jornal médico Sleep Medicine por pesquisadores da Universidade de Toledo, em Ohio. Quando acordou, a mulher ficou surpresa ao ver os emails - nao se lembrava de nada. Ela nao tinha histórico de sonambulismo. Os pesquisadores acreditam que este é o 1o episódio de comportamento complexo durante o sono, envolvendo açoes coordenadas e tambem detalhes de acesso à conta de email. Acreditam também que o que aconteceu pode ter sido deflagrado por um medicamento.

Leia Blue Bus.

1 chimpanzé violento morto na 2a feira, Murdoch e Obama


Politicos, lideres religiosos e leitores protestaram ontem contra uma charge do New York Post comparando o presidente Obama a um macaco. A ilustraçao saiu na pagina 12 do jornal - mostra um chimpanzé abatido a tiros por 2 policiais. Um dos guardas diz ao colega que atirou - "Eles vao ter que encontrar outra pessoa para redigir a proxima lei de estímulo econômico". A charge seria uma referência a um caso real - um chimpanze violento tinha sido morto na 2a feira. Na pagina anterior à ilustracao, no entanto, o tabloide publicou uma foto de Obama assinando a lei de estimulo à economia - veja as duas imagens abaixo. O blog City Room, do New York Times diz que os telefones na redaçao do jornal nao pararam de tocar. E ouviu de uma fonte interna que a equipe do NY Post ficou abatida com a publicaçao da charge. O New York Post faz parte do grupo News Corp, de Rupert Murdoch, dono também da conservadora Fox News.

Visite Blue Bus.

Tierra arrasada


Una visita a Gaza tras el cese del fuego. Cómo es cruzar el muro que la separa de Israel. La destrucción, el negocio del contrabando que provocó el bloqueo israelí y Maradona como contraseña para sortear fronteras.

Ariel Zak, enviado especial.

Lleva armas? ¿Tiene ciudadanía israelí? Muéstreme su pasaporte. ¿Credencial de periodista? Tiene un sello de haber estado antes en Israel. ¡Usted es judío! ¿Tiene familia acá? ¿Seguro? ¿Y por qué habla en hebreo? … Nosotros le recomendamos que no entre: no es un lugar seguro. Como no es ciudadano, puede pasar, pero sepa que el ejercito israelí no va a entrar a buscarlo si algo le pasa allí adentro". Esta es la bienvenida a Gaza. O mejor dicho, la despedida antes de entrar a la franja.

Con el cese al fuego unilateral decretado por Israel –en un acto que más tarde imitó Hamas– se me abrieron las puertas para ingresar al escenario de la destrucción. Claro que no es tan fácil. El interrogatorio dura cerca de media hora y salí airoso, entre otras cosas, porque tengo muy claro quiénes son Diego Maradona y Lionel Messi, y porque una credencial de prensa ayuda un poco. De otra forma, no hubiese entrado.

Fue solo el principio. Ni siquiera. El escenario en el que me encuentro es mucho más absurdo que ese intercambio futbolero. El interrogatorio de las autoridades israelíes no tiene lugar en un puesto de aduana, ni en un simple paso fronterizo: es a la vera del muro. Un paredón de hormigón armado frío, gris, alto que separa a israelíes de palestinos.

¿Cómo hay gente que vive entre un muro y el mar? ¿Cómo se puede vivir atravesando ese muro ida y vuelta cada día, pasando por un escaneo y otro escaneo? Porque hasta no hace mucho, cuando todavía no se había lanzado la operación Plomo Fundio del ejército israelí, la gente entraba y salía, pasaba al menos dos veces al día los controles para ir a trabajar.

Después del paredón, viene una leonera, un túnel alambrado que ahora tiene menos de doscientos metros de largo, pero que antes de los bombardeos era peor. El camino de la humillación, podríamos llamarle. Y al final del túnel, hay otros quinientos metros a la intemperie. Ahí ya empieza a verse la destrucción de la ciudad, que ya antes de las bombas era polvorienta, pobre y desordenada.

