quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

DISCURSO DE OBAMA

OBAMA VIGIADO DE PERTO PELA SRA. CLINTON:

Por Álvaro Magalhães

Do discurso de posse do Pres. Obama traduzido, transcrevo dois trechos e faço pequenas provocações.

O primeiro trecho parece deixar claro que a reforma gerencial terminou de acabar. (Me refiro àquela que começa com o diagnóstico da crise fiscal e prega a diminuição do tamanho do aparelho do estado, através de diversas formas de privatização). Pelo jeito, não se trata mais de discutir o tamanho do estado e sim se suas organizaçãoes e programas são úteis (se geram valor público ou estão bem "focados") e se são eficientes. (Pela força que os democratas americanos tem neste debate, isto indica que não haverá mais espaço para discussão "Privatização (novo e moderninho) X Estatização (arcaico e comunista) )". Se não há mais esquerda pra enfrentar o debate, que a direita anuncie que o "game mudou de fase". Já não era sem tempo. Vamos preparar novas apostilas...

O segundo trecho enterra de vez a tal governança corporativa, aquilo que o Brizola imortalizou entre nós como as raposas cuidando do galinheiro. Além de voltar a relacionar justiça social com prosperidade. A volta dos que não foram...

Trechos:

1. "O que os cínicos não compreendem é que o contexto mudou totalmente – que os argumentos políticos arcaicos que nos consumiram por tanto tempo já não se aplicam. A questão que lançamos hoje não é se nosso governo é grande ou pequeno demais, mas se ele funciona – se ele ajuda famílias a encontrar trabalho por um salário justo, seguro-saúde que possam pagar, uma aposentadoria digna. Se a resposta for sim, iremos adiante. Se for não, programas acabarão. E aqueles dentre nós que gerenciam o dólar público serão cobrados – para que gastem de forma
inteligente, consertem maus hábitos e façam seus negócios à luz do dia – porque só então conseguirmos restabelecer a confiança vital entre as pessoas e seu governo."

2. "Nem a questão diante de nós é se o mercado é uma força positiva ou negativa. Seu poder para gerar riqueza e expandir a liberdade não tem paralelo, mas esta crise nos lembrou de que, sem um olho vigilante, o mercado pode perder o controle – e a nação não pode mais prosperar
quando favorece apenas os prósperos. O sucesso de nossa economia sempre dependeu não apenas do tamanho de nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance de nossa prosperidade; em nossa habilidade de estender a oportunidade a todos os corações que estiverem dispostos – não por
caridade, mas porque esta é a rota mais certa para o bem comum."

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