quinta-feira, 13 de setembro de 2007

NET (como entrar para a contravenção sem fazer força)

Ele mora em um condomínio classe média, em Porto Alegre, e tem assinatura da NET.

Em um belo dia chuvoso apareceu um funcionário da NET e cortou fisicamente o cabo de três apartamentos, entre os quais o dele. Ele foi se informar com o vizinho “cortado” e soube que dos três, um apartamento havia sido desocupado há tempos e não havia sido solicitado o desligamento do cabo, o que ocasionou o corte. Os cortes dele e do vizinho foram realizados “por engano”.

A esposa dele ligou para a NET e, após a musiquinha de cinco a dez minutos, uma atendente mal humorada disse para ela que todos os que estão em atraso ligam e dizem que já pagaram. Ante a alegação de que estava tudo efetivamente pago, a atendente solicitou que fosse passado um fax com o recibo do pagamento (provavelmente eles não têm controle interno dos pagamentos), o que foi feito.

Passados alguns dias apareceu um funcionário da NET no condomínio e fez a religação. No final do mês veio a conta normal com a cobrança da taxa de religação.

A esposa do meu amigo ligou novamente para a NET (musiquinha de cinco minutos, etc) e foi atendido por uma senhora/senhorita, desta vez bem simpática. Ela explicou que momentaneamente o sistema estava fora do ar e orientou que ela pagasse o bloqueto descontando o valor da religação, pois assim que voltasse o sistema ela iria realizar o ajuste devido. A esposa do meu amigo pagou conforme a orientação.

Aproximadamente uma semana depois ocorreu novo corte do sinal da NET, agora eletronicamente (não ocorreu corte físico do cabo).

A esposa do meu amigo ligou novamente (musiquinha, etc). A atendente, solicitamente, em poucos minutos reestabeleceu o sinal.

No final do mês veio novamente cobrança da taxa de religação.

Meu amigo, conversando com colegas de trabalho, soube que esses acontecimentos eram corriqueiros e foi informado a respeito de um cara que liberava o sinal, cobrando um preço módico. Por estar “puto da cara” entrou em contato com o “picareta”, que liberou o sinal e com a NET, solicitando um pacote mais barato. Foi assim que meu amigo ingressou na contravenção e passou a desfrutar de todos os canais oferecidos pela NET, até os “paga para ver”.

Após alguns meses a NET enviou pelo cabo uma espécie de vírus contaminando os sinais. Meu amigo tentou contatar o “picareta” e, não conseguindo, ele e sua esposa decidiram se render e ligar para a NET para corrigir o problema.

A esposa do meu amigo ligou para a NET e (após a musiquinha) marcou a visita do técnico para o dia seguinte, pela manhã. No final da manhã marcada, como não apareceu ninguém, ela ligou novamente para a NET (musiquinha, etc), quando foi informada que ela havia agendado a visita para o período da tarde. Ela informou que isso era impossível, pois ela estaria trabalhando nesse período. A atendente solicitou um minutinho e foi conversar com a pessoa encarregada da agenda. O problema é que a esposa do meu amigo escutou todo o diálogo, onde o/a carinha da agenda disse coisas do tipo “deve ser uma perua que não tem nada o que fazer”, “deixa ela esperando mais um pouquinho no telefone”, etc. A esposa do amigo tentou interferir na conversa, mas somente ela os escutava. Eles não a estavam escutando.

Quando a atendente retornou, a esposa informou que escutou toda a conversa. Imediatamente a atendente voltou a falar com o/a carinha da agenda, que debochou dela novamente.

Quando a atendente retornou novamente a esposa, emputecida da vida, desopilou seu fígado e desligou o telefone, não marcando mais nada.

No mesmo dia conseguiu falar com o “picareta”, que consertou novamente a NET e ela e seu marido estão vivendo felizes até o próximo vírus.

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