En este punto se encuentra otro puesto de control, el palestino. Maradona sigue siendo la mejor contraseña. Y de pronto un taxista –bah, un hombre que ilegalmente me cobra para llevarme hasta un hotel–se convierte en el primer dueño palestino de mi vida.

El polémico muro que queda atrás se construyó en medio de las críticas internacionales. Cuando en 2002, durante el mandato del ex primer ministro Ariel Sharon, los israelíes comenzaron a levantarlo con el objetivo de evitar el acceso a Israel de los hombres–bomba que convirtieron el trasporte público, los restaurantes y los centros comerciales en zonas de altísimo riesgo, la polémica se disparó. Se habló de segregación y algunos organismos de derechos humanos lo criticaron por no respetar la marcación territorial que había establecido la ONU.

Las voces de denuncia siguieron. En 2004 el tribunal internacional de La Haya lo calificó de ilegal porque cortaba las tierras palestinas –no sólo en Gaza, sino también en Cisjordania– y porque aislaba a las personas. Pero el primer ministro israelí siguió con la empresa y el muro de casi 650 kilómetros de largo se terminó de construir. La ola de atentados –de la segunda Intifada– se acabó y un millón y medio de personas quedaron atrapada entre los muros y el mar Mediterráneo.

Acesse a íntegra da crônica em Crítica Digital.

Monsanto: verdades e mentiras sobre os transgênicos


Dois especialistas, Gabriel Fernandes e Antonio Andrioli, rebatem declarações do presidente da Monsanto, Jerry Steiner, ao jornal espanhol El País.

Por Desirèe Luís e Juliano Domingues - Radioagência NP (São Paulo)

EcoAgência

O uso de transgênicos pode ser a solução para acabar com a fome no Mundo. A idéia foi defendida pelo vice-presidente da Monsanto, Jerry Steiner, em entrevista recentemente cedida ao jornal espanhol El País. O empresário defende a imagem da empresa, afirmando que a Monsanto é uma entidade preocupada com o meio-ambiente, e ressalta que os agricultores de todo mundo utilizam as sementes transgênicas por opção e não porque são forçados a isso.

A Radioagência NP entrevistou dois especialistas no assunto, utilizando como base para as perguntas, as repostas dadas por Jerry Steiner. O assessor técnico da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (Aspta), Gabriel Fernandes, e o professor do instituto de sociologia da Universidade Johannes-Kepler de Linz (Áustria), Antonio Andrioli, tiveram a missão de rebater os argumentos dados pelo empresário.

RNP – Andrioli. O vice-presidente, Jerry Steiner, introduz a conversa falando dos transgênicos como solução para o combate a fome no mundo. O que você tem a dizer sobre isso?

Antonio Andrioli – Bom, esse argumento não é nada novo. Em primeiro lugar é preciso dizer que nunca esteve nos objetivos dessas empresas, como a Monsanto, o combate à fome. Nós temos, no debate sobre a fome, uma clara evidência de que não se trata de um problema técnico e sim distributivo. Ou seja, nós temos uma produção de alimentos no mundo superior às pessoas que comem, mesmo assim nós temos em torno de 900 milhões de pessoas passando fome porque o acesso a esses alimentos é dificultado pela lógica do mercado. Esse acesso tem sido dificultado inclusive pela introdução dos transgênicos, visto que com eles, a uma necessidade dos agricultores aumentarem sua área de cultivo para compensar os altos custos e a baixa produtividade destes cultivos. Então nesse sentido nós temos uma eliminação dos pequenos agricultores, responsáveis por 70% da produção mundial de alimentos [para consumo humano]. Então não é um problema de baixa produtividade, e mesmo que fosse esse o problema, todos os transgênicos que existem hoje no mundo não são mais produtivos que os cultivos convencionais.

RNP – Gabriel. Apesar de a semente transgênica ser mais cara para o agricultor, Steiner diz que compensa, já que, depois, o rendimento dessas sementes seria melhor. Você concorda?

