segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Otan culpa corrupção do governo afegão por instabilidade


O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, afirmou que o governo corrupto e ineficiente do Afeganistão é tão responsável como os insurgentes pela instabilidade no país.

Escrevendo no jornal Washington Post, Scheffer disse que a comunidade internacional já pagou o bastante, com sangue e dinheiro, para poder exigir uma ação do governo.

Os comentários de Scheffer, em um editorial no jornal americano, expressam de uma forma surpreendentemente forte a insatisfação da Otan com o governo do presidente afegão Hamid Karzai.

"O problema básico no Afeganistão não é tanto o Talebã; também é a pouca governança", escreveu Scheffer.

"Os afegãos precisam de um governo que mereça sua lealdade e confiança; quando eles tiverem isto, o oxigênio será retirado da insurgência."

Um porta-voz do Ministério do Exterior afegão, Sultan Ahmad Baheen, afirmou que o governo está comprometido com a eliminação da corrupção.

"A corrupção não está apenas dentro do governo afegão, mas também em organizações não governamentais e deveria ser eliminada em um procedimento conjunto. O governo afegão está comprometido com a luta contra a corrupção", disse.

Acusação

Baheen acusou os países membros da Otan que estão no Afeganistão de usar políticas questionáveis, como apoiar "chefes militares locais favoritos".

Os Estados Unidos e aliados derrubaram o Talebã do poder em 2001. Atualmente cerca de 70 mil soldados estrangeiros, principalmente de países ocidentais, estão no país, incluindo 28 mil soldados da Otan vindos de 40 países.

E 2009 é um ano importante para o presidente afegão Hamid Karzai, com uma eleição presidencial marcada para este ano.

NOTA DO OMAR: Engraçado a OTAN dizer isso. Para conquistar a lealdade de líderes tribais mais velhos, a Agência Central de Inteligência (CIA), o serviço de espionagem da Presidência dos Estados Unidos, líder da OTAN, distribui no Afeganistão pílulas para aumentar a potência sexual (Viagra e outras), revelou o jornal The Washington Post há poucos dias (veja AQUI). E isso é somente um exemplo.

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