Gabriel Fernandes - Não. Isso na verdade faz parte da propaganda das empresas. Nós que acompanhamos essa discussão há algum tempo, vemos que as principais promessas que a indústria da transgenia faz até hoje não foram verificadas a campo. Elas dizem que vão reduzir o uso de agrotóxicos e, na verdade, o que os dados comprovam é que aumenta o uso de veneno. Elas falam que a produção vai aumentar e os vários estudos, pesquisas, inclusive as evidências de campo, mostram que os transgênicos não produzem mais. Então, o que esse modelo de agricultura vai fazer na verdade é deixar os agricultores cada vez mais dependentes dessas poucas empresas, a Monsanto e mais umas três ou quatro. É um modelo que não vai resolver o problema da fome, pelo contrário, ele vai criar mais problema no campo por cada vez mais reduzir a autonomia dos agricultores. Se os agricultores dependem das sementes que essas empresas fornecem, eles acabam dependendo também do pacote tecnológico inteiro, ou seja, de todos os insumos, os agrotóxicos e os adubos, porque as sementes transgênicas são modificadas em laboratório exatamente para amarrar cada vez mais essa dependência entre as sementes e os insumos.

RNP – Andrioli. Jerry Steiner afirma que a Monsanto sempre trabalha de modo que os agricultores tenham a opção de escolha e utilizam a semente transgênica porque querem. O que você tem a dizer sobre isso?

Andrioli – Não é possível a coexistência de cultivos trangênicos com não-transgênicos. Isso é mais complicado ainda em plantas de polinização aberta, como é o caso do milho, e menos complicado no caso da soja. Mas nós tivemos, mesmo com a soja, a contaminação. Nós sabemos que ela existe, desde o transporte até o uso da mesma semeadeira, e também em função da estrutura agrária para os pequenos agricultores que têm uma área muito próxima um do outro [a plantação transgênica acaba contaminando a vizinha]. E o que nós vemos no mundo inteiro é que há um aumento dos cultivos transgênicos, em primeiro lugar por esse fator da contaminação. Nós temos o México onde isso é muito claro. Nós temos uma proibição do milho transgênico no país onde surgiu o milho. Então no mundo inteiro nos vemos que não é possível a coexistência e, sendo assim, os agricultores que cultivam de forma orgânica têm sido obrigados a migrar para o transgênico em função da contaminação que ocorreu.

RNP – Steiner também afirma que os transgênicos reduzem a necessidade de utilização de agrotóxicos.

Andrioli – Nós sabemos que nos primeiros anos de cultivo das plantas resistentes a herbicida, nós utilizamos apenas um princípio ativo, que no caso é o glifosato, cuja marca comercial se chama Roundup. É claro então que nos primeiros anos, nós utilizamos menos, mesmo porque trata-se de um produto que agora está sendo usado em substituição a outros produtos que já haviam gerado uma resistência em determinados índices. Só que o mesmo fenômeno que já tinha acontecido com as outras plantas invasoras, agora acontece com o glifosato e numa proporção muito maior e numa velocidade muito mais rápida, porque estamos utilizando apenas um princípio ativo. E nós sabemos, do ponto de vista da biologia, que se utilizarmos apenas um princípio ativo e nas doses em que se está utilizando, vai se gerar uma resistência, e isso fez com que no segundo e terceiro anos, os agricultores tiveram que utilizar maiores doses do herbicida e hoje nós temos no Rio Grande do Sul, por exemplo, segundo o Ibama, 85% a mais de aplicação de herbicidas do que anteriormente.

RNP – Nós sabemos que a ocupação de um território com o cultivo de apenas uma espécie de semente acaba com a diversidade e provoca o surgimento de novas pragas. Cite um exemplo de onde isso ocorreu.

Andrioli – Vou dar um exemplo claro de como se produz uma praga. Existe no Brasil um inseto chamado Lágria Villosa, popularmente conhecido como idi-amim. Esse inseto comia várias plantas, por exemplo, uma chamada caruru que os agricultores sabiam muito bem que não deveriam carpinar ela fora, ou na aplicação de herbicida, se deveria evitar que essa planta fosse destruída porque o idi-amim comia essa planta. Agora com o glifosato, nós estamos eliminando a maioria das plantas e deixando somente a soja. É claro que esse inseto vai começar a atacar a soja. É o que está acontecendo em função da uniformização, ao achar que numa plantação se deve ter apenas soja, nós estamos produzindo novas pragas.

RNP – Gabriel. O que é a semente terminator? Qual seria a vantagem de plantá-la?

Gabriel F.– Vantagem não tem nenhuma, pelo contrário. Apenas tem riscos e danos. Terminator é um tipo de semente transgênica que além de ter a característica da transgenia, como a resistência a herbicida ou resistência a algum inseto, ela também foi geneticamente modificada para não germinar. Então, esse seria o controle absoluto das empresas sobre as sementes. O agricultor compra a semente transgênica uma vez, planta e se ele colher para plantar de novo, essas mesmas sementes não vão germinar. Seria uma forma biológica de impedir o agricultor de fazer aquilo que os agricultores sempre fizeram que é plantar, colher, selecionar as melhores sementes e plantar no ano seguinte. Então, isso mostra qual é o grande objetivo das empresas, que é de conquistar essa dependência dos agricultores, fazer com que eles fiquem cada vez mais dependentes das sementes das empresas. Essas sementes terminators não estão liberadas em nenhum país do mundo. Elas não podem ser plantadas e a legislação no Brasil proíbe. Elas não foram testadas a campo. É um projeto que as empresas têm e segue engavetado, mas acreditamos que quando elas sentirem que o ambiente está favorável, vão tentar pedir a aprovação dessas sementes. Por enquanto isso não pode ser comercializado.

RNP – O representante da Monsanto fala também que os países subdesenvolvidos são cada vez mais usados para testar a plantação de cultivos transgênicos. Isso é verdade?

Gabriel F.– Tem alguns países que sim, por exemplo, na África. A África do Sul, por mais que não seja o país mais pobre do continente, serve como uma vitrine da transgenia para o resto do continente. As empresas têm na África do Sul uma série de plantios experimentais, parcerias com empresas e universidades, para mostrar ali, do ponto de vista deles, que a tecnologia é viável e usar isso como se fosse uma porta de entrada para o restante do continente. Na América Central, também tem alguns países que pelas características ambientais, de clima e tudo, recebem uma quantidade muito grande de experimentos. As empresas conseguem cultivar os transgênicos o ano inteiro, fazendo as experiências e depois exportam isso para outros países.
Fonte: Radioagência NP/EcoAgência

Los límites de la decencia


Por Horacio Verbitsky, para Página/12

La nota del diario italiano L’Unità se publicó el sábado 14: el jefe de gobierno Silvio Berlusconi bromeaba sobre los desaparecidos argentinos, arrojados al mar desde aviones navales. Aun para quienes estábamos acostumbrados a la prosa ligera del ex presidente Carlos Menem nos resultaba demasiado como para creerlo sin más. Sobre todo porque la nota de Marco Bucciantini encomillaba la frase sobre una invitación a bajar de los aviones pero no el sujeto al que Berlusconi se refería. ¿Pudo tratarse de una confusión del periodista, acaso el magnate de la televisión y el fútbol se refería a la deportación de extracomunitarios, que su gobierno practica y propone como política europea frente a la crisis global? Citado por la cancillería para comunicarle el disgusto del gobierno argentino, el embajador Stefano Ronca dijo que no estaba al tanto y que debía verificar los dichos del presidente del Consejo de Ministros. El video con la frase completa, pronunciada por Berlusconi durante la campaña electoral en Cerdeña, donde el candidato de Forza Italia Ugo Cappellacci venció al gobernador democrático Renato Soru, no deja lugar a dudas. La transcripción en castellano, con la sintaxis del propio Berlusconi, es la siguiente: “Sin ironía, sin la capacidad de sacar algo bueno de todo lo malo, no se llega a ningún lado. De verdad, yo nunca he insultado a nadie. No sólo al señor Soru, a nadie. Sólo me burlo un poco, dentro de los límites de la decencia. He recibido muchos insultos, pueden verlo en los diarios. Parece que para la izquierda es un deporte nacional el tiro al blanco sobre el presidente del Consejo de Ministros. No hacen otra cosa. Cada uno se acuerda de lo que le duele. Los señores de la izquierda han dicho cualquier cosa de mí. Que soy el Ogro de Arcore [el pueblito de Brianza, en Lombardía, donde Berlusconi tiene su casa principal], que soy como Hitler, que soy como Mussolini, que soy como aquel dictador argentino que mataba a sus opositores llevándolos en avión con una pelota, después abrían la portezuela, toma la pelota y dice: Hay un lindo día afuera, por qué no van a jugar un poco”. Cuando Berlusconi dice esta frase siniestra, se escuchan risas de su audiencia y el histrión agrega: “Hace reír, pero es dramático”. El video fue distribuido en Italia por la agencia virtual Qui News, cuyo director, Carmelo Sorbera, lo acompañó con pocas contundentes palabras sobre la vergüenza que le produce ser representado en el mundo “por el artífice de todo lo más vil que pueda imaginarse”. Invocando “la responsabilidad moral de formar parte de la Nación Italiana, pido disculpas a todos los argentinos y a todas las personas involucradas en la tragedia de los desaparecidos y de los años oscuros de la dictadura”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

"Favor não beijar nesta área", pede estação ferroviária britânica


WARRINGTON, GB (AFP) - Uma estação de trens britânica espalhou cartazes pedindo aos passageiros que não se beijem em determinadas áreas durante as despedidas mais emotivas.

Os sinais "antibeijos" podem ser vistos na estação de Warrington Bank Quay, na cidade de Warrington, entre Liverpool e Manchester, no noroeste da Inglaterra.

"Não proibimos os beijos na estação, simplesmente colocamos aviso em pontos onde há muito passageiros e demonstrações como beijos dificultam a circulação", explicou um porta-voz da companhia administradora, Virgin Rail.

Aumentam na Alemanha delitos motivados por extremismo de direita


Deutsche Welle

O número de delitos motivados pelo extremismo de direita na Alemanha aumentou nitidamente no ano passado. De acordo com dados provisórios confirmados pelo Ministério do Interior, nesta terça-feira (17/02), em Berlim, 14 mil crimes desse gênero foram registrados em 2008. No ano anterior, a estimativa provisória ainda apontava 11 mil delitos.

De acordo com o portal de notícias tagesschau.de, os números relativos a 2008 atingem um nível recorde. Os dados ainda poderão variar até a divulgação dos resultados definitivos, prevista para abril ou maio próximos, conforme comunicou um porta-voz do Ministério.

Las Abuelas de Plaza de Mayo están ofendidas por los dichos de Berlusconi


Página/12

La presidenta de Abuelas de Plaza de Mayo, Estela de Carlotto, dijo que las abuelas se sienten "ofendidas" por los dichos del primer Ministro italiano, Silvio Berlusconi, ya que "habló irónicamente de los vuelos de la muerte" de desaparecidos argentinos, durante un encuentro político en Cerdeña.

"Las abuelas estamos ofendidas, sobre todo porque para los argentinos ha habido siempre desde Italia una gran solidaridad, tanto de parte de los gobiernos anteriores como de parte de la Justicia", manifestó Carlotto.

La titular de la agrupación de derechos humanos dijo haber recibido de parte de un medio italiano la copia de las palabras pronunciadas por Berlusconi en Cerdeña el fin de semana.

Según la prensa de ese país, Berlusconi se refirió a la etapa de los llamados `vuelos de la muerte' como "bellas jornadas, los hacían descender de los aéreos".

Carlotto consideró a la misma como "una frase sumamente lesiva para el sentimiento de los argentinos en general y de los familiares en particular", ya que "habló irónicamente de los vuelos de la muerte".

La titular de Abuelas anticipó que los organismos "vamos a reaccionar", y que se presentarán ante la Secretaría de Derechos Humanos, la Cancillería, y la Embajada de Italia en Argentina.

"Vamos a pedir que Berlusconi aclare o rectifique sus dichos; y si se queda en sus trece, recibirá nuestro repudio",señaló.

De todas maneras, Carlotto dijo que "no sorprenden" las palabras de Berlusconi, ya que "siempre tiene esa cosa payasesca de usar términos irónicos y tangencialmente muy ofensivos. A nosotros nos duele muchísimo que él se arrogue el derecho a la ofensa", dijo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Descubierto un supuesto fraude masivo de 8.000 millones de dólares en EE UU


El País

Las autoridades reguladoras de EE UU acusan al inversor texano Sir Allen Stanford de llevar a cabo un "fraude masivo" por valor de 8.000 millones de dólares (6.362 millones de euros) a través de la venta de "certificados de depósito" de su Stanford International Bank Ltd., con sede en Antigua, con los que prometía "unas altas tasas de interés, improbables e infundadas".

Se trata, según la Securities Exchange Commision (SEC, el equivalente a la CNMV en EE UU) de un "fraudulento esquema de inversión multimillonaria". La agencia, que investiga a Stanford desde verano, ha pedido al juez Reed O'Connor que congele los activos del Financial Group Texas, propiedad del millonario acusado.

"Estamos ante un supuesto fraude de magnitudes impresionantes que ha extendido sus tentáculos por todo el mundo", ha asegurado Rose Romero, directora del la oficina de la SEC en Fort Worth. "Como hemos alegado en nuestra denuncia, Stanford y su círculo íntimo de familia y amigos con quien llevaba sus negocios perpetraron un fraude masivo basado en falsas promesas y fabricaron datos históricos sobre las devoluciones para cazar a sus inversores", asegura Linda Chatman Thomsen, directora de la división de investigaciones de la SEC.

Ya en enero, el regulador visitó seis oficinas del Stanford Group y recopiló información de ordenadores y ficheros que ahora han servido para la investigación, según informa la agencia Bloomberg, que cita a trabajadores de esas sedes.

El recuerdo de Madoff

La acusación del regulador estadounidense se dirige contra las firmas financieras Stanford International Bank (SIB), la firma de inversión Stanford Group Company (SGC) y la entidad asesora de inversiones Stanford Capital Management. Asimismo, la SEC también dirige sus acusaciones contra el director financiero de SIB, James Davis, así como contra Laura Pendergest-Holt, responsable de inversiones de Stanford Financial Group (SFG). El banco de Stanford asegura tener 8.500 millones de dólares en depósitos y 30.000 clientes en 131 países.

La SEC fue muy criticada a raíz del estallido del caso de Bernard Madoff, el inversor neoyorquino acusado de estafar 50.000 millones a sus clientes a través de un esquema 'Ponzi'. Las autoridades reguladoras fueron acusadas de actuar tarde y mal e incluso un testigo esencial para el caso, Harry Markopolos, acusó a los reguladores de "analfabetos financieros". Paradójicamente, cuando saltó la noticia, el banco de Stanford calmó a sus inversores asegurando que no tenían ninguna relación "directa o indirecta" con la estafa.

Israel promove guerra secreta dentro do Irã, diz jornal inglês


LONDRES (Reuters) - Israel está envolvido em uma guerra secreta de sabotagem dentro do Irã, na tentativa de retardar o desenvolvimento de armas nucleares na república islâmica, afirmou na terça-feira o jornal britânico Daily Telegraph.

Citando fontes de inteligência e um ex-agente da CIA, não identificado, o jornal disse que a estratégia de "decapitação" de Israel teve como alvos membros do programa atômico do Irã.

O programa ganhou fôlego extra com a eleição nos EUA do presidente Barack Obama, que adotou uma linha mais diplomática em relação ao Irã, contrariando as ameaças de ação militar feitas pelo governo de George W. Bush.